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Previous issue date: 2009 === Over the last 40 years there has been a profusion of studies about the ccumulation of technological capacities in firms from developing economies. However, there remain few studies that examine, on a combined basis, the relationship among: the trajectories of technological capacities accumulation; the underlying learning mechanisms; and, the implications of organizational factors for these two variables. Still scarcer are the studies that examine the relationship among these variables along time and based on a comparative case study. This dissertation examines the relationship among the trajectory of accumulation of innovative capacities in complex project management, the learning mechanisms underlying these technological capacities and the intra-organizational factors that influence these learning echanisms. That set of relationships is examined through a comparative and a long-term (1988-2008) case study in a capital goods firm (for the pulp and paper industry) and a pulp mill in Brazil. Based on first-hand quantitative and qualitative empiric evidence, gathered through extensive field research, this dissertation found: 1. Both firms accumulated innovative capacity in project management at the international frontier level (Level 6). However, there was variability between the firms in terms of the nature and speed of accumulation of those capacities. It was also observed that, at this level of innovation, the innovative capacities of both firms are not confined to their organizational boundaries, but they are distributed beyond their boundaries. 2. So that these companies could accumulate those levels of innovative capacities it was necessary to manage several learning mechanisms: leveraging of external knowledge and its internalization in terms of internal apacities of the firm. In other words, as the companies accumulated more innovative levels of capacities for project management, it was necessary to manage different cycles of technological learning. 3. Further, the relationship between the ccumulation of technological capacities and learning was affected positively by intra-organizational factors, such as 'authority disposition', 'mutability of work roles' and 'intensity of internal crises', and negatively by the factor 'singularity of goals'. This dissertation revealed divergent results between firms in two of the four factors studied. These results contribute to advance our understanding of the complexity and variability involved in the process of accumulation of innovative capacities in firms from developing economies. This highlights the growing importance of the organizational and the human resource dimensions of innovation and technological capacity as the company approaches the international frontier. The results suggest to managers that: (i) the good performance in project management in the two firms studied did not occur simply as a result of the pulp and paper Brazilian industry growth, rather as a result of the deliberate construction and accumulation of the capacities through an intensive and coordinated cyclical process of technological learning, (ii) to develop innovative capabilities in project management, besides looking for learning mechanisms they should also look at the organizational factors that influence the learning mechanisms directly, (iii) performance of pulp mill¿s projects is better when projects are implemented together with technology suppliers than when performed only by the mill. This dissertation concludes that capital goods firms have been having a fundamental role for the innovative capabilities accumulation in project management of pulp mills in Brazil (and vice-versa) for a long time. This contradicts some authors' propositions that affirm that: a) equipment suppliers for the pulp and paper industry have been creating little, if any, development of processes or engineering projects in Brazil; b) firms in the pulp and paper industry have little capacity for machinery and equipments projects only taking place in few technological activities, being internal or external to the firm. Finally, some studies are proposed for future research. === Ao longo dos últimos 40 anos tem havido uma profusão de estudos sobre acumulação de capacidades tecnológicas em empresas de economias emergentes. Porém, ainda são escassos os estudos que examinem, de maneira conjunta, o relacionamento entre trajetórias de acumulação de capacidades tecnológicas, os mecanismos subjacentes de aprendizagem e as implicações de fatores organizacionais sobre essas duas variáveis. Mais escassos ainda são estudos que examinem o relacionamento entre essas três variáveis ao longo do tempo e à base de estudo de caso comparativo. Esta dissertação examina o relacionamento entre a trajetória de acumulação de capacidades inovadoras em gestão de projetos complexos, os mecanismos de aprendizagem subjacentes a essas capacidades tecnológicas e os fatores intra-organizacionais que influenciam esses mecanismos de aprendizagem. Esse conjunto de relacionamentos é examinado por meio de estudo de caso comparativo e de longo prazo (1988-2008) numa empresa de bens de capital (para a indústria de celulose e papel) e numa empresa produtora de celulose no Brasil. Baseando-se em evidências empíricas qualitativas e quantitativas, de primeira mão, coletadas por meio de um extenso trabalho de campo, esta issertação encontrou: 1. As duas empresas acumularam capacidade inovadora em gestão de projetos em nível da fronteira internacional (Nível 6). Porém, houve variablidade entre as empresas em termos da natureza e velocidade de acumulação dessas capacidades. Observou-se ainda que, neste nível de inovação, as capacidades inovadoras de ambas as empresas não se confinam às suas fronteiras organizacionais, mas encontram-se distribuídas além de suas fronteiras. 2. A fim de que essas empresas pudessem acumular esses níveis de capacidades inovadoras foi necessária uma gestão de vários mecanismos de aprendizagem: da alavancagem de conhecimentos externos à sua internalização em termos de capacidades internas da empresa. Em outras palavras, à medida que as empresas acumulavam níveis mais inovadores de capacidades para gestão de projetos, era necessário administrar diferentes ciclos de aprendizagem tecnológica. 3. Por sua vez, o relacionamento entre acumulação de capacidades tecnológicas e aprendizagem foi afetado positivamente por fatores intra-organizacionais, tais como `disposição de autoridade¿, `mutabilidade de tarefas¿ e `intensidade de crises internas¿, e negativamente por o fator `singularidade dos objetivos¿. Mostrou-se que as duas empresas se envolveram de maneira diferente com dois dos quatro fatores estudados por esta dissertação. Esses resultados contribuem para avançar nosso entendimento da complexidade e variabilidade envolvida no processo de acumulação de capacidades inovadoras em empresas de economias emergentes. Chama a atenção, a crescente importância da dimensão organizacional e de recursos humanos da inovação e da capacidade tecnológica à medida que a empresa aproxima-se da fronteira internacional. Os resultados sugerem aos gestores que: (i) a boa performance em gestão de projetos nas duas empresas estudadas não ocorreu simplesmente como resultado do crescimento da indústria de celulose e papel brasileira, e sim como resultado da construção e acumulação deliberada de capacidades tecnológicas; (ii) para desenvolver capacidade inovadora em gestão de projetos, além de olhar para os mecanismos de aprendizagem devem também olhar para os fatores organizacionais que influenciam diretamente os mecanismos de aprendizagem; (iii) o desempenho em projetos de uma empresa produtora de celulose é melhor quando projetos são executados em conjunto com os fornecedores de tecnologia do que quando executados somente pela empresa. Este estudo conclui, que, empresas de bens de capital têm tido ao longo do tempo um papel fundamental para a acumulação de capacidades inovadoras em gestão de projetos de empresas produtoras de celulose no Brasil (e vice-versa). Isto contradiz proposições de autores que afirmam que: a) fornecedores de equipamento da indústria de celulose e papel têm criado pouco, senão nenhum, desenvolvimento de processos ou projetos de engenharia no Brasil; b) em empresas na indústria de bens de capital existe uma relativa capacidade para projetos de maquinaria e equipamentos se realizando só umas poucas atividades tecnológicas, sendo internas ou externas à firma. Finalmente são propostos alguns estudos para pesquisa futura.
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