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Previous issue date: 2016 === A cúrcuma longa ou de nome popular açafrão da Índia contem entre outros compostos os pigmentos curcuminóides (CC) constituído em maior concentração por curcumina. A curcumina apresenta atividade anticancerígena, porém apresenta baixa solubilidade e rápida eliminação do corpo humano o que torna limitada sua aplicação terapêutica, tendo que ser administradas em doses elevadas o que ocasiona efeitos colaterais. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um sistema polimérico baseado em poli(2-hidroxietilmetacrilato)/curcuminóides (pHEMA/CC) visando a liberação controlada dos curcuminóides afim de tratar o câncer, permitindo a administração de níveis terapêuticos adequados diminuindo assim os efeito colaterais. Verificou-se que o método mais eficiente para a extração dos CC foi a extração de Soxhlet. A oleoresina extraída, contendo os pigmentos curcuminóides foi cristalizada na qual os cristais foram observados por microscopia ótica (MO) e caracterizados por espectroscopia de ultravioleta visível (UV-vis), espectroscopia de infravermelho (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e difração de raios-X (DRX). O FTIR confirmou a presença dos curcuminóides na oleoresina. O FTIR da oleoresina cristalizada mostrou-se diferente da oleoresina não cristalizada. O UV-vis confirmou que a curcumina é o pigmento de maior concentração. O TGA sugere que o teor de pigmentos curcuminóides está em maior concentração na oleoresina. O hidrogel pHEMA foi obtido por polimerização eletroiniciada, a partir da eletrolise do monômero 2-hidroxietilmetacrilato (HEMA) em meio de cloreto de potássio 1M, em que a polimerização foi comprovada por FTIR. A massa molar viscosimétrica média determinada foi de 1,2919x10⁶g/mol. A preparação do sistema polimérico pHEMA/CC foi realizada a partir da mistura física do pHEMA com solução de CC em HEMA. O sistema polimérico foi caracterizado por FTIR, TGA, DRX e microscopia eletrônica de varredura (MEV). O FTIR mostrou que existe forte interação de ligação de hidrogênio entre o pHEMA e os CC. O TGA confirma está forte interação mostrando a estabilização térmica do sistema pHEMA/CC. O MEV revela uma estrutura altamente porosa no pHEMA e a incorporação homogênea dos CC. As análises de MEV e DRX revelam a presença de cristais de CC na matriz pHEMA. O estudo de liberação controlada ―in vitro” dos CC em solução simuladora de fluido biológico mostra que o sistema segue a Lei de Fick.
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