Papel dos eventos inflamatórios induzidos pela imunização na manutenção de tolerância oral

=== Oral tolerance is a complex phenomenon defined as a state of systemichyporesponsiveness to an antigen that has been previously administered by the oral route. Many factors affect oral tolerance induction, some of them related to antigen, some related to the animal. Feeding regimen as well as th...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andrezza Fernanda Santiago
Other Authors: Ana Maria Caetano de Faria
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2008
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8A5MV9
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description === Oral tolerance is a complex phenomenon defined as a state of systemichyporesponsiveness to an antigen that has been previously administered by the oral route. Many factors affect oral tolerance induction, some of them related to antigen, some related to the animal. Feeding regimen as well as the age of the animal are two of the most important factors that affect oral tolerance induction. Neonatal mice are not susceptible to oral tolerance while 8-week-old mice are fully susceptible. Mice becomeless susceptible with 24 weeks of age and totally refractory with 70 weeks of age. Some reports suggest that aging does not affect oral tolerance induction but its maintenance. According to some authors, oral tolerance is kept for a short period of 21 days to 3 months. Previous studies by our laboratory showed that oral tolerance can be maintained for a period of one and a half year after oral treatment. These contradictory reports can be explained by different experimental protocols that were used. The main difference in those protocols is related to immunization with antigen + adjuvant that is essential to reveal oral tolerance induction or maintenance. Thus, our goal was to study the role of inflammatory events triggered by immunization in the oral tolerance induction and maintenance. BALB/c mice at age of 8-12 weeks were treated orally with20mg of OVA, either by gavage or continuous feeding and immunized withOVA+Al(OH)3 i.p or alternatively with OVA+CFA s.c. Primary immunization varied from 7 to 180 days after oral treatment in mice immunized with OVA+Al(OH)3 or OVA+CFA and booster with OVA varied from 14-360 days after primary immunization (with OVA+Al(OH)3). According to our results, animals immunized up to 30 days after oral treatment either by gavage or continuous feeding, independent of the kind of adjuvant used, were able to sustain oral tolerance. However, mice immunized 90 days after oral treatment with OVA+CFA did not maintain the tolerance status, while those immunized with Al(OH)3 did. This result suggests that the type of adjuvant used affects oral tolerance maintenance. On the other hand, mice immunized 180 days with OVA+Al(OH)3 after oral treatment by gavage become responsive to antigen while those treated by continuous feeding kept tolerant. Our data indicate that the feeding regimen isalso able to affect oral tolerance maintenance. Moreover, mice immunized 7 days after oral treatment either by gavage or continuous feeding are able to keep oral tolerance up to one year after oral treatment. This result suggests that immunization with antigen + adjuvant can work strengthening oral tolerance maintenance. We can conclude thatimmunization with antigen + adjuvant is important for oral tolerance maintenance and that the type of adjuvant used, the interval between oral treatment and primary immunization, as well as the regimen feeding (gavage or continuous feeding) all affect oral tolerance maintenance. === A tolerância oral é um fenômeno complexo definido pela supressão da resposta imune após imunização com um antígeno que foi previamente administrado por via oral. Vários fatores interferem na indução da tolerância oral, alguns relacionados ao antígeno, outros ao animal. Dois dos fatores mais importantes são a forma de administração de oral do antígeno e a idade do animal. Animais neonatos não são susceptíveis à indução de tolerância oral enquanto animais com 8 semanas de idade susceptíveis à tolerância oral se tornam menos susceptíveis com 24 semanas e totalmente refratários com 70 semanas. Alguns trabalhos sugerem que o envelhecimento não interfere na indução da tolerância oral, mas sim na sua manutenção. Segundo alguns autores, a tolerância oral é mantida por um prazo curto de vinte dias a 3 meses. Um estudo prévio do nosso laboratório mostrou que é possível manter o estado de tolerância oral por um período de um ano e meio após o tratamento oral. Essa controvérsia sobre a manutenção da tolerância oral pode ser explicada pelos diferentes protocolos experimentais utilizados. A grande diferença entre os protocolos é a questão da imunização com antígeno + adjuvante, necessária para avaliar a indução ou manutenção da tolerância oral. Assim, nosso objetivo foi estudar se os eventos inflamatórios induzidos pela imunização têm um papel importante para sua indução e manutenção. Camundongos BALB/c fêmea com idade de 8-12 semanas foram tratados, com 20mg de OVA por gavagem (administração intragástrica) ou por ingestão voluntária e imunizados i.p. com OVA+Al(OH)3 ou alternativamente s.c. com OVA+CFA. A imunização primária (OVA+CFA ou OVA+Al(OH)3) variou de 7 a 180 dias após tratamento enquanto que o desafio com OVA variou de 14 a 360 dias após imunização primária com OVA+Al(OH)3. De acordo com nossos resultados, animais imunizados até 30 dias após o tratamento oral por gavagem ou ingestão voluntária, independente do tipo de adjuvante utilizado, mantiveram-se tolerantes. No entanto, animais imunizados com OVA+CFA 90 dias após o tratamento oral já não estavam mais tolerantes, enquanto aqueles imunizados com OVA+Al(OH)3 estavam, o que sugere que o tipo de adjuvanteutilizado na imunização interfere no tempo de manutenção da tolerância oral. Além disto, observamos que os animais imunizados com OVA+Al(OH)3 180 dias após o tratamento oral por gavagem se tornaram reativos enquanto que aqueles tratados oralmente por ingestão voluntária se mantiveram tolerantes. Esse resultado sugere que otipo de regime utilizado no tratamento oral também interfere no tempo de manutenção da tolerância oral. Por outro lado, animais imunizados logo após o tratamento oral (7 dias), seja por gavagem ou ingestão voluntária, mantêm a tolerância oral por até 1 ano após o tratamento oral. Esse dado indica que a imunização logo após o tratamento oralseria um reforço para a manutenção da tolerância oral. De um modo geral, podemos concluir que a imunização com antígeno+adjuvante é importante para a manutenção da tolerância e que o tipo de adjuvante utilizado, o intervalo entre tratamento oral e imunização primária, assim como o tipo de regime utilizado no tratamento oral (gavagem ou ingestão voluntária) interferem na manutenção da tolerância oral.
