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MARCOS PAULO GOMES DE ARAUJO.pdf: 1260442 bytes, checksum: 955ac57258629e7d5991a3817f55a8ac (MD5)
Previous issue date: 2014-03-14 === Among several motor skills training techniques, covert rehearsal (or covert
practice, mental training, symbolic repetition, mental practice, mental rehearsal,
imagined execution, visualization, mentalizing ) has been used to improve
sportive performance. From a radical behaviorism perspective, imagining is
conceived as covert behavior. To imagine is see something in the absence of the
thing being seen, with this seeing in the absence analogous in nature to the seeing
when the thing saw is present. Who is imagining, are not doing two different things
in these two different situations, but the same thing. In this sense, imagining is
behavior. The effect of covert rehearsal upon motor skills executions depends of
variables such as the mode and/or context in which the technique is used. The
objective of the present study was to verify the effect of training procedures
composed by instructional variables and covert rehearsal technique upon the
motor execution of the volleyball overhand serve. Eight (8) teenagers, both sexes
(six [6] men), with ages between 13 and 15 years, regular basic level apprentices
in a volleyball initiation course, served as experimental participants. Randomly
distributed into three groups, all participants were exposed to four experimental
conditions: Baseline (BL), Regular Training (RT), Instructed Covert Rehearsal
Training (ICR) and Covert Rehearsal Training with a Model (CRM). Groups differ
in the order of exposition to the conditions from the second one, with the BL as the
first condition for all groups. In each condition, participants executed ten (10)
overhand serves, everyone filmed by the experimenter. Thirteen (13) volleyball
experts (judges) evaluated the last three (3) BL serves and the first three (3)
serves executed after exposition to RT, ICR and CRM conditions. Executions
filmed were presented randomly and judges used a specific protocol to evaluate
and quantify serve adequacy, considering serves in four main components (initial
position, ball throwing, ball attack and finalization). Statistical analyses to verify
order effects showed that the different order expositions to the experimental
conditions did not affect executions, with no significant differences observed
between the three groups. Friedman variance analysis, with the experimental
conditions data taken together, showed that, for 31,25% comparisons, significant
differences were observed between BL executions and that after covert rehearsal
conditions (specially, in the ICR condition, but in the CRM condition too), but in a
minor percent between these conditions. Results were interpreted in terms of: 1)
the developmental level of self-perceptive, verbal and motor repertoires of the
apprentices trained, 2) the nature of the control that can be exerted by the
instructional components in the covert rehearsal conditions and 3) the interrelation
between verbal (speaker and listening behaviors) and perceptual (imagining)
variables as related with motor performance. === Dentre as várias técnicas de treinamento de habilidades motoras, o ensaio
encoberto (ou prática encoberta, treino mental, repetição simbólica, prática
mental, ensaio mental, execução imaginada, visualização, mentalização) tem sido
usada com o objetivo de melhorar o desempenho esportivo. Na perspectiva do
behaviorismo radical, o imaginar é entendido como comportamento encoberto.
Imaginar é ver algo na ausência da coisa vista, sendo este ver na ausência
análogo em natureza ao ver quando o que se vê está presente. Quem imagina,
não está fazendo duas coisas diferentes nas duas situações, mas a mesma coisa.
Nesse sentido, imaginar é um comportamento. O efeito do ensaio encoberto
sobre a execução de habilidades motoras depende de variáveis tais como o modo
e/ou o contexto em que a técnica é utilizada. O objetivo do presente estudo foi
verificar o efeito de treinamento composto por variáveis instrucionais e técnica de
ensaio encoberto sobre a execução motora do saque por cima do voleibol. Oito
(8) adolescentes, de ambos os sexos (6 homens), com idade variando entre 13 e
15 anos, alunos regulares de iniciação ao voleibol, serviram como participantes do
experimento. Distribuídos aleatoriamente em três grupos, todos os participantes
foram expostos a quatro condições experimentais: Linha de Base (LB),
Treinamento Padrão (TP), Treinamento com Ensaio Encoberto Instruído (TEI) e
Treinamento com Ensaio Encoberto com Modelo (TEM). Os grupos diferiram
quanto à ordem de exposição às condições a partir da segunda, sendo a LB a
primeira para todos os grupos. Em cada condição, os participantes executaram
dez (10) saques, todos eles tendo sido filmados pelo experimentador. Treze (13)
avaliadores peritos em voleibol avaliaram, assistindo aos filmes, a execução dos
três (3) últimos saques da condição LB e a execução dos três (3) primeiros após a
exposição às condições TP, TEI e TEM. Nos filmes, as execuções foram
apresentadas em ordem aleatória e a avaliação foi feita a partir de protocolo
específico para dimensionar a adequação do saque, a partir dos seus quatro
componentes principais (posição inicial, lançamento da bola, ataque à bola e
finalização). Análise estatística dos dados para verificar efeito de ordem de
exposição às condições mostrou que tal efeito não ocorreu, não sendo
significativas as diferenças entre os três grupos. Tomados os dados em conjunto
por condição experimental, análise de variância de Friedman mostrou que, em
31,25% das comparações, diferenças significativas ocorreram entre as execuções
em LB e aquelas pós-ensaios encobertos (em especial no TEI, mas também no
TEM), mas em número bem menor entre as condições. Os resultados foram
interpretados quanto: 1) ao nível de desenvolvimento dos repertórios auto
perceptivo, verbal e motor dos aprendizes expostos aos treinamentos, 2) a
natureza do controle que pode ser exercido pelos componentes instrucionais nas
condições com ensaio encoberto e 3) a inter-relação entre variáveis verbais
(comportamentos de falante e ouvinte) e perceptuais (imaginação) na relação com
o desempenho motor.
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