Pierre Schaeffer e Marcel Proust: as expressões da escuta

=== Literature on Marcel Prousts À la recherche du temps perdu, however vast, has failed to tackle the Narrators poetics of listening. In order to understand it, excerpts from Le Côté de Guermantes are interpreted with reference to Pierre Schaeffers notions of quatre fonctions de lécoute, of compor...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Igor Reis Reyner
Other Authors: Carlos Vicente de Lima Palombini
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2012
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/AAGS-8Y3FXD
Description
Summary:=== Literature on Marcel Prousts À la recherche du temps perdu, however vast, has failed to tackle the Narrators poetics of listening. In order to understand it, excerpts from Le Côté de Guermantes are interpreted with reference to Pierre Schaeffers notions of quatre fonctions de lécoute, of comportement découte and of écoute réduite, formulated in Traité des objets musicaux. In the first chapter, a diachronic study of Schaeffers texts from 1942, 1950 and 1966 shows that écoute réduite is not a compositional aesthetics but a poetics of aural perception. The second chapter relates Schaeffer to Proust through analyses of references to Proust in Schaeffers writings, and of a study by Gilles Deleuze on the role of involuntary memory in the recherche du temps perdu. The third chapter cross-fertilizes listening theory and literature by illustrating theory with excerpts from the novel and comprehending the novels sound space through theory. Excerpts organize themselves according to characters and places so as to be interpreted according to a poetics of that presents itself as a perversion of listening. === A literatura sobre À la recherche du temps perdu de Marcel Proust, embora imensa, não tratou de sua poética de escuta. Para compreendê-la, uma seleção de excertos de Le Côté de Guermantes são interpretados com referência às noções de quatro funções da escuta, de comportamentos de escuta, e de escuta reduzida, formuladas por Pierre Schaeffer em Traité des objets musicaux. No primeiro capítulo, um estudo diacrônico de textos de Schaeffer dos anos de 1942, 1950 e 1966 mostra que a escuta reduzida não é uma estética composicional, mas uma poética de percepção auditiva. O segundo capítulo coloca em relação Schaeffer e Proust através da análise de referências ao romancista em excertos do teórico, e de um estudo de Gilles Deleuze sobre o papel da memória involuntária na busca do tempo perdido. O terceiro capítulo cruza a teoria da escuta com a literatura de modo a ilustrar a teoria com excertos do romance e a compreender o espaço sonoro do romance através da teoria. Os excertos organizam-se de acordo com personagens e lugares para ser interpretados em função de uma poética que se apresenta como perversão da escuta.