| Summary: | === INTRODUCTION: The habitual physical activity (PA) induce desirable changes in plasma lipid levels, especially the increase of HDL-cholesterol (HDL) and reducing triglycerides (TG). There are similarities between the findings of studies on the advantage that causes PA in plasma lipid levels, however there is still a necessary to explain the role of the frequency and intensity of PA on this benefit. Such information is important for making more specific recommendations for PA to increase HDL and decrease LDL and TG.
OBJETIVO: Estimate the contribution of PA to the distribution of HDL, LDL and TG among male and female participants of the baseline of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA Brasil) and to investigate if the association between PA and HDL; PA and TG; PA and LDL is modified according to the different assessment parameters of PA.
METHODS: Cross-sectional study with participants aged between 35 and 69 years, both sexes. Data collection was conducted through interviews, anthropometric measurements, and laboratory tests. Participants who used drugs that influence the levels of HDL, LDL and TG were excluded. Physical activity was assessed by a modified International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) modified. Three different parameters of PA were considered in the analysis: intensity (mild, moderate and strong); weekly time >150 minutes (WHO criteria) and total time PA in minutes. The analysis was performed by univariate and multivariate linear regression using the logarithmic transformation of TG. For inclusion in the multiple linear regression model the variables that were associated with p value <0,20 was chosen and remained in the final models variables that remained associated with the level of p<0,05, after all adjustments. Multiple linear regression was initially adjusted for sex and age, and then by possible confounding variables.
RESULTS: Among the 15.105 participants in the Study ELSA-Brasil, 12,688 were included in this study, and 54.8% were female and the mean age was 50 years (± 8.12), 50% reported white skin, 52% had a higher education. The mean BMI was 26,8kg / m2 (± 4.76), 14% were smokers and 69%, users of alcoholic drink, being 8% excessive alcohol users. The mean values of HDL and LDL were, respectively, 49mg/dL and 134mg/dL for men and 60 mg/dL and 133mg/dL for women. Median values of TG were 131mg/dL for men and 100 mg/dL for women. Concerning weekly physical activity during leisure time, 78% of individuals engaged in light physical activity; 13%, and 9% in moderate, or intense PA, regardless of gender. The LDL proved ssociado the intensity of PA in univariate analysis, but lost significance after adjustment estatítica by sex and age. The final linear regression models showed that the levels of HDL increase with greater intensity of PA, which are higher in practice over 150min / week and grow by directly with the total time of PA. The intensity of PA explained 0.05% of the total distribution of HDL in the study population. The PA >150 min/week and total time explained respectively, 0.11% and 0.16% of the distribution of HDL. After adjustments, TG levels decreased significantly with increasing intensity of PA and with longer PA. The intensity of PA explained 0.19% of the distribution of TG in the population studied, since PA as recommended by WHO explains 0.03% of this distribution, and the total time PA explains 0.08%. Our results reinforce the importance of regular practice of physical activity for increasing HDL and reducing TG, but was not associated with levels of LDL. The best explanation for the intensity distribution of HDL and TG levels, but the relative contribution of PA to the general distribution of HDL and TG levels in the study population was small. Among the different parameters investigated the intensity of PA contributed more to explain the distribution of HDL and TG than the WHO recommendation of practice> 150 min/week. But it is noteworthy that our results reinforce the notion that PA practice as recommended by the WHO brings benefits on levels of these lipids. === INTRODUÇÃO: A prática habitual de atividade física (AF) induz alterações desejáveis nos níveis plasmáticos de lipídeos, em especial no aumento da HDL-Colesterol (HDL) e na redução dos triglicérides (TG). Existem similaridades entre os achados dos estudos em relação ao benefício que a AF provoca nos níveis plasmáticos de lipídeos, entretanto ainda há necessidade de aclarar o papel da frequência e da intensidade da AF sobre esse benefício. Tal informação é importante para tornar mais específicas as recomendações de AF com vista a aumentar a HDL e diminuir a LDL e o TG.
OBJETIVO: Estimar a contribuição da AF para a distribuição dos níveis de HDL, LDL e TG entre homens e mulheres participantes da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil) e investigar se a associação entre AF e HDL; AF e LDL e AF e TG varia segundo diferentes formas de classificação de AF.
MÉTODOS: Estudo transversal com participantes com idade entre 35 e 69 anos, ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas, medidas antropométricas e exames laboratoriais. Foram excluídos participantes que fizeram uso de medicamentos que influenciam nos valores de HDL, LDL e de TG. A atividade física foi avaliada pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) modificado. Três parâmetros diferentes de AF foram considerados na análise: intensidade (leve moderada e vigorosa); tempo semanal > 150 minutos (recomendação da Organização Mundial da Saúde) e tempo total de AF em minutos. A análise foi feita por regressão linear uni e multivariada utilizando-se a transformação logarítmica do TG. Para inclusão no modelo de regressão linear múltipla foram escolhidas as variáveis que apresentaram associação com p valor <0,20, tendo permanecido nos modelos finais as variáveis que se mantiveram associadas ao nível de p <0,05, após todos os ajustes. A regressão linear múltipla foi ajustada inicialmente por sexo e idade, e posteriormente por possíveis variáveis de confusão.
RESULTADOS: Dos 15.105 participantes do Estudo ELSA-Brasil, 12.688 preencheram os critérios de inclusão, sendo 54,8% do sexo feminino e com idade média de 50 anos (±8,12), 50% relatou cor de pele branca, 52% possuía nível superior de escolaridade. A média do IMC foi 26,8kg/m2(±4,76), 14% eram fumantes e 69%, usuários de bebida alcóolica, sendo 8% usuários excessivos de álcool. Os valores médios de HDL e LDL foram, respectivamente, 49mg/dL e 134mg/dL para homens e 60mg/dL e 133mg/dL para mulheres. Os valores medianos dos TG foram 131mg/dL para homens e 100mg/dL para mulheres. Quanto à prática semanal de atividade física no lazer, 78% dos indivíduos praticavam AF leve; 13%, moderada e 9%, vigorosa, sendo similar a distribuição da atividade física por gênero. O LDL mostrou-se ssociado à intensidade da AF na análise univariada, mas perdeu significância estatítica após ajuste por sexo e idade. Os modelos finais de regressão linear mostraram que os níveis de HDL crescem com a maior intensidade da AF, são maiores nos que praticam mais de 150min/semana e crescem diretametne com o tempo total de AF. A intensidade da AF explicou 0,05% da distribuição total dos níveis de HDL na população estudada. AF>150 min/semana e tempo total explicaram respectivamente, 0,11% e 0,16% da distribuição do HDL. Após ajustes, os níveis de TG reduziram significativamente com o aumento da intensidade da AF e com o maior tempo de AF. A intensidade da AF explicou 0,19% da distribuição dos TG na população estudada, já AF segundo recomendação da OMS explica 0,03% dessa distribuição, e o tempo total de AF explica 0,08%. Nossos resultados reforçam a importância da pratica regular de atividade física para o aumento do HDL e redução dos TG, mas não foi associada aos niveis de LDL. A intensidade explicou melhor a distribuição dos niveis de HDL e TG, mas a contribuição relativa da AF para a distribuição geral dos niveis de HDL e TG na população de estudo foi pequena. Entre os diferentes parâmetros investigados a intensidade da AF contribuiu mais para explicar a distribuição de HDL e TG do que a recome
ndação da OMS de pratica >150 min/semana. Mas, vale ressaltar que nossos resultados reforçam que a prática de AF como recomenda a OMS traz benefícios sobre os niveis desses lipídios.
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