TRABALHO E FÉ: PERFIL E PERCEPÇÕES DE MULHERES GERENTES NO SETOR BANCÁRIO EM GOIÂNIA.

Made available in DSpace on 2016-07-27T13:46:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARGARETH PEREIRA ARBUES.pdf: 2298290 bytes, checksum: 52c8f4ee5137ca1ce23adc0b8151a7e9 (MD5) Previous issue date: 2015-08-12 === This thesis presented reflections about the relationship between gender, religion and work....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Arbués, Margareth Pereira
Other Authors: Lemos, Carolina Teles
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de Goiás 2016
Subjects:
Online Access:http://localhost:8080/tede/handle/tede/784
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-07-27T13:46:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARGARETH PEREIRA ARBUES.pdf: 2298290 bytes, checksum: 52c8f4ee5137ca1ce23adc0b8151a7e9 (MD5) Previous issue date: 2015-08-12 === This thesis presented reflections about the relationship between gender, religion and work. The objective of the research was to analyze the process of integrating women into the banking work universe - considered until the century XX, male exclusivity - and how religiosity and faith influenced in the process of conquest and feminization of this sector in Brazil. For this, we analyzed the trajectory of women workers who, by influence of Judeo-Christian culture, which model of patriarchy continues to generate submission and exclusion, promotes, even today, gender inequality at work, although occupy same positions and perform the same functions. The research identified deep marks of symbolic violence present in the workplace, observing that the womans performance in the banking labor market happens, even today, in noticeably unequal and exclusionary conditions. The superiority assigned to male for centuries through religion, laws, school and family reproduces in that space, daily, and has been appropriated by capital and reproduced in labor relations, by the same system that summons the woman for the labor market (feminization of the workforce) paid and that accepts as legitimate working, but affect their living conditions and work. With the search result, it was found that women account for the largest labor portion in the sector and occupy most managerial positions, without, however, reaching the pinnacle of executive occupations, leaving them only those intermediaries. To prove the hypothesis, it was adopted as a methodological basis for qualitative approach, using quantitative data. The field survey was conducted through questionnaires application and interviews semi structured achievements, aiming to know opinions, interests, expectations and situations experienced by banks managers of Goiania, with the objective to analyze their profiles (personal and professional) and them perceptions of beliefs and religiousness as support and strength in the face of adversity that are daily subjected. It was observed that even the technological advances, the increased level of schooling, the conquest of good jobs, changes in family relationships and in the spaces of sociability were sufficient to ensure gender equality. To justify such subjective, it was concluded, with this thesis that women, with all the social achievements and advances arising from the secularized society and the modernity arisen from globalized times, attributed, still, to religion, a power significant, of conforming, that interferes as a constituent in gender identities and therefore in labor relations. === Esta tese apresentou reflexões acerca das relações entre gênero, religião e trabalho. O objetivo da pesquisa foi analisar o processo de inserção das mulheres no universo do trabalho bancário , considerado, até o séc. XX, de exclusividade masculina , e como a religiosidade e a fé influenciaram nesse processo de conquista e feminização desse setor no Brasil. Para isso, analisamos a trajetória das mulheres trabalhadoras que, por influência da cultura judaico-cristã, cujo modelo de patriarcado continua gerando submissão e exclusão, promove, ainda hoje, a desigualdade de gêneros no trabalho, apesar de ocuparem mesmos cargos e desempenharem iguais funções. A pesquisa identificou profundas marcas da violência simbólica presente no ambiente de trabalho, ao observar que a atuação da mulher no mercado de trabalho bancário se dá, ainda hoje, em condições visivelmente desiguais e excludentes. A superioridade designada ao sexo masculino, durante séculos, por meio da religião, das leis, da escola e da família se reproduz naquele espaço, cotidianamente, e tem sido apropriada pelo capital e reproduzida nas relações de trabalho, pelo mesmo sistema que convoca a mulher para o mercado de trabalho (feminização da mão de obra) remunerado e que a aceita como trabalhadora legítima, mas, que precariza sua condição de vida e trabalho. Com o resultado da pesquisa, constatou-se que as mulheres representam a maior parcela de mão de obra no setor e ocupam a maioria dos cargos gerenciais, sem, contudo, atingir o apogeu das ocupações executivas, restando-lhes apenas, aqueles intermediários. Para comprovar a hipótese levantada, adotou-se como base metodológica a abordagem qualitativa, com a utilização de dados quantitativos. A pesquisa de campo foi feita por meio da aplicação de questionários e realizações de entrevistas semiestruturadas, visando conhecer opiniões, interesses, expectativas e situações vivenciadas pelas gerentes de agências bancárias de Goiânia, com o objetivo de analisar seus perfis (pessoal e profissiográfico) e suas percepções de crenças e religiosidade como suporte e força diante das adversidades que cotidianamente são submetidas. Observou-se, assim, que nem mesmo os avanços tecnológicos, o aumento do nível de escolarização, a conquista de bons postos de trabalho, as modificações nas relações familiares e nos espaços de sociabilidade foram suficientes para garantir a igualdade de gênero. Para justificar essa sujeição, concluiu-se, com esta tese, que as mulheres, com todas as conquistas sociais e avanços decorrentes da sociedade secularizada e da modernidade advinda dos tempos globalizados, atribuem, ainda, à religião, um poder significante, conformador, que interfere como constituinte nas identidades de gênero e, por conseguinte, nas relações de trabalho.