Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)

=== Introduction: The cervical cancer incidence in Brazil is still concern. The HIV/aids woman is considered of high risk of developing uterine cervix pre-cancer lesion and several factors of risk can contribute to the etiology of this tumor. Objectives: 1) To evaluate the cervical intraepithelial...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Angela Cristina Labanca de Araujo
Other Authors: Victor Hugo de Melo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2010
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8HEJXA
id ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-BUOS-8HEJXA
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
description === Introduction: The cervical cancer incidence in Brazil is still concern. The HIV/aids woman is considered of high risk of developing uterine cervix pre-cancer lesion and several factors of risk can contribute to the etiology of this tumor. Objectives: 1) To evaluate the cervical intraepithelial neoplasia (CIN) incidence diagnosed by histopathologic exam; 2) To identify risk factors for CIN; 3) To evaluate the human papillomavirus (HPV) prevalence, by using polymerase chain reaction assay (PCR); 4) To evaluate if the HPV-infected women at the admission of the study, have a high risk to develop CIN compared to the ones not infected by HPV. Methods: This is a nonconcurrent and concurrent prospective study with 348 HIV-positive women attended at Centro de Treinamento e Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz between 1997 and 2009. HPV detection was done at womens admission into the study using PCR and they were monitored during the follow-up with cytological and colposcopic exams and, when necessary, cervical biopsy until the presence of CIN be diagnosed by the histopathologic exam. Sociodemographic and behavioural variables were evaluated as well as HIV progression markers. The accumulated incidence of CIN and the person-years incidence were calculated. The CIN free time calculation was done by the Kaplan- Meier method to the HPV, age of the first sexual intercourse and antiretroviral variables. The Cox proportional hazard model was used in order to study the relation between each variable and CIN developing, and the evaluation of the independent effect of the variables on the CIN developing was done by the Cox multivariate model. The considered significance level was 0.05. Results: During the study period 13.5% of the women developed CIN. It was 4.1 cases per 100 person-years of followup. The HPV prevalence was 68.1%. The proportion of HPV-positive women at the admission of the study, that remained free of CIN during the follow-up was lower compared to HPV-negative women, however, the statistical association was not detected by the used criteria. The mean of CIN free time was lower to the women who had their first sexual intercourse at the age of 18 (or under) and among women who didnt use antiretroviral therapy or used it only during the pregnancy compared to the opposite group. The multivariate analyse showed that the women who had their first sexual intercourse at under or equal the age of 18 (RH=2.57; IC 95%=1.24-5.35) and the ones who never used antiretroviral therapy, or used it only during the pregnancy (RH=2.34; IC 95%=1.31-4.19) presented higher risk to develop CIN. Conclusions: The CIN incidence among this population was low and the HPV prevalence was high. The beginning of early sexual intercourse and the absence of treatment with antiretroviral therapy increased the risk of developing CIN. The HPV detection, of any type, didnt present risk to develop CIN. The result of this investigation showed that the cytological exam associated with the colposcopic rotine is a safe measure for the HIV-positive women follow-up. === Introdução: A incidência do câncer do colo uterino no Brasil ainda é preocupante. A mulher com HIV/AIDS é considerada de alto risco para desenvolver lesão précancerosa no colo uterino e vários fatores de risco podem contribuir para a etiologia desse tumor. Objetivos: 1) avaliar a incidência da neoplasia intraepitelial cervical (NIC), diagnosticada pelo exame histopatológico; 2) identificar fatores de risco para a NIC; 3) avaliar a prevalência do papilomavírus humano (HPV) diagnosticado pela reação em cadeia da polimerase (PCR); 4) avaliar se as mulheres infectadas pelo HPV, no início do estudo, têm um maior risco de desenvolver a NIC, comparado com as não infectadas pelo HPV. Métodos: Estudo prospectivo não concorrente e concorrente com 348 mulheres HIV positivo atendidas no Centro de Treinamento e Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz, no período de 1997 a 2009. A PCR para detecção do HPV foi realizada quando da entrada das pacientes no estudo e essas mulheres foram monitoradas durante o período do seguimento com exame citológico, colposcopia e biópsia cervical, quando necessária, até a ocorrência da NIC diagnosticada pelo exame histopatológico. