A socialização do professor iniciante : um difícil começo
Made available in DSpace on 2015-02-04T21:22:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Angela Cancherini.pdf: 921331 bytes, checksum: 647801caed40f9cddf13987174f58a8a (MD5) Previous issue date: 2009-06-05 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A presente dissertação de mestrado...
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Previous issue date: 2009-06-05 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A presente dissertação de mestrado é de natureza empírica e teve por objeto de investigação o início da docência e os processos iniciais de socialização profissional. Teve por pressuposto que a entrada na profissão pode estimular o surgimento de um profissional crítico, investigador da própria prática, com consciência do coletivo onde se insere ou determinar um percurso de muitas dificuldades, fracassos e pouca aprendizagem dos saberes docentes. Considerei neste trabalho que a educação escolarizada é uma prática historicamente construída, responsável pela formação sócio-cultural das gerações, assim sendo, sua problemática não é só de responsabilidade dos atores próprios do seu lócus, mas também de cada um dos membros pertencentes a uma coletividade. A profissionalidade tem e deve ter sua especificidade, mas a arbitrariedade social impinge-lhe descaminhos. A questão que atravessa esse estudo é um pequeno recorte nesta complexa problemática, qual seja a de conhecer as condições de entrada na profissão. Os objetivos do trabalho foram: pesquisar as dificuldades, os sentimentos e as estratégias de superação dos obstáculos e produzir conhecimentos que possam subsidiar o acolhimento institucional do professor iniciante. Através da coleta de dados foi possível saber que o professor iniciante, ainda que tenha acumulado conhecimentos teóricos, tem dificuldades para enfrentar a complexidade da realidade escolar que se descortina diante dos seus olhos. Foi possível também compreender que, para ser um professor pesquisador, este iniciar é determinante, pois pode imprimir no professor um caráter, um modo reflexivo de viver a docência. Para chegar a tais compreensões, foi preciso encontrar uma metodologia capaz de envolver o olhar, o pensamento, o conhecimento do professor iniciante. O primeiro movimento investigativo correspondeu à aplicação de 81 questionários, com questões qualitativas e quantitativas, denominado questionário reflexivo. O segundo movimento, ao acompanhamento formativo de uma professora no intróito da profissão, sob forma de pesquisa-ação existencial, na perspectiva da escuta sensível. Estes momentos estão divididos com objetivos didáticos, mas coexistiram indivisamente. Para a discussão metodológica utilizei a noção de escuta sensível de René Barbier, desenvolvida na Abordagem Transversal, sua teoria psicossocial; fundamentei a epistemologia da pesquisa em Evandro Ghedin e M.ª Amélia S. Franco. No exame sobre as práticas docentes, embasei-me nas idéias de Gimeno Sacristán, Selma G. Pimenta e M.ª Amélia S. Franco. Para pensar as condições de trabalho docente, pautei-me em Selma G. Pimenta, José Contreras e Gimeno Sacristán. No entendimento sobre a socialização, fiz uso de Marcelo Garcia, Válter Guimarães, Menga Lüdke e Newton Balzan. Ao fundamentar os princípios da entrada na docência, utilizei-me de Simon Veenman, Michaël Huberman, Maurice Tardif, Marcelo Garcia, M.ª da Graça N. Mizukami, Emília Lima e vários autores brasileiros da atualidade, por fim o acolhimento institucional em Marcelo Garcia. |
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