Comportamento epidemiológico da febre aftosa em três microrregiões homogêneas do estado de Minas Gerais, no período de 1974-1978 e 1979-1986

=== Por falta de conhecimento das características epidemiológicas da febre aftosa, o Programa Nacional de Combate à Febre Aftosa utilizou estratégia similar para os Estados, com vacinação sistemática dos bovinos maiores de 4 meses de idade, completada com vigilância e educação sanitária. Com os con...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Artur Ribeiro Neto
Other Authors: Jose Ailton da Silva
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 1990
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PPMH4
Description
Summary:=== Por falta de conhecimento das características epidemiológicas da febre aftosa, o Programa Nacional de Combate à Febre Aftosa utilizou estratégia similar para os Estados, com vacinação sistemática dos bovinos maiores de 4 meses de idade, completada com vigilância e educação sanitária. Com os conhecimentos acumulados sobre a doença, o Instituto Estadual de Saúde Animal - IESA/MG verificou que a incidência e a persistência da febre aftosa em Minas Gerais não era a mesma para todas as áreas. Com isso, pode identificar os tipos dc ecossistemas no Estado e a partir de 1979 estabelecer estratégias diferenciadas para o seu combate. Com esta mudança de estratégia, o nosso propósito foi verificar o comportamento da febre aftosa através de coeficientes epidemiológicos nos ecossistemas Endêmico, Epiendêmico e Paraendêmico no Estado de Minas Gerais. A partir dai comparar a tendência da doença segundo a estratégia original ou clássica de vacinação com a aplicação de medidas diferenciadas nos três ecossistemas considerados. As microrregiões homogêneas escolhidas apresentam características epidemiológicas distintas: a do Alto Paranaíba caracterizada como Paraendêmica, a de Uberlândia como Epiendêmico e a dos Chapadões de Paracatu como Endêmica, realizam vacinações antiaftosa diferenciadas e fazem divisas com Estados que possuem importância na agropecuária brasileira. Para verificar o comportamento da febre aftosa nos três ecossistemas, comparou-se o período de 1974 a 1978 com o período 1979 a 1986, que corresponde com a mudança de estratégia. Os dados das três microrregiões homogêneas durante os períodos citados foram obtidos através do sistema de informações do Instituto Estadual de Saúde Animal - IESA/MG. Notou-se que no segundo período houve um decréscimo acentuado de todos os coeficientes epidemiológicos nas três microrregiões homogêneas. Quanto a faixa etária, os bovinos com idade de l a 2 anos, quando comparados com bovinos acima de 2 anos foram os mais atingidos pela febre aftosa. Os virus "A" e "O" tiveram presença mais constante, enquanto o registro do virus "C" foi praticamente nulo. A tendência negativa nas três microrregiões homogêneas mostrou que as atividades do Programa Nacional de Combate à Febre Aftosa, quanto a prevenção e controle da enfermidade, foram eficazes. A mudança de estratégia trouxe benefícios econômicos aos pecuaristas, devido a redução do número de doses de vacina, manejo e mão-de-obra e, também, decréscimo acentuado de bovinos enfermos por febre aftosa.