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, de comportamento e marcadores de progressão do HIV. Foi realizado o cálculo da incidência acumulada da NIC e da incidência pessoas-tempo. A estimativa de tempo livre da NIC pelo método de Kaplan-Meier foi realizada para as variáveis HPV, idade da primeira relação sexual e antirretrovirais. Para estudar a relação entre cada variável e a evolução para NIC, utilizou-se o modelo de riscos proporcionais de Cox e a avaliação do efeito independente das variáveis na ocorrência da NIC, foi feita através do modelo multivariado de Cox. O nível de significância considerado para as análises foi de 0,05. Resultados: Durante o período do estudo 13,5% das mulheres desenvolveram NIC. Foram 4,1 casos de NIC por 100 pessoas-ano de seguimento. Estimou-se a prevalência do HPV de 68,1%. A proporção de mulheres HPV positivo na entrada do estudo que permaneceram livres da NIC foi menor comparado com as mulheres HPV negativo. Entretanto, não foi detectada associação estatística pelos critérios utilizados. A média de tempo livre da NIC foi menor para as mulheres que tiveram a primeira relação sexual com idade 18 anos e entre as mulheres que não usaram antirretrovirais, ou os utilizaram somente na gravidez. A análise multivariada mostrou que as mullheres que tiveram a primeira relação sexual com idade 18 anos (RR=2,57; IC 95%=1,24-5,35) e as que nunca usaram antirretrovirais, ou os usaram somente na gravidez (RR=2,34; IC 95%=1,31-4,19) apresentaram maior risco de desenvolver NIC. Conclusões: A incidência da NIC nessa população foi baixa e a prevalência do HPV foi alta. O início da atividade sexual precoce e a ausência de tratamento com antirretrovirais aumentou o risco de desenvolver a NIC. A detecção do HPV, de qualquer tipo, não representou risco para a ocorrência da NIC. O resultado desta investigação mostrou que o exame citológico associado à rotina colposcópica é uma prática segura no acompanhamento das mulheres portadoras do HIV.
author2 Victor Hugo de Melo
author_facet Victor Hugo de Melo
Angela Cristina Labanca de Araujo
author Angela Cristina Labanca de Araujo
spellingShingle Angela Cristina Labanca de Araujo
Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
author_sort Angela Cristina Labanca de Araujo
title Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
title_short Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
title_full Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
title_fullStr Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
title_full_unstemmed Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
title_sort incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv)
publisher Universidade Federal de Minas Gerais
publishDate 2010
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8HEJXA
work_keys_str_mv AT angelacristinalabancadearaujo incidenciadaneoplasiaintraepitelialcervicalnicemumacoortedemulheresinfectadaspelovirusdaimunodeficienciahumanahiv
_version_ 1718844994860613632
spelling ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-BUOS-8HEJXA2019-01-21T17:59:09Z Incidência da neoplasia intraepitelial cervical (nic) em uma coorte de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv) Angela Cristina Labanca de Araujo Victor Hugo de Melo Agnaldo Lopes da Silva Filho Carlos Mauricio de Figueiredo Antunes Eddie Fernando Candido Murta Introduction: The cervical cancer incidence in Brazil is still concern. The HIV/aids woman is considered of high risk of developing uterine cervix pre-cancer lesion and several factors of risk can contribute to the etiology of this tumor. Objectives: 1) To evaluate the cervical intraepithelial neoplasia (CIN) incidence diagnosed by histopathologic exam; 2) To identify risk factors for CIN; 3) To evaluate the human papillomavirus (HPV) prevalence, by using polymerase chain reaction assay (PCR); 4) To evaluate if the HPV-infected women at the admission of the study, have a high risk to develop CIN compared to the ones not infected by HPV. Methods: This is a nonconcurrent and concurrent prospective study with 348 HIV-positive women attended at Centro de Treinamento e Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz between 1997 and 2009. HPV detection was done at womens admission into the study using PCR and they were monitored during the follow-up with cytological and colposcopic exams and, when necessary, cervical biopsy until the presence of CIN be diagnosed by the histopathologic exam. Sociodemographic and behavioural variables were evaluated as well as HIV progression markers. The accumulated incidence of CIN and the person-years incidence were calculated. The CIN free time calculation was done by the Kaplan- Meier method to the HPV, age of the first sexual intercourse and antiretroviral variables. The Cox proportional hazard model was used in order to study the relation between each variable