A nódoa da misoginia na naturalização da violência de gênero: Mulheres Pentecostais e Carismáticas.
Made available in DSpace on 2016-07-27T13:49:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elizabete Bicalho.pdf: 857817 bytes, checksum: bfd444072cb2c9d53f0c21b24fd8c02a (MD5) Previous issue date: 2001-06-18 === This dissertation approaches the social representation of the violence in domestic realm and also b...
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Pontifícia Universidade Católica de Goiás
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Violência contra a mulher violência doméstica violência familiar relação de gênero religiosidade mulher brasileira renovação carismática católica pentencostais marianismo sociologia da religião representação social CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::TEOLOGIA Bicalho, Elizabete A nódoa da misoginia na naturalização da violência de gênero: Mulheres Pentecostais e Carismáticas. |
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Previous issue date: 2001-06-18 === This dissertation approaches the social representation of the violence in domestic
realm and also between among some married people. Mainly for women that live this
violence phenomenon and participate in the christian religious expressions: pentecostal and
charismatic catholic; contemporary religious movements that reproduce in its speeches, the
stain of misogenous, a cultural inheritance, contemplated in the feminine submission, where
the blame is settled. The violence is understood in this work as a result of the gender
relationships, historically hierarquical and naturalized.
The actors (feminine gender) of this investigation had only left the submissive
silence, when they saw threatened of losing or in fact they lost the aggressor husband or the
family s patrimony in these situations. Their religious faith turns into rebelliousness, taking
them to the police office after years of violence and family reclusion. As subject that is
constitued by the heteronomy, the feminine reaction comes in the moment in that she doesn t
have more for who give her incondicional love and her daily dedication. In the pain of the
loss, love is subverted and it is revealed in fight while vector of the feminine subjectivity for
the social life.In this process the same religious experience to justify for woman of their social
non privileged condition represents for them force and power in the process of the accusation
of the violence. === Esta dissertação aborda a representação social da violência conjugal/doméstica,
para mulheres que vivem este fenômeno e participam das expressões religiosas cristãs:
pentecostais e carismática católica; movimentos religiosos contemporâneos, que reproduzem
em seus discursos, a nódoa da misoginia, uma herança cultural, refletida na submissão
feminina, onde se instala a culpa. A violência é entendida neste trabalho como resultado das
relações de gênero, historicamente hierarquizadas e naturalizadas.
As atoras desta investigação só saíram do silêncio submisso, quando se viram
ameaçadas de perder, ou quando de fato perderam o marido agressor ou o patrimônio da
família. Nestas situações, a sua fé religiosa se converte em rebeldia, levando-a à denúncia na
Delegacia de Polícia após anos de reclusão familiar violenta. Como sujeito que se constitui
pela heteronomia, a reação feminina se apresenta no momento em que ela não tem mais para
quem dar seu amor incondicional e sua dedicação cotidiana. Na dor da perda, o amor se
subverte e se revela em luta, enquanto vetor da subjetividade feminina para a vida social.
Neste processo a mesma experiência religiosa, justificadora para a mulher de sua condição
social desprivilegiada, representa para ela força e poder, no processo da denúncia da
violência. |
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