Summary: | === This dissertation aims to demonstrate theoretical (through the Evolutionary and Post Keynesian perspectives) and empirically (through dynamic panel) that a real exchange rate (its level and volatility) affects innovation and then influences economic growth. The hypothesis tested relates the exchange rate impact on innovation through effects on information flow and on agents investment decisions. Three important results were found. First, a depreciated exchange rate unfold two effects - push for innovation and developing innovation - which complement each other on innovation stimulus. Together they increase the flow of information and learning in tradables firms, increasing the chances of a successful innovation, by turning results less uncertain and increasing entrepreneurs confidence about the expected return on investment in innovative active. According to Keynesian theory of own-rates of interest, less uncertainty and higher confidence shrink the investors liquidity preference and enlarge the possibility for a relative increase in the own-rates of interest of innovative assets stimulating investments in innovation. Second, the exchange rate volatility prevents the continuation of this process because it leads, simultaneously, the disruption of the flow of information in the production chain of tradables firms (breaking up the capabilities of innovative built) and increase business uncertainty. This reduces confidence and increases the preference for liquidity by investors, discouraging the investment in the innovative actives. Third, Innovation Systems (IS) are a crucial condition to operationalize this exchange rate innovation channel. Since it allows interactions and mutual feedbacks between agents, it potentiates the enhancement of knowing and facilitates its circulation in the innovative chain of tradables. The more developed an IS, the greater the flow of information and the effect of a depreciated real exchange rate on the innovation. Besides that, the strength of that interaction and the impact of volatile exchange rates vary according to the IS degree of development. Empirical tests confirm the hypothesis that a depreciated and stable exchange rate stimulates innovation and that these effects depend on IS degree of development. === Este trabalho busca demonstrar teórica (via abordagem Evolucionária - Pós-Keynesiana) e empiricamente (por painel dinâmico) que a taxa de câmbio real (seu nível e volatilidade) afeta a inovação e, deste modo, tem implicações para o crescimento econômico. A hipótese defendida é que o impacto do câmbio sobre a inovação ocorre via efeitos sobre o fluxo de informação e sobre a decisão de investimento dos agentes econômicos. Três resultados importantes foram verificados. Primeiro, que uma taxa de câmbio desvalorizada desencadeia dois efeitos - o efeito push for innovation e o efeito developing innovation - que se complementam no estímulo a inovação. Juntos eles aumentam o fluxo de informação e o aprendizado nas firmas tradables e elevam as chances de inovações bem sucedidas, tornando seus resultados menos incertos e aumentando a confiança dos empresários em relação ao retorno futuro do investimento em ativos inovativos. No âmbito da teoria da taxa própria de juros de Keynes, menor incerteza e maior confiança inibem a preferência pela liquidez dos investidores e abre espaço para o aumento relativo da taxa própria de juros dos ativos inovativos, estimulando o investimento em inovação. Segundo, que uma taxa de câmbio volátil impede a continuidade deste processo porque leva, simultaneamente, ao rompimento do fluxo de informação na cadeia produtiva dos tradables (desestruturando as capacidades inovativas construídas) e ao aumento da incerteza empresarial. Isto reduz a confiança e aumenta a preferência pela liquidez dos investidores desestimulando o investimento em ativos inovativos. Terceiro, que o Sistema de Inovação (SI) é condição imprescindível para o funcionamento deste canal câmbio-inovação. Pois, o SI viabiliza interações e feedbacks mútuos entre agentes, potencializando o aumento do conhecimento e facilitando sua circulação na cadeia de inovação do setor de tradables. Quanto mais desenvolvido for o SI maior será o fluxo de informação nesta cadeia e maior o efeito da desvalorização cambial sobre a inovação. Além disso, com SI desenvolvido, mais fortes são os canais de interação e menor é o efeito adverso de uma taxa de câmbio volátil nesses canais. Os testes empíricos confirmam, por fim, as hipóteses de que um câmbio desvalorizado e estável estimula a inovação e que estes efeitos diferem de acordo com o grau de desenvolvimento dos SIs.
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