and CIN developing, and the evaluation of the independent effect of the variables on the CIN developing was done by the Cox multivariate model. The considered significance level was 0.05. Results: During the study period 13.5% of the women developed CIN. It was 4.1 cases per 100 person-years of followup. The HPV prevalence was 68.1%. The proportion of HPV-positive women at the admission of the study, that remained free of CIN during the follow-up was lower compared to HPV-negative women, however, the statistical association was not detected by the used criteria. The mean of CIN free time was lower to the women who had their first sexual intercourse at the age of 18 (or under) and among women who didnt use antiretroviral therapy or used it only during the pregnancy compared to the opposite group. The multivariate analyse showed that the women who had their first sexual intercourse at under or equal the age of 18 (RH=2.57; IC 95%=1.24-5.35) and the ones who never used antiretroviral therapy, or used it only during the pregnancy (RH=2.34; IC 95%=1.31-4.19) presented higher risk to develop CIN. Conclusions: The CIN incidence among this population was low and the HPV prevalence was high. The beginning of early sexual intercourse and the absence of treatment with antiretroviral therapy increased the risk of developing CIN. The HPV detection, of any type, didnt present risk to develop CIN. The result of this investigation showed that the cytological exam associated with the colposcopic rotine is a safe measure for the HIV-positive women follow-up. Introdução: A incidência do câncer do colo uterino no Brasil ainda é preocupante. A mulher com HIV/AIDS é considerada de alto risco para desenvolver lesão précancerosa no colo uterino e vários fatores de risco podem contribuir para a etiologia desse tumor. Objetivos: 1) avaliar a incidência da neoplasia intraepitelial cervical (NIC), diagnosticada pelo exame histopatológico; 2) identificar fatores de risco para a NIC; 3) avaliar a prevalência do papilomavírus humano (HPV) diagnosticado pela reação em cadeia da polimerase (PCR); 4) avaliar se as mulheres infectadas pelo HPV, no início do estudo, têm um maior risco de desenvolver a NIC, comparado com as não infectadas pelo HPV. Métodos: Estudo prospectivo não concorrente e concorrente com 348 mulheres HIV positivo atendidas no Centro de Treinamento e Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz, no período de 1997 a 2009. A PCR para detecção do HPV foi realizada quando da entrada das pacientes no estudo e essas mulheres foram monitoradas durante o período do seguimento com exame citológico, colposcopia e biópsia cervical, quando necessária, até a ocorrência da NIC diagnosticada pelo exame histopatológico. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, de comportamento e marcadores de progressão do HIV. Foi realizado o cálculo da incidência acumulada da NIC e da incidência pessoas-tempo. A estimativa de tempo livre da NIC pelo método de Kaplan-Meier foi realizada para as variáveis HPV, idade da primeira relação sexual e antirretrovirais. Para estudar a relação entre cada variável e a evolução para NIC, utilizou-se o modelo de riscos proporcionais de Cox e a avaliação do efeito independente das variáveis na ocorrência da NIC, foi feita através do modelo multivariado de Cox. O nível de significância considerado para as análises foi de 0,05. Resultados: Durante o período do estudo 13,5% das mulheres desenvolveram NIC. Foram 4,1 casos de NIC por 100 pessoas-ano de seguimento. Estimou-se a prevalência do HPV de 68,1%. A proporção de mulheres HPV positivo na entrada do estudo que permaneceram livres da NIC foi menor comparado com as mulheres HPV negativo. Entretanto, não foi detectada associação estatística pelos critérios utilizados. A média de tempo livre da NIC foi menor para as mulheres que tiveram a primeira relação sexual com idade 18 anos e entre as mulheres que não usaram antirretrovirais, ou os utilizaram somente na gravidez. A análise multivariada mostrou que as mullheres que tiveram a primeira relação sexual com idade 18 anos (RR=2,57; IC 95%=1,24-5,35) e as que nunca usaram antirretrovirais, ou os usaram somente na gravidez (RR=2,34; IC 95%=1,31-4,19) apresentaram maior risco de desenvolver NIC. Conclusões: A incidência da NIC nessa população foi baixa e a prevalência do HPV foi alta. O início da atividade sexual precoce e a ausência de tratamento com antirretrovirais aumentou o risco de desenvolver a NIC. A detecção do HPV, de qualquer tipo, não representou risco para a ocorrência da NIC. O resultado desta investigação mostrou que o exame citológico associado à rotina colposcópica é uma prática segura no acompanhamento das mulheres portadoras do HIV. 2010-06-18 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8HEJXA por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010022P4 - MEDICINA (GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG