Summary: | Made available in DSpace on 2016-08-10T10:34:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Wesley Rodrigues Rocha.pdf: 461326 bytes, checksum: 6bdd8af6cf4e5ecab2fea8efd2b7eadd (MD5)
Previous issue date: 2009-09-09 === This paper analyzes the game and discusses about it as a part of culture and as a
historical phenomenon. By considering culture as the set of significations produced by
men throughout history, and the game as an element of a culture codified universe, it
analyzes the relationship between game practice and the values of societies that adopt
them. It also analyzes games in general and highlights the chess game, more
specifically, as a representative side view of the relationship society/game. This work
presents an overview of the chess game history, which began in the sixth century, and
investigates its development, noticing changes that were made and metaphors that were
produced throughout history, especially the representation of the old war and of the
medieval society, showing how social changes influenced in many ways on this game,
which is very antique. It discusses the importance of chess competitions during the Cold
War period, showing how the communist and the U.S. governments valued their
players victories. It also relates how this game was emphasized in the National
Curricular Parameters (PCNs) and how the chess game has been used in schools as a
pedagogical tool. Analyses are based on concepts developed by Huizinga (2007),
especially in his book Homo ludens: game as a part of culture ( Homo ludens: o jogo
como elemento da cultura ), published in 1938, in which the author considers the game
as a primary category of life, from which culture arises in the form of language and
poetry, and of rituals and sacred things, noticing, therefore, its importance to reasoning
(homo sapiens) and construction of tools (homo faber). This study notices Huizinga's
thesis about the decline of the playfulness factor in society by observing practices and
highlights that are provided to contemporary competitions, such as the Olympics and
world tournaments. It shows that in modern and contemporary society, the game has
followed culture much more in the sense of one of its main features, the competition,
rather than in the sense of the playfulness factor, as Huizinga argues. However,
regarding the chess game, this study supports the idea that, despite the seriousness
nature of tournaments and its pedagogical use, often as a compulsory subject in school
curricula, the practice of chess playing is still encouraged by the playful competition.
Another idea that is supported in this work is the fact that the seriousness of chess
matches favors the playfulness factor, whether in school, where people seek to show
citizenship attitudes through the game practice, or in matches that are played by
amateurs and scholars. === Este trabalho analisa e discute o jogo como elemento da cultura e como fenômeno
histórico. Considerando a cultura como o conjunto de significações produzidas pelos
homens no transcorrer da história, e o jogo como um elemento no universo codificado
de uma cultura, procura analisar a relação existente entre a prática dos jogos e os valores
das sociedades que os adotam. Analisa os jogos de uma maneira geral e destaca como
recorte representativo dessa relação sociedade/jogo mais especificamente o jogo de
xadrez. Apresenta uma visão geral da história do jogo de Xadrez, cujas origens datam
do século VI e investiga o seu desenvolvimento, observando as mudanças sofridas e as
metáforas produzidas no transcorrer da história, principalmente a da representação da
guerra antiga e da sociedade medieval, mostrando como as transformações sociais
exerceram influências de diversas ordens sobre esse jogo de origens tão antigas. Discute
a importância atribuída às competições de xadrez durante o período da Guerra Fria,
mostrando a valorização dada pelo governo comunista e norte-americano às vitórias de
seus jogadores. Comenta também o destaque dado ao jogo nos PCN s e o uso que se
tem feito do Xadrez nas escolas como instrumento pedagógico. As análises
fundamentam-se nos conceitos elaborados por Huizinga (2007), especialmente em seu
livro Homo ludens: o jogo como elemento da cultura , publicado em 1938, em que o
autor considera o jogo como uma categoria primária da vida, de onde nasce a cultura
sob a forma de linguagem e poesia, de ritual e de sagrado, considerando, assim, sua
importância junto ao raciocínio (homo sapiens) e à construção de ferramentas (homo
faber). Este estudo considera a tese huizinguiana do declínio do fator lúdico na
sociedade ao observar as práticas e os destaques dados às competições contemporâneas
como as Olimpíadas e os torneios mundiais. Mostra o fato de que, na sociedade
moderna e contemporânea, o jogo tem acompanhado a cultura muito mais no sentido de
uma de suas principais características, a competição, em detrimento do fator lúdico, tal
como defende Huizinga. Todavia, em relação ao jogo de Xadrez este estudo defende a
idéia de que, apesar do caráter de seriedade de que se revestem os torneios e de seu uso
pedagógico, muitas vezes como disciplina obrigatória nos currículos escolares, a prática
do enxadrismo é ainda fomentada pela competição lúdica. Outro aspecto que é
defendido neste trabalho é o fato de que a seriedade que envolve as partidas de xadrez
favorece o fator lúdico, quer seja na escola, em que se procura mostrar atitudes de
cidadania por meio da prática do jogo, quer seja em partidas disputadas por amadores e
estudiosos.
|