Summary: | === Colorectal Cancer (CRC) corresponds to the third most prevalent type of cancer. Its origins can either be sporadic or inherited, being Lynch Syndrome the most common form of hereditary CRC. The activation of BRAF oncogene, inactivation of mismatch repair genes by methylation of CpG islands, and microsatellite instability (MSI) have been reported to be involved in CRC development. The goal of the study was to characterize CRC tumors using clinical and molecular criteria through association and cluster analysis. Amsterdam II and Bethesda guidelines and molecular variables were analyzed in 77 patients from Brazil. The positive replication error (RER) status, based in microsatellite instability, showed association with metachronous tumor, MLH1 gene methylation and inverse association with left sided and synchronous tumors. The PMS2 gene was considered the best predictor for differentiating levels of methylation and the mononucleotide were considered the best markers to evaluate RER status. The cluster 1 was characterized of individuals over 60 years of age, female, right-sided tumor, high microsatellite instability, and metachronous or synchronous tumors. The individuals in cluster 2 were younger than 45 years of age, male and showed left-sided or rectum tumors, and microsatellite stability. Even though it was not observed a significant association, a higher number of individuals with family history of cancer and tumors without promoter methylation were found in cluster 2. The V600E mutation did not show association with clinical or molecular characteristics. Evaluation of MSI and methylation of MLH1 and PMS2 genes should be considered in order to assist with clinical diagnosis. === O Câncer Colorretal (CCR) corresponde ao terceiro tipo mais comum de câncer. Sua origem pode ser esporádica e hereditária, sendo que a Síndrome de Lynch é considerada a forma mais comum de CCR hereditário. A ativação do oncogene BRAF, inativação dos genes de reparo através de metilação das ilhotas CpGs em seus promotores e instabilidade de microssatélites (MSI) têm sido relatado por estarem envolvidos no desenvolvimento do CCR. O objetivo deste estudo foi caracterizar tumores CCR utilizando critérios clínicos e moleculares, através da associação e análise de cluster. Critérios de Amsterdam II e Bethesda e variáveis moleculares foram analisados em 77 pacientes da população brasileira. O status de erro de replicação (RER) positivo, baseado na instabilidade de microssatélites, apresentou associação com tumor metacrônico e metilação no gene MLH1, e associação inversa com tumor de cólon esquerdo e tumor sincrônico. O gene PMS2 foi considerado o melhor preditor para diferenciar o nível de metilação e os mononucleotídeos foram considerados os melhores marcadores para avaliar o status RER. Os indivíduos agrupados no cluster 1 apresentaram idade acima de 60 anos, sexo feminino, tumor no cólon direito, tumor metacrônico ou sincrônico e alta instabilidade de microssatélites. Os pacientes do cluster 2 tinham em sua maioria menos de 45 anos, sexo masculino, tumor localizado no colón esquerdo e reto e estabilidade de microssatélites. Foi observado, embora não significativo, um maior número de indivíduos com história familiar de câncer e tumores com ausência de metilação na região promotora dos genes de reparo no cluster 2. A mutação V600E não apresentou associação com características clínicas e moleculares. Avaliação de MSI e metilação dos genes MLH1 e PMS2 devem ser levados em consideração a fim de auxiliar no diagnóstico clínico.
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