Summary: | === The modified sphygmomanometer test (MST) is an adequate method for the assessment of muscle strength in subjects with chronic stroke. The MST can also be a promising method for assessing muscle strength in subjects with subacute stroke. These subjects have characteristics specific and distinct from those presented by subjects with chronic stroke. Thus, for MST be used in subjects with subacute stroke,
the investigat reliability and validity, is necessary. Therefore, the objectives of this study were to investigate the reliability and validity of the MST for the assessment of muscle strength of the lower limb (LL) and trunk in subjects with subacute stroke (between three and six months post-stroke) and to verify whether the number of trials affected
the results. A methodological study approved by COEP/UFMG (ETIC
0492.0.203.000.10) was conducted with 54 subjects with subacute stroke (62±14 years; 4±1 months post-stroke). Bilateral muscle strength of the LL and trunk (flexors/extensors of the hip, knee, ankle, trunk, hip abductors, lateral flexors and rotators of the trunk) was assessed by the examiner-1 with the hand-held dynamometer (criterion standard) and the MST. Examiners 1 and 2 performed a second evaluation (1-2 weeks apart) with the MST. A third examiner read and recorded all of the
measures. Intraclass correlation coefficient (ICC) was used to investigate test-retest and inter-rater reliabilities (=0.05) and Pearson correlation test was used to assess the correlation between the measures of the hand-held dynamometer (HHD) (Kg) and the MST (mmHg). One-way analysis of variance (ANOVA) was used to compare the MST values using different number of trials (first trial and the means of 2 and 3 trials). Linear regression analyses were employed to identify the best model, which could explain the relationships between the measures obtained with both types of equipment and to provide the estimated regression equations that could predict the strength values, in kg, from those obtained with the MST, in mmHg. Significant values classified from moderate were found for test-retest reliability (0.57ICC0.97; p0.001), inter-rater reliability (0.50ICC0.94; p0.001) and validity (0.70r0.88; p0.001) for the all muscular groups considering the different outcome measures, except for the test-retest reliability considering the first trial for the non-paretic ankle dorsiflexors, which showed low ICC values (ICC=0.47; p0.001), and for the nonparetic ankle plantar flexors considering different number of trials (first trial and the means of 2 and 3 trials), which showed very low to low ICC values (0.20ICC 0.43; p0.001). ANOVA showed similar values among the outcome measures (0.01F0.09; 0.92p1.00). Linear regression analyses demonstrated that the values in mmHg were good predictors of the values in Kg (0.54r20.77; p0.001). The MST showed adequate measurement properties to evaluate the muscle strength of the LL and trunk in subjects with subacute stroke and, therefore, can be used in clinical practice to provide objective measurements of muscle strength in this population. In general, only one trial, after familiarization, can be used without compromising the values obtained and their measurement properties. === O teste do esfigmomanômetro modificado (TEM) demonstrou ser um método adequado para avaliar força muscular de indivíduos na fase crônica do acidente vascular encefálico (AVE). Dada a sua grande aplicabilidade clínica, pode também ser um método promissor para a avaliação da força muscular de indivíduos na fase subaguda pós-AVE. Esses indivíduos apresentam características específicas e distintas das apresentadas na fase crônica do AVE. Dessa forma, para que o TEM
seja utilizado em indivíduos na fase subaguda pós-AVE, é necessária a investigação das suas propriedades de medidas nessa população, dentre elas a confiabilidade e a validade. Portanto, os objetivos deste estudo foram investigar a confiabilidade e a validade do TEM para avaliar a força muscular dos membros inferiores (MMII) e tronco de indivíduo na fase subaguda pós-AVE (entre três e seis meses de acometimento) e identificar a sua melhor forma de operacionalização. Foi conduzido
um estudo metodológico, aprovado pelo COEP/UFMG (ETIC 0492.0.203.000.10), com 54 indivíduos na fase subaguda do AVE, (62±14 anos; 4±1 meses pós-AVE). A força muscular bilateral dos músculos dos MMII e tronco (flexores/extensores de quadril, joelho, tornozelo, tronco, abdutores de quadril, flexores laterais e rotadores
do tronco) foi avaliada pelo examinador-1 com o dinamômetro portátil (padrão ouro) e com o TEM. Examinad 1-2 semanas do primeiro dia de avaliação) utilizando o TEM. Um terceiro examinador fez a leitura e registro de todas as medidas. O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) foi utilizado para avaliar as confiabilidades teste-reteste e
interexaminadores do TEM (=0,05) e o teste de correlação de Pearson utilizado para avaliar a correlação entre as medidas de força obtidas com o dinamômetro portátil (kg) e com o TEM (mmHg). One-way ANOVA foi utilizada para comparar os valores de força obtidos com o TEM entre as diferentes formas de operacionalização (1a repetição, média de duas e de três repetições). Análise de regressão simples foi utilizada para identificar o melhor modelo para explicar a relação entre as medidas
obtidas com os força em kg a partir dos valores em mmHg. Valores significativos e classificados a partir de moderados foram encontrados para as confiabilidades teste-reteste (0,57CCI0,97; p0,001) e interexaminadores (0,50CCI0,94; p0,001) e validade
(0,70r0,88; p0,001) para todos os grupos musculares, considerando as diferentes formas de operacionalização, exceto para confiabilidade teste-reteste da primeira repetição dos dorsiflexores do tornozelo do lado não-parético, classificada como baixa (CCI=0,47; p0,001), e para confiabilidade interexaminadores considerando as
três formas de operacionalização dos flexores plantares do tornozelo do lado nãoparético, classificada entre muito baixa e baixa (0,20CCI0,43; p0,001). Além disso, ANOVA evidenciou valores similares entre as formas de operacionalização (0,01F0,09; 0,92p1,00). Análise de regressão simples demonstrou que os valores em mmHg foram bons preditores dos valores em kg (0,54r20,77; p0,001). O TEM apresentou propriedades de medida adequadas para avaliar a força muscular de MMII e tronco de indivíduos na fase subaguda pós-AVE e, portanto, pode ser utilizado na prática clínica para se obter medidas objetivas da força muscular desta população. De uma forma geral, apenas uma medida, após familiarização, pode ser utilizada sem comprometer os valores obtidos e suas propriedades de medida.
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