Summary: | Submitted by Julie_estagiaria Moraes (julie.moraes@fgv.br) on 2012-01-13T18:37:40Z
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Previous issue date: 1987 === Le sujet de cette these est une étude de la Foire de São Cristóvão, située dans la 'zona norte' du Rio de Ja neiro. Elle a une trentaine. La naissance de cette foire est liée au phénomene des migrations nordestines vers les grandes villes du centre-sud, au commencement de la décade de cinquante. Dans la reconstitution de l'histoire de la Foire je mets en evidenc;e l'existence des formes associatives. Celles ci disputent chez soi, atravers les - mecanismes autoritaires, la dornination et l'explotation de la Foire jusque sa légalisation en 1982. J'aborde les mouers des nordestins migrants qUl se sont appropriés de l'espace de la Foire et je caractérise cet espace. Je discute de la signification du mot para{ba et nortista. Les habitants de la grand ville denornminent parai ba de façon dépreciative des personnes d'originenordestines, nortista c'est L'auto-denornrnination que le nordestin donne alui meme. J' anal ise une manifesta tion spec ífique de la Foire: la production et la vente de l'alirnentation regionale. Cel le-ci est leproduit des practiques et téchniques qui sont ancrées dans j'éducation du sens COIJUnun qui caractérise un type de savoir -propre des classes populaires. Finalement j'interprete la Foire de São Cristóvão comme un espace d'expression de la culture populaire qui contribue au processus de reconstruction de l'identité du nordestin dans la grande ville -qui lui dénomme paraíba. === A presente dissertação estuda uma feira nordestina, a Feira de são Cristóvao, situada na zona norte do Rio de Janeiro e que se realiza há mais de trinta anos. Mostra o surgimento desta Feira como vinculado ao fenômeno das migrações nordestinas para as grandes cidades do Centro-Sul nos primeiros anos da década de 50. Reconstitui a história da Feira onde se evidencia a existência de formas associativas. Estas, disputaram entre si, através de mecanismos autoritários, o domínio e a exploração da Feira até a sua legalização em 1982. Focaliza a maneira como o nordestino migrante se apropriou do espaço da Feira, registrando as principais características desse espaço. Discute o significado de paraiba e nortista. Paraiba, denominação de cunho depreciativo, é dada ao migrante originário do Nordeste pelos demais habitantes da cidade; nortista, é a autodenominação que o nordestino se atribui para sua identificação. Analisa, como uma das manifestações específicas da Feira, a produção e venda da comida regional. Esta é produzida através de práticas e técnicas sedimentadas na educação do senso comum caracterizando um tipo de saber que é próprio das classes populares. Finalmente, trata de conhecer e interpretar a Feira de São Cristóvão como um espaço de expressão da cultura popular que contribui no processo de reconstrução da identidade do nordestino na cidade que o batizou de paraíba.
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