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Previous issue date: 2014-08-29 === As neoplasias são as condições crônicas que mais matam mundialmente,
consideradas como a segunda maior causa de mortes em países desenvolvidos e
em desenvolvimento. Assim, o processo de morrer por câncer se torna mais
evidente na atualidade, sendo necessária uma visão ampla sobre o acolhimento de
pacientes e familiares que vivenciam esse processo, marcado por desafios, tendo a
família o papel fundamental nos cuidados prestados. O presente estudo trata-se de
uma revisão integrativa que teve como objetivo analisar as evidências disponíveis
sobre os cuidados paliativos domiciliares de pessoas adultas e idosas com câncer,
na perspectiva do cuidador familiar. A amostra foi constituída por 23 artigos
científicos publicados nos idiomas inglês e português, nas bases de dados LILACS,
MEDLINE, no PUBMED e CINAHL, entre 2004 a 2013. Os artigos analisados
descreveram a experiência dos cuidados paliativos domiciliares de pessoas adultas
e idosas na terminalidade da vida na perspectiva dos familiares. Os resultados estão
organizados em três unidades temáticas: características gerais das publicações;
Experiências vivenciadas frente aos cuidados paliativos domiciliares e Estratégias de
intervenções em saúde. A maioria dos artigos foi publicada em inglês (78,3%), entre
2007 e 2009 (43,5%), sendo a enfermagem a área de conhecimento que mais
pesquisou a temática (52,2%). Trata-se de um tema pesquisado, principalmente, por
canadenses (26,1%) e brasileiros (21,7%). A experiência do cuidado paliativo
domiciliar foi descrita em 19 artigos, sendo que 15 (78,9%) são com delineamento
qualitativo, que focaram a realidade social vivenciada por famílias de pessoas
adultas ou idosas com câncer em fase terminal. Foram descritos aspectos positivos,
negativos e os desafios para o cuidado paliativo no âmbito domiciliar. Quanto aos
aspectos positivos, os pesquisadores descreveram experiências relacionadas à
autoeficácia, ao crescimento pessoal, a melhora na relação familiar e a satisfação
com os serviços de saúde. Já como aspectos negativos, os pesquisadores
descreveram experiências relacionadas a sofrimento emocional, sobrecarga de
trabalho, condições financeiras, quebra das relações familiares e insatisfação com
os serviços de saúde. E os desafios identificados foram adaptar-se à nova realidade,
compreender o processo de terminalidade e apoio de uma equipe multidisciplinar.
Quanto às intervenções em saúde direcionadas para o cuidado paliativo domiciliar,
foram identificadas estratégias para assistir o familiar que vivencia esse processo de
adoecimento do ente querido, assim como orientações das práticas de cuidados,
que os familiares poderão realizar. Concluiu-se que familiares necessitam de suporte
profissional por meio de orientações no início do tratamento dos cuidados paliativos,
permitindo acesso à educação e gestão do tempo e recursos para que possam
diminuir a probabilidade de sequelas biopsicossociais negativas.
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