Praticas de aleitamento materno em crianças menores de um ano em municipios de Minas Gerais

=== Objective: To assess the prevalence of patterns of breastfeeding in children under one year and study the association of sociodemographic / cultural, healthcare and social indicators with the practice of breastfeeding in the cities of Minas Gerais. Methods: Cross-sectional study based on data f...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alessandra Ronara Cruz Gomes
Other Authors: Claudia Regina Lindgren Alves
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2011
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8LBL5A
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description === Objective: To assess the prevalence of patterns of breastfeeding in children under one year and study the association of sociodemographic / cultural, healthcare and social indicators with the practice of breastfeeding in the cities of Minas Gerais. Methods: Cross-sectional study based on data from the 15 cities of Minas Gerais participants of the II Survey of Prevalence of Breastfeeding in the Brazilian capitals and Federal District. It was adopted a questionnaire consisting of closed questions, addressing health care characteristics, socioeconomic, cultural, demographic and dietary intake of children younger than one year in the 24 hours before the interview. We conducted a descriptive analysis, were calculated the prevalence of breastfeeding in the first hour of life; exclusive breastfeeding and predominant breastfeeding in children under six months; breastfeeding and complementary breastfeeding in infants under one year, beyond the description of feeding in the first days at home (after discharge from maternity) of children under four months. We applied the chisquare test to estimate the difference between the prevalence of the indicators in the capital and other participating cities. We conducted the analysis of association between the categories of breastfeeding and exclusive breastfeeding with the variables (practices related to breastfeeding, birth conditions and welfare, care related to the child and mother and social indicators). Hierarchical multivariate analysis was performed by Poisson regression (generalized linear model) with robust variance estimation for point and interval of prevalence rates. The initial model was composed of the explanatory variables with P <0.20 in univariate analysis considering as dependent variable the practice of breastfeeding to less than one year and exclusive breastfeeding for those under six months. We adopted a 5% significance level. All tests were performed using SPSS 18.0. Results: There were 7056 children included in the analysis, 70% breastfed within the first hour of life and 72.7% breastfeeding. In children younger than six months (n=3660), it was observed that 39.7% were exclusively breastfed and 16.4% were predominant breastfed. About 56% of children older than six months (N=3396) were complemented breastfed. There were no statistically significant differences between the patterns of feeding between the state capital and other cities. It was identified that children who used pacifiers (PR=1,92, CI95%= 1,75-2,12) and used the bottle (PR=14,28, CI95%=11,1-20,0), whose mothers worked outside the home (PR=1,20, CI95%=1,11-1,29), those born by cesarean section (PR=1,11, CI95%= 1,02-1,20) and those that did monitoring of child care in private health services (PR=1,09, CI95%=1,01-1,19) were more likely of not being breastfed than the others. Compared with exclusive breastfeeding in children under six months, children who used the bottle (PR=3,03, CI95%=2,85-3,33), those not born in the maternity accredited Baby Friendly Hospital Initiative (RP=1,11, CI95%=1,04-1,17), whose mothers were primiparous (PR=1,05, CI95%=1,01-1,11), those whose mothers worked outside the home (PR=1,16, CI95%=1,09- 1,21), which had less than 8 years of schooling (PR=1,11, CI95%=1,05-1,16) and those born in cities with 10 or more infant deaths per thousand live births (PR=1,12; CI95%=1,03-1,21) had higher odds of being breastfed unique than the others. Conclusion: The practice of breastfeeding in the 15 cities of the state in the sample evaluated is still below the recommendations of the World Health Organization and indicates a need for investment on promotion of breastfeeding, especially in vulnerable conditions identified in the maternal conditions (work outside the home, cesarean delivery, primiparous and low education) or environmental (pacifier and bottle use, monitoring of private childcare services, non-accredited hospitals in the Baby Friendly Hospital Initiative and cities with infant mortality rate greater than or equal to 10). === Objetivo: Analisar a prevalência das categorias de aleitamento materno em crianças menores de um ano e estudar a associação de fatores sociodemográficos/culturais, assistenciais e de indicadores sociais com a prática de aleitamento materno em municípios de Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal baseado nos dados de 15 municípios de Minas Gerais participantes da "II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal". Nesta adotou-se um questionário composto por questões fechadas, abordando características assistenciais, socioeconômicas, culturais, demográficas e consumo alimentar das crianças menores de l ano nas 24 horas que antecederam a entrevista. Realizou se análise descritiva, sendo calculadas as prevalências de aleitamento materno na 1** hora de vida; aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno predominante