Dependência de objeto e a ilusão de compreender
=== Since language and thought dont always mirror each other, speakers may be deluded about the propositions they think they grasp when they try to understand certain utterances. However, as Russells theory of descriptions shows, the object independent semantics of quantified phrases accounts for t...
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Format: | Others |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2009
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=== Since language and thought dont always mirror each other, speakers may be deluded about the propositions they think they grasp when they try to understand certain utterances. However, as Russells theory of descriptions shows, the object independent semantics
of quantified phrases accounts for this possibility being ruled out when it comes to understanding definite descriptions. Thus, to understand a sentence containing a definite description, it is not necessary that the speaker knows which object it describes, if any. In sharp contrast, the semantics of referring expressions implies the object dependency
of singular thoughts, since objects referred to are part of the proposition expressed by utterances of sentences with referring expressions. There simply is no proposition or thought to be grasped in uttering these sentences if the referring expression does not refer to something. The illusion of understanding amounts to intending to understand these utterances. However, a specification of the necessary conditions to understand referring expressions is not able to explain the impossibility of understanding sentences that do not express propositions, since the specification itself is object dependent. In acknowledging the fallibilism inherent to linguistic understanding, as well as the limits of this theory of understanding, this thesis is skeptical about the very strategy of deriving necessary conditions for understanding and communication solely from truth conditions. Finally, I propose the adoption of less strict conditions for understanding so that it may give room to linguistic deference as a genuine mode of understanding. === O descompasso entre linguagem e pensamento reconhece a possibilidade de falantes se iludirem acerca dos pensamentos que apreendem ao pretender compreender proferimentos
de certas frases. A partir do exame da independência de objeto de proposições quantificadas, é mostrado por que essa possibilidade é contornada pela semântica das descrições definidas, tal como elucidada pela teoria das descrições de Russell. As condições epistemológicas da compreensão de descrições não exigem que se conheça o objeto descrito e nem mesmo que exista um tal objeto para que seja possível a apreensão de proposições quantificadas. Em contraposição, a semântica das expressões referenciais, que considera
que objetos figuram nas condições de verdade de frases em que ocorrem expressões referenciais, implica a dependência de objeto de pensamentos singulares. Não há qualquer pensamento para ser expresso ou considerado pelo proferimento de frases em que figuram
expressões referencias que a nada refiram. A pretensão de compreender proferimentos de frases cuja compreensão é impossível se revela, então, como uma ilusão de compreender essa frase. Contudo, a formulação de condições necessárias para a compreensão de expressões referenciais não é capaz de justificar a impossibilidade de compreender frases que não expressam proposições, uma vez que a formulação das condições epistêmicas necessárias da compreensão da referência é ela mesma dependente de objeto. Reconhecido o
falibilismo inerente à compreensão linguística e os limites de uma teoria da compreensão, a dissertação termina por questionar a estratégia mesma de derivar apenas de padrões inferenciais as condições necessárias da compreensão e da comunicação. Ao propor um relaxamento dessas condições, sugere que se reconheça a deferência linguística como um modo autêntico de compreensão. |
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-ARBZ-7THFA82019-01-21T17:56:16Z Dependência de objeto e a ilusão de compreender Eduardo Coutinho Lourenco de Lima Ernesto Perini Frizzera da Mota Santos Mauro Luiz Engelmann Paulo Francisco Estrella Faria Since language and thought dont always mirror each other, speakers may be deluded about the propositions they think they grasp when they try to understand certain utterances. However, as Russells theory of descriptions shows, the object independent semantics of quantified phrases accounts for this possibility being ruled out when it comes to understanding definite descriptions. Thus, to understand a sentence containing a definite description, it is not necessary that the speaker knows which object it describes, if any. In sharp contrast, the semantics of referring expressions implies the object dependency of singular thoughts, since objects referred to are part of the proposition expressed by utterances of sentences with referring expressions. There simply is no proposition or thought to be grasped in uttering these sentences if the referring expression does not refer to something. The illusion of understanding amounts to intending to understand these utterances. However, a specification of the necessary conditions to understand referring expressions is not able to explain the impossibility of understanding sentences that do not express propositions, since the specification itself is object dependent. In acknowledging the fallibilism inherent to linguistic understanding, as well as the limits of this theory of understanding, this thesis is skeptical about the very strategy of deriving necessary conditions for understanding and communication solely from truth conditions. Finally, I propose the adoption of less strict conditions for understanding so that it may give room to linguistic deference as a genuine mode of understanding. O descompasso entre linguagem e pensamento reconhece a possibilidade de falantes se iludirem acerca dos pensamentos que apreendem ao pretender compreender proferimentos de certas frases. A partir do exame da independência de objeto de proposições quantificadas, é mostrado por que essa possibilidade é contornada pela semântica das descrições definidas, tal como elucidada pela teoria das descrições de Russell. As condições epistemológicas da compreensão de descrições não exigem que se conheça o objeto descrito e nem mesmo que exista um tal objeto para que seja possível a apreensão de proposições quantificadas. Em contraposição, a semântica das expressões referenciais, que considera que objetos figuram nas condições de verdade de frases em que ocorrem expressões referenciais, implica a dependência de objeto de pensamentos singulares. Não há qualquer pensamento para ser expresso ou considerado pelo proferimento de frases em que figuram expressões referencias que a nada refiram. A pretensão de compreender proferimentos de frases cuja compreensão é impossível se revela, então, como uma ilusão de compreender essa frase. Contudo, a formulação de condições necessárias para a compreensão de expressões referenciais não é capaz de justificar a impossibilidade de compreender frases que não expressam proposições, uma vez que a formulação das condições epistêmicas necessárias da compreensão da referência é ela mesma dependente de objeto. Reconhecido o falibilismo inerente à compreensão linguística e os limites de uma teoria da compreensão, a dissertação termina por questionar a estratégia mesma de derivar apenas de padrões inferenciais as condições necessárias da compreensão e da comunicação. Ao propor um relaxamento dessas condições, sugere que se reconheça a deferência linguística como um modo autêntico de compreensão. 2009-03-30 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/ARBZ-7THFA8 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010012P9 - FILOSOFIA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |