A análise do processo de organização do grupo “Direto da Roça”: estudo de caso em uma organização socioprodutiva no município de Itajubá-MG.

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Bibliographic Details
Main Author: JUNQUEIRA, Isabela Brandão
Language:Portuguese
Published: 2015
Online Access:http://repositorio.unifei.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/190
Description
Summary:Submitted by repositorio repositorio (repositorio@unifei.edu.br) on 2015-11-27T17:15:15Z No. of bitstreams: 1 dissertacao_junqueira_2015.pdf: 1200119 bytes, checksum: bd1ad2018ce854297c5041ab71823b20 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-11-27T17:15:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_junqueira_2015.pdf: 1200119 bytes, checksum: bd1ad2018ce854297c5041ab71823b20 (MD5) Previous issue date: 2015-06 === As organizações socioprodutivas começaram a se popularizar no decorrer do século XIX e, desde então, vem sendo motivo de análises e debates importantes. Tais organizações, também denominadas de Economia Solidária, vêm surgindo em detrimento à crise do modelo fordista de produção e da reestruturação produtiva em todo mundo, com a perda dos direitos conquistados pelos trabalhadores e com a modernização da agricultura. Neste contexto, as organizações socioprodutivas possuem um grande potencial para a geração de inovação e Tecnologia Social, pois buscam promover a inclusão social com atividades que geram emprego, renda e transformações sociais, organizando produtores e agricultores familiares. Presente no Município de Itajubá há 10 anos, a Loja “Direto da Roça” é constituída por um grupo de agricultoras familiares, que se organizaram para produzir e comercializar produtos rurais. O objetivo deste trabalho foi analisar o processo de organização do grupo “Direto da Roça” desde o seu surgimento em 2003/2004 até o ano de 2014. A metodologia adotada para o desenvolvimento da pesquisa fundamenta-se na abordagem qualitativa por meio de um estudo de caso e é realizada a partir da técnica de observação participante juntamente com a entrevista. Como conclusão observa-se que o grupo ainda tem dificuldades em praticar a autogestão, sendo dependente de algumas parcerias externas. Observa-se, ainda, que a longevidade do “Direto da Roça”, além de demonstrar a capacidade de organização das mulheres perante seu empreendimento, demonstra a capacidade de articulação das práticas solidárias, Tecnologia e Inovação Social, bem como a importância da ação em conjunto entre as agricultoras familiares, EMATER-MG e Prefeitura Municipal de Itajubá-MG, o que possibilitou o diálogo entre o saber técnico e o saber local. A transformação social ocorrida na vida das agricultoras vai além da geração de renda, proporcionando consciência coletiva, aumento das sociabilidades, aprendizagem, autoestima, saída da condição de invisibilidade, geração de trabalho renda e melhores condições de trabalho.