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Previous issue date: 2006 === This study proposes and uses a multipolar qualitative methodology for the investigation of the meanings of corporate work under the impact of the technical-scientific knowledge. Based on the constructionist epistemology and on a heideggerian approach, this methodology made possible the description of such phenomenon under the Management perspective, but also under the Psychology, Sociology and Philosophy views. Study starts with empirical data, collected by interviews and in publications, and analyzes them based on conceptual contributions from the four referred poles. As a result, this investigation proposes reflexivity, impermanence and entanglement as meanings of the corporate work that culminate in the paradoxical work. It also demonstrates that the impact of knowledge occurs in a reflexive spiral of complexification, continuously affecting individuals and work processes; describes the impermanent character of the work ruled by time, by neophilia and by uncertainties that make precarious the very subjective experience of worker; and proposes that this work becomes entangled due to the way it is managed, and is an entangling work, for embarrassing the individual in its techniques, logics and dissonances. The paradoxical essence that emerges from this appreciation of corporate work is described on the following scopes: its reflexivity does not prevent its rationality to be fragile; its dynamism coexists with the difficulty to achieve substantive organizational changes; its entanglement compromises the possibilities of an apparently reachable well-being; its focus on present ends up to be emptied; and its purpose of individual sustenance becomes unsustainable due to hyperconsumption. But the conclusions of the study do no describe a definitive phenomenon. At the ending, it points out possibilities of living with the paradoxical work as well as possibilities of its transformation. === O presente estudo propõe e utiliza uma metodologia qualitativa multipolar para investigar os sentidos do trabalho corporativo impactado pelo conhecimento técnico-científico. Fundamentada na epistemologia construcionista e em uma abordagem heideggeriana, essa metodologia permitiu a descrição do fenômeno investigado sob as perspectivas não só da Administração, como da Psicologia, da Sociologia e da Filosofia. O estudo parte de dados empíricos, coletados em entrevistas e em publicações, e os analisa com base em contribuições conceituais dos quatro pólos citados. Como resultado, a investigação aponta a reflexividade, a impermanência e o enredamento como sentidos do trabalho corporativo que culminam no trabalho paradoxal. Demonstra que o impacto do conhecimento se dá em uma espiral reflexiva de complexificação, afetando continuamente indivíduos e processos de trabalho; descreve o caráter impermanente do trabalho dominado pelo tempo, pela neofilia e pelas incertezas que precarizam a própria experiência subjetiva do trabalhador; e argumenta que esse trabalho se torna enredado pela maneira como é administrado, e enredante, por emaranhar o indivíduo em suas técnicas, lógicas e dissonâncias. A essência paradoxal que emerge dessa apreciação do trabalho corporativo é descrita nos seguintes âmbitos: sua reflexividade não impede que sua racionalidade seja débil; seu dinamismo coexiste com a dificuldade de realizar mudanças organizacionais substantivas; seu enredamento compromete as possibilidades de um bem-estar aparentemente alcançável; seu foco no presente termina por se mostrar esvaziado; e seu propósito de sustento individual se torna insustentável pelo hiperconsumo. Mas as conclusões do estudo não descrevem um fenômeno definitivo. Ao seu término, são apontadas possibilidades de convivência com o trabalho paradoxal, assim como possibilidades de sua transformação.
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