em menores de seis meses; aleitamento materno e aleitamento materno complementado em menores de um ano; além da descrição da alimentação no primeiro dia em casa (após a alta da maternidade) de crianças menores de quatro meses. Aplicou-se o teste qui-quadrado de Pearson para estimar a diferença entre as prevalências dos indicadores na capital e demais municípios participantes. Realizouse a análise da associação entre as categorias de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo com os grupos de variáveis (praticas relacionadas ao aleitamento, condições de nascimento e assistenciais, relacionadas à criança e ex mãe e indicadores sociais). Foi realizada analise multivariada hierarquizada por regressão de Poisson (modelo linear generalizado) com variância robusta, para estimação pontual e intervalar da razão de prevalência. O modelo inicial foi composto pelas variáveis explicativas que apresentaram p<0,20 na análise uni variada considerando como variável resposta a prática de AM para os menores de 1 ano e de AME para os menores de 6 meses. Adotouse 5% como nível de significância. Todas as análises foram realizadas no programa SPSS 18.0. Resultados: Foram incluídas na análise 7056 crianças, sendo 70% amamentadas na 13 hora de vida e 72,7% em aleitamento materno. Nas crianças menores de seis meses (n=3660), observ0use que 39,7% recebiam leite materno exclusivo e 16,4% de aleitamento materno predominante. Cerca de 56% das crianças maiores de seis meses estavam em aleitamento materno complementado. Não foram encontradas diferenças com significância estatística entre os padrões de aleitamento entre a capital do estado e os demais municípios. Foi identificado que as crianças que usavam chupeta (RP=1,92; 1C95%=l,752,12) e usavam mamadeira (RP=l4,28; IC95%=ll,l20,0), cujas mães trabalhavam fora de casa (RP=l,20; 1C95%:1,1l1,29), as nascidas de parto cesáreo (RP:1,1l; lC95%:1,02l,20) e as que faziam acompanhamento de puericultura em serviços de saúde de natureza privada (RP:1,09; lC95%:1,0l1,l9) apresentaram maior chance de não estarem em aleitamento materno do que as demais. Em relação ao AME em menores de seis meses, as crianças que usavam mamadeira (RP=3,03; 1C95%=2,853,33), as que não nasceram em maternidade credenciada na iniciativa Hospital Amigo da Criança (RP:1,1l; lC95%:1,04l,17), cujas mães eram primíparas (RP=1,05; lC95%=1,0l1,l1), aquelas cujas mães trabalhavam fora de casa (RP=1,l6; 1C95%=1,091,2l), que tinham menos de 8 anos de estudo (RP=l,11; lC95%=1,051,l6) e as que nasceram em municípios com 10 ou mais óbitos infantis por mil nascidos vivos (RP=l,l2; 1C95%=1,03-1,21) apresentaram maior chance de não estarem em aleitamento materno exclusivo do que as demais. Conclusão: A prática do aleitamento materno nos 15 municípios do estado avaliados na amostra ainda está aquém das recomendações da Organização Mundial de Saúde indicando a necessidade de investimento em ações de promoção do aleitamento materno, sobretudo nas condições vulneráveis identificadas no âmbito materno (trabalho fora de casa, parto cesáreo, primiparidade e baixa escolaridade) ou ambiental (uso de mamadeira e chupeta, acompanhamento de puericultura em serviços de natureza privada, materniidades não credenciadas na lniciativa Hospital Amigo da Criança e municípios com Taxa de Mortalidade Infantil maior ou igual a 10).
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We conducted a descriptive analysis, were calculated the prevalence of breastfeeding in the first hour of life; exclusive breastfeeding and predominant breastfeeding in children under six months; breastfeeding and complementary breastfeeding in infants under one year, beyond the description of feeding in the first days at home (after discharge from maternity) of children under four months. We applied the chisquare test to estimate the difference between the prevalence of the indicators in the capital and other participating cities. We conducted the analysis of association between the categories of breastfeeding and exclusive breastfeeding with the variables (practices related to breastfeeding, birth conditions and welfare, care related to the child and mother and social indicators). Hierarchical multivariate analysis was performed by Poisson regression (generalized linear model) with robust variance estimation for point and interval of prevalence rates. The initial model was composed of the explanatory variables with P <0.20 in univariate analysis considering as dependent variable the practice of breastfeeding to less than one year and exclusive breastfeeding for those under six months. We adopted a 5% significance level. All tests were performed using SPSS 18.0. Results: There were 7056 children included in the analysis, 70% breastfed within the first hour of life and 72.7% breastfeeding. In children younger than six months (n=3660), it was observed that 39.7% were exclusively breastfed and 16.4% were predominant breastfed. About 56% of children older than six months (N=3396) were complemented breastfed. There were no statistically significant differences between the patterns of feeding between the state capital and other cities. It was identified that children who used pacifiers (PR=1,92, CI95%= 1,75-2,12) and used the bottle (PR=14,28, CI95%=11,1-20,0), whose mothers worked outside the home (PR=1,20, CI95%=1,11-1,29), those born by cesarean section (PR=1,11, CI95%= 1,02-1,20) and those that did monitoring of child care in private health services (PR=1,09, CI95%=1,01-1,19) were more likely of not being breastfed than the others. Compared with