Summary: | === Em 10 rebanhos leiteiros, distribuídos em nove municípios de Minas Gerais, envolvendo 928 fêmeas e 30 machos, foi obtida uma amostragem de 138 materiais de fêmeas, 21 raspados prepuciais e quatro fetos, visando a comprovação de quatro métodos de diagnóstico da campilobacteriose, bem como foi estabelecido o custo/ benefício do controle da doença em três destes rebanhos. 6.1 - DIAGNÓSTICO POR ISOLAMENTO: o isolamento continua, ainda, a ser o método de maior segurança, embora sejam necessários artifícios para melhorar a frequência de resultados positivos. Em raspados prepuciais, a adição de antibióticos forneceu 46,61% de resultados positivos contra 42,85% de positividade quando se usou filtração prévia do inóculo. Nas fêmeas, apresentou apenas 2,17% de resultados positivos. 6.2 DIAGNÓSTICO PELA MUCO-AGLUTINAÇÃO-CÉRVICO-VAGINAL: a MACV com 62,31% de exames considerados positivos, mostra boa sensibilidade mas, se comparada aos resultados dos outros métodos, sua especificidade é baixa. A MACV é válida como teste de tiragem, necessitando a confirmação de diagnósticos precisos e acurados, como isolamento. 6.3 DIAGNÓSTICO PELA IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA: o método é simples, econômico e apresentou, em machos, resultados muito próximos aos do isolamento. Para diagnóstico em fêmeas, dada a alta densidade do muco-vaginal e dificuldade de sua filtração, oferece resultados não satisfatórios. 6.4 DIAGNÓSTICO PELO TESTE DA NOVILHA VIRGEM: como esperado, funcionou bem o teste da novilha virgem (66,66%). O custo elevado e a delonga em oferecer diagnósticos conclusivos continuam sendo fatores limitantes. 6.5 CONTROLE ATRAVÉS DE BACTERINA: a prevenção da doença pode ser feita com segurança, através de vacinações sistemáticas. A bacterina por nós preparada a partir de amostra autoctona, apresentou muitos bons resultados, comparados com produto importado. GRÁFICO 1. 6.6 AVALIAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO: a campilobacteriose bovina é doença que muito interfere na reprodução, causando perdas acentuadas em rebanhos. Neste trabalho, os cálculos totais de perda relativos ao rebanho C foram de Cr$ 2.128.02 por vaca e retorno de Cr$ 47,68 por um cruzeiro investido na prevenção da doença. As perdas unicamente baseadas na diminuição da produção leiteira dos rebanhos F e D, foram de Cr$ 499,92 e Cr$ 823,70 por vaca com retornos de Cr$ 11,09 e Cr$ 18,30 vezes o custo da prevenção respectivamente.
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