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According to some authors, oral tolerance is kept for a short period of 21 days to 3 months. Previous studies by our laboratory showed that oral tolerance can be maintained for a period of one and a half year after oral treatment. These contradictory reports can be explained by different experimental protocols that were used. The main difference in those protocols is related to immunization with antigen + adjuvant that is essential to reveal oral tolerance induction or maintenance. Thus, our goal was to study the role of inflammatory events triggered by immunization in the oral tolerance induction and maintenance. BALB/c mice at age of 8-12 weeks were treated orally with20mg of OVA, either by gavage or continuous feeding and immunized withOVA+Al(OH)3 i.p or alternatively with OVA+CFA s.c. Primary immunization varied from 7 to 180 days after oral treatment in mice immunized with OVA+Al(OH)3 or OVA+CFA and booster with OVA varied from 14-360 days after primary immunization (with OVA+Al(OH)3). According to our results, animals immunized up to 30 days after oral treatment either by gavage or continuous feeding, independent of the kind of adjuvant used, were able to sustain oral tolerance. However, mice immunized 90 days after oral treatment with OVA+CFA did not maintain the tolerance status, while those immunized with Al(OH)3 did. This result suggests that the type of adjuvant used affects oral tolerance maintenance. On the other hand, mice immunized 180 days with OVA+Al(OH)3 after oral treatment by gavage become responsive to antigen while those treated by continuous feeding kept tolerant. Our data indicate that the feeding regimen isalso able to affect oral tolerance maintenance. Moreover, mice immunized 7 days after oral treatment either by gavage or continuous feeding are able to keep oral tolerance up to one year after oral treatment. This result suggests that immunization with antigen + adjuvant can work strengthening oral tolerance maintenance. We can conclude thatimmunization with antigen + adjuvant is important for oral tolerance maintenance and that the type of adjuvant used, the interval between oral treatment and primary immunization, as well as the regimen feeding (gavage or continuous feeding) all affect oral tolerance maintenance. A tolerância oral é um fenômeno complexo definido pela supressão da resposta imune após imunização com um antígeno que foi previamente administrado por via oral. Vários fatores interferem na indução da tolerância oral, alguns relacionados ao antígeno, outros ao animal. Dois dos fatores mais importantes são a forma de administração de oral do antígeno e a idade do animal. Animais neonatos não são susceptíveis à indução de tolerância oral enquanto animais com 8 semanas de idade susceptíveis à tolerância oral se tornam menos susceptíveis com 24 semanas e totalmente refratários com 70 semanas. Alguns trabalhos sugerem que o envelhecimento não interfere na indução da tolerância oral, mas sim na sua manutenção. Segundo alguns autores, a tolerância oral é mantida por um prazo curto de vinte dias a 3 meses. Um estudo prévio do nosso laboratório mostrou que é possível manter o estado de tolerância oral por um período de um ano e meio após o tratamento oral. Essa controvérsia sobre a manutenção da tolerância oral pode ser explicada pelos diferentes protocolos experimentais utilizados. A grande diferença entre os protocolos é a questão da imunização com antígeno + adjuvante, necessária para avaliar a indução ou manutenção da tolerância oral. Assim, nosso objetivo foi estudar se os eventos inflamatórios induzidos pela imunização têm um papel importante para sua indução e manutenção. Camundongos BALB/c fêmea com idade de 8-12 semanas foram tratados, com 20mg de OVA por gavagem (administração intragástrica) ou por ingestão voluntária e imunizados i.p. com OVA+Al(OH)3 ou alternativamente s.c. com OVA+CFA. A imunização primária (OVA+CFA ou OVA+Al(OH)3) variou de 7 a 180 dias após tratamento enquanto que o desafio com OVA variou de 14 a 360 dias após imunização primária com OVA+Al(OH)3. De acordo com nossos resultados, animais imunizados até 30 dias após o tratamento oral por gavagem ou ingestão voluntária, independente do tipo de adjuvante utilizado, mantiveram-se tolerantes. No entanto, animais imunizados com OVA+CFA 90 dias após o tratamento oral já não estavam mais tolerantes, enquanto aqueles imunizados com OVA+Al(OH)3 estavam, o que sugere que o tipo de adjuvanteutilizado na imunização interfere no tempo de manutenção da tolerância oral. Além disto, observamos que os animais imunizados com OVA+Al(OH)3 180 dias após o tratamento oral por gavagem se tornaram reativos enquanto que aqueles tratados oralmente por ingestão voluntária se mantiveram tolerantes. Esse resultado sugere que otipo de regime utilizado no tratamento oral também interfere no tempo de manutenção da tolerância oral. Por outro lado, animais imunizados logo após o tratamento oral (7 dias), seja por gavagem ou ingestão voluntária, mantêm a tolerância oral por até 1 ano após o tratamento oral. Esse dado indica que a imunização logo após o tratamento oralseria um reforço para a manutenção da tolerância oral. De um modo geral, podemos concluir que a imunização com antígeno+adjuvante é importante para a manutenção da tolerância e que o tipo de adjuvante utilizado, o intervalo entre tratamento oral e imunização primária, assim como o tipo de regime utilizado no tratamento oral (gavagem ou ingestão voluntária) interferem na manutenção da tolerância oral. 2008-02-19 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8A5MV9 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010006P9 - BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG