Melanoma múltiplo primário no serviço de dermatologia do hospital das clínicas da UFMG

=== Background: Patients with previous diagnosis of cutaneous melanoma are more susceptible to other primary melanomas than the general population. Frequency of multiple primary melanomas (MPM) varies from 1,2% to 8,6% in the literature. Because of the increasing incidence of melanoma in the world...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Francisca Junqueira Ribeiro Pereira
Other Authors: Flavia Vasques Bittencourt
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2011
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8N2GYB
Description
Summary:=== Background: Patients with previous diagnosis of cutaneous melanoma are more susceptible to other primary melanomas than the general population. Frequency of multiple primary melanomas (MPM) varies from 1,2% to 8,6% in the literature. Because of the increasing incidence of melanoma in the world and better survival, a growing number of patients are expected to be at risk of developing MPM. Most of the studies on MPM have been performed with Caucasian population outside Brazil. The aim of this study is to analyze the frequency and the features of MPM seen at the Pigmented Lesions Unit of Federal University of Minas Gerais University Hospital, Brazil. Methods: Data from 160 patients with diagnosis of cutaneous melanoma from 1990 to 2010 were analized. For the purpose of MPM estimation, final date of follow up was either the date of the last medical visit or the date of death. Patient and tumor characteristics were compared between MPM and solitary melanoma groups. A survival analysis model in which the event was the development of a second primary melanoma was designed in order to identify possible features related to the occurrence of MPM. Results: From 160 patients, 19 (11.9%) developed MPM. Most (73.7%) of MMP patients were females. Six (33.3%) MPM patients had a positive family history of melanoma and 38.9% had atypical nevi. First and second melanomas were synchronous in five (26.3%) out of 19 cases. In 15 (78.9%) out of 19 MMP patients, the second melanoma occurred within the first three years of follow-up. In 14 (73.7%) patients, the second primary melanoma was located in the same anatomic region of the first tumor. There were 82 melanomas in 19 MPM patients with an average of 4.3 melanomas per patient. The average follow-up time was 4.7 years. The average time interval between the first and the second melanomas was 28.3 months. The average age at first diagnosis in the MPM group was 47.4 years, almost 10 years smaller than in single melanoma group (56.0 years). Of the MPM, 54.2% were located on the trunk, 50.8% were superficial spreading melanomas and 76.7% were in situ. Survival rates of MPM patients and single melanoma patients were not statistically different. Conclusion: In this series, a MPM frequency of 11.9% was found. The majority of patients with MPM were females. Among MPM ndividuals, presence of atypical nevi and/or family history of melanoma were morefrequent than in single melanoma group. MPM predominated in the trunk and the superficial spreading subtype was the most common. Most MPM were in situ and survival rate was similar in both groups. The results highlight the importance of close life-long follow-up of melanoma patients, due to the risk of MPM and disease recurrence === Fundamentos: indivíduos com diagnóstico prévio de melanoma possuem mais chances de desenvolver melanomas primários subsequentes do que a população geral, com frequências de 1,2 a 8,6% na literatura. Considerando-se o aumento da incidência de melanoma no mundo e a melhora da sobrevida à doença, estima-se crescente número de indivíduos susceptíveis à ocorrência de melanomas múltiplos primários (MMP). A maioria dos estudos sobre MMP é realizada fora do Brasil, com populações caucasianas. O objetivo deste trabalho é estudar a frequência e as características do MMP no ambulatório de lesões pigmentadas do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Métodos: foram analisados 160 pacientes com diagnóstico de melanoma cutâneo em acompanhamento no referido serviço, entre 1990 e 2010. Calculou-se a frequência de desenvolvimento de MMP considerando-se, para cada paciente, como data final do seguimento aúltima consulta ou o óbito. Características relacionadas a eles e aos melanomas foram comparadas entre os grupos de MMP e de melanoma único. Um modelo de análise de sobrevivência foi elaborado, caracterizando-se como falha a ocorrência do segundo melanoma primário, a fim de identificar características possivelmente relacionadas aos MMP. Resultados: entre os 160 pacientes, 19 (11,9%) desenvolveram MMP. No grupo com MMP, o sexo feminino predominou (73,7%); seis (33,3%) portadores referiam história familiar da doença e 38,9% possuíam nevos atípicos. O primeiro e o segundo melanomas foram sincrônicos em cinco (26,3%) dos 19 casos. Em 15 (78,9%) dos 19 pacientes com MMP o segundo tumor foi detectado dentro dos primeiros três anos do diagnóstico inicial. Em 14 (73,7%) indivíduos o segundo melanoma primário situava-se na mesma região anatômica do primeiro. Identificaram-se 82 melanomas nos 19 indivíduos com MMP, com média de 4,3 melanomas por paciente. O tempo médio de seguimento foi de 4,7 anos. O intervalo de tempo médio entre o primeiro e o segundo melanomas foi de 28,3 meses. A idade média ao primeiro diagnóstico no grupo de MMP foi de 47,4 anos, quase 10 anos abaixo da média do grupo de melanoma único (56,0 anos). Dos MMP, 54,2% localizavam-se no tronco, 50,8% eram do tipo extensivo superficial e 76,7% eram in situ. A diferença entre a sobrevida dos pacientes com MMP e dos indivíduos com melanoma único não foi estatisticamente significante. Conclusão: nesta casuística, encontrou-se frequência de 11,9% de MMP. A maioria dos pacientes com MMP era do sexo feminino. Entre os com MMP, nevos atípicos e/ou história familiar de melanomaeram mais frequentes quando comparados com o grupo com melanoma único. Os MMP predominavam no tronco e o tipo histológico extensivo superficial foi o mais comum. A maioria dos MMP era in situ e a sobrevida desses pacientes foi semelhante à dos portadores de melanoma único. Os resultados destacam a importância do seguimento clínico rigoroso e por toda vida dos pacientes com diagnóstico de melanoma, devido ao risco de desenvolvimento de MMP além de recorrência da doença