exclusive breastfeeding in children under six months, children who used the bottle (PR=3,03, CI95%=2,85-3,33), those not born in the maternity accredited Baby Friendly Hospital Initiative (RP=1,11, CI95%=1,04-1,17), whose mothers were primiparous (PR=1,05, CI95%=1,01-1,11), those whose mothers worked outside the home (PR=1,16, CI95%=1,09- 1,21), which had less than 8 years of schooling (PR=1,11, CI95%=1,05-1,16) and those born in cities with 10 or more infant deaths per thousand live births (PR=1,12; CI95%=1,03-1,21) had higher odds of being breastfed unique than the others. Conclusion: The practice of breastfeeding in the 15 cities of the state in the sample evaluated is still below the recommendations of the World Health Organization and indicates a need for investment on promotion of breastfeeding, especially in vulnerable conditions identified in the maternal conditions (work outside the home, cesarean delivery, primiparous and low education) or environmental (pacifier and bottle use, monitoring of private childcare services, non-accredited hospitals in the Baby Friendly Hospital Initiative and cities with infant mortality rate greater than or equal to 10). Objetivo: Analisar a prevalência das categorias de aleitamento materno em crianças menores de um ano e estudar a associação de fatores sociodemográficos/culturais, assistenciais e de indicadores sociais com a prática de aleitamento materno em municípios de Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal baseado nos dados de 15 municípios de Minas Gerais participantes da "II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal". Nesta adotou-se um questionário composto por questões fechadas, abordando características assistenciais, socioeconômicas, culturais, demográficas e consumo alimentar das crianças menores de l ano nas 24 horas que antecederam a entrevista. Realizou se análise descritiva, sendo calculadas as prevalências de aleitamento materno na 1** hora de vida; aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno predominante em menores de seis meses; aleitamento materno e aleitamento materno complementado em menores de um ano; além da descrição da alimentação no primeiro dia em casa (após a alta da maternidade) de crianças menores de quatro meses. Aplicou-se o teste qui-quadrado de Pearson para estimar a diferença entre as prevalências dos indicadores na capital e demais municípios participantes. Realizouse a análise da associação entre as categorias de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo com os grupos de variáveis (praticas relacionadas ao aleitamento, condições de nascimento e assistenciais, relacionadas à criança e ex mãe e indicadores sociais). Foi realizada analise multivariada hierarquizada por regressão de Poisson (modelo linear generalizado) com variância robusta, para estimação pontual e intervalar da razão de prevalência. O modelo inicial foi composto pelas variáveis explicativas que apresentaram p<0,20 na análise uni variada considerando como variável resposta a prática de AM para os menores de 1 ano e de AME para os menores de 6 meses. Adotouse 5% como nível de significância. Todas as análises foram realizadas no programa SPSS 18.0. Resultados: Foram incluídas na análise 7056 crianças, sendo 70% amamentadas na 13 hora de vida e 72,7% em aleitamento materno. Nas crianças menores de seis meses (n=3660), observ0use que 39,7% recebiam leite materno exclusivo e 16,4% de aleitamento materno predominante. Cerca de 56% das crianças maiores de seis meses estavam em aleitamento materno complementado. Não foram encontradas diferenças com significância estatística entre os padrões de aleitamento entre a capital do estado e os demais municípios. Foi identificado que as crianças que usavam chupeta (RP=1,92; 1C95%=l,752,12) e usavam mamadeira (RP=l4,28; IC95%=ll,l20,0), cujas mães trabalhavam fora de casa (RP=l,20; 1C95%:1,1l1,29), as nascidas de parto cesáreo (RP:1,1l; lC95%:1,02l,20) e as que faziam acompanhamento de puericultura em serviços de saúde de natureza privada (RP:1,09; lC95%:1,0l1,l9) apresentaram maior chance de não estarem em aleitamento materno do que as demais. Em relação ao AME em menores de seis meses, as crianças que usavam mamadeira (RP=3,03; 1C95%=2,853,33), as que não nasceram em maternidade credenciada na iniciativa Hospital Amigo da Criança (RP:1,1l; lC95%:1,04l,17), cujas mães eram primíparas (RP=1,05; lC95%=1,0l1,l1), aquelas cujas mães trabalhavam fora de casa (RP=1,l6; 1C95%=1,091,2l), que tinham menos de 8 anos de estudo (RP=l,11; lC95%=1,051,l6) e as que nasceram em municípios com 10 ou mais óbitos infantis por mil nascidos vivos (RP=l,l2; 1C95%=1,03-1,21) apresentaram maior chance de não estarem em aleitamento materno exclusivo do que as demais. Conclusão: A prática do aleitamento materno nos 15 municípios do estado avaliados na amostra ainda está aquém das recomendações da Organização Mundial de Saúde indicando a necessidade de investimento em ações de promoção do aleitamento materno, sobretudo nas condições vulneráveis identificadas no âmbito materno (trabalho fora de casa, parto cesáreo, primiparidade e baixa escolaridade) ou ambiental (uso de mamadeira e chupeta, acompanhamento de puericultura em serviços de natureza privada, materniidades não credenciadas na lniciativa Hospital Amigo da Criança e municípios com Taxa de Mortalidade Infantil maior ou igual a 10). 2011-03-02 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8LBL5A por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010035P9 - MEDICINA (PEDIATRIA) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG