Summary: | === As características e a tendência do confinamento de bovinos em Minas Gerais foram analisadas durante o período de 1978 a 1985. Utilizaram-se dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, EMATER-MG e da Fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. As variáveis consideradas foram os quocientes entre o número de bovinos confinados pelos seguintes efetivos bovinos: total de bovinos no Estado, o mesmo total de bovinos subtraindo-se as vacas ordenhadas, total de bovinos machos abatidos e total de bovinos abatidos, durante os anos de 1978 a 1985. Os resultados revelaram significativa tendência de crescimento do confinamento de bovinos para abate em Minas Gerais. Tal incremento ficou melhor demonstrado pelos quocientes "bovinos confinados" com "efetivo bovino total menos vacas ordenhadas" e com o "total de machos abatidos". A evolução e a tendência positiva do confinamento sugere que essa forma de produzir bovinos para carne não é simplesmente conjuntural, mas representa mudanças estruturais na bovinocultura de corte. Por outro lado, as características do confinamento o configuram como forma de produção na lógica empresarial capitalista. Exige que o produtor já tenha um perfil administrativo capaz de responder as necessidades de planejamento e da gestão racional do processo produtivo, em função de tal lógica. Uma conseqüência inevitável, e talvez onde, em parte, resida a razão de atração e até a facilidade de escolha pelo confinamento, é a possibilidade de se aprender a totalidade do processo produtivo e do produto final, pelos agentes controladores e tomadores de decisões (proprietário, gerência e capatazia).
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