Summary: | === A assistência hospitalar adequada, visando à redução da mortalidade materna e neonatal, constitui um dos pilares mais importantes da medicina perinatal. O ambiente hospitalar incluindo recursos físicos, tecnológicos e humanos exigidos conforme a proposta assistencial perinatal de cada unidade é capaz de mudar os índices desfavoráveis da mortalidade neonatal, persistentemente elevados. Alguns países já utilizam programas de acreditação hospitalar para avaliar estrutura, processo e resultado dos hospitais através de critérios previamente estabelecidos, do mínimo à excelência. Como a avaliação das estruturas hospitalares no Brasil é extremamente relevante, foi proposta uma classificação das unidades perinatais no Município de Goiânia-GO, baseada em um modelo já usado anteriormente por COSTA (1998) em Belo Horizonte/MG. Foram avaliados todos os 30 hospitais-maternidade em funcionamento no 2º semestre de 2002 e 1º semestre de 2003. O pesquisador principal e um técnico utilizaram questionário contendo variáveis indispensáveis nas áreas de infra-estrutura geral hospitalar, infra-estrutura clínica perinatal e recursos físicos, tecnológicos e humanos. Para cada variável, havia uma pontuação de acordo com sua importância na assistência perinatal. Os resultados mostraram a existência de 9 hospitais que não possuem requisitos mínimos de complexidade e segurança, para prestar assistência ao parto e ao neonato. Neste grupo de hospitais, somado a outros 3 com pontuação mínima, nasceram no ano de 2001, 19,1% dos recém-nascidos de baixo peso em Goiânia. De acordo com a classificação adotada, somente 1 hospital apresentou requisitos mínimos de complexidade e segurança, para assistência ao parto e ao neonato de alto risco. O modelo proposto sugere uma hierarquização da assistência perinatal no Município de Goiânia, além da necessária adequação dos recursos nas unidades perinatais.
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