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Previous issue date: 2016 === A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica autoimune que leva à deformidade e destruição das articulações por erosão óssea e da cartilagem. De acordo com o último Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o tratamento da AR, em 2012, as terapias medicamentosas incluem o uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), corticoides, medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos e biológicos. O tratamento medicamentoso prolongado da AR com AINH, corticoides e MMCD sintéticos, como o meloxican, prednisona e metotrexato, causam diferentes e variados efeitos adversos aos pacientes com AR. A nanomedicina, um ramo da nanotecnologia, se refere à intervenção médica em escala nanométrica que é altamente específica para o tratamento de doenças ou reparo de tecidos danificados. A síntese de nanopartículas dendríticas de poliglicerol (PGLD), embora recente, tem várias aplicações na medicina, em especial para a produção de sistemas carreadores de fármacos. De fato, o encapsulamento ou associação aos fármacos com PGLD resulta na diminuição da toxicidade, das interações medicamentosas e maior tempo de permanência do fármaco na circulação. Apesar de décadas de pesquisas farmacêuticas e clínicas, ainda há muitas necessidades não contempladas no tratamento da AR. Dessa forma, a utilização de dendrímeros do tipo gliceróis densamente ramificados com propriedades biocompatíveis, pode ser uma alternativa promissora para a obtenção de carreadores dos fármacos (meloxicam, prednisona e metotrexato) para o tratamento sistêmico ou intra-articular da AR. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a hemocompatibilidade de diferentes nanofármacos com estrutura dendrítica para o tratamento da artrite reumatoide. Para tanto, foram utilizadas técnicas físico-químicas para a caracterização dos conjugados PGLD-prednisona, PGLD-meloxicam e PGLD-metotrexato. Para avaliar a Hemocompatibilidade foram utilizados os testes de tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), teste de adesão plaquetária e o ensaio de hemólise dos fármacos puros, do PGLD isolado e dos conjugados PGLD-prednisona, PGLD-meloxicam e PGLD-metotrexato. Em suma, os dados obtidos utilizando as técnicas físico-químicas nos permitem sugerir que ocorreu a conjugação dos fármacos estudados com os dendrímeros de poliglicerol de segunda geração (G2) e quarta geração (G4). Os testes de hemocompatibilidade mostraram que os fármacos puros, dendrímeros puros e os fármacos conjugados aos dendrímeros são hemocompatíveis indicando que estes nanofármacos são promissores para o tratamento da AR.
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