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Previous issue date: 2008 === A afirmação que o uso da energia solar através de painéis fotovoltaicos constitui uma fonte limpa de energia tem se consolidado ao longo dos últimos anos. Esta afirmativa tem como base, na maioria dos casos, a consideração apenas da geração de energia elétrica pelo painel depois de sua fabricação e instalação. Porém, quando é levado em conta o fato de que para ser fabricado e até que esteja pronto para o funcionamento é necessário que uma série de atividades seja realizada dentro de seu processo de fabricação, de acordo com a matriz energética do país onde estas atividades são desenvolvidas, uma quantidade maior ou menor de emissões de CO2 ocorrerá, além de outros tipos de degradações ambientais. Neste caso evidencia-se a necessidade da verificação, considerando-se a matriz energética do país onde o painel é fabricado e/ou utilizado, se é possível amortizar o gasto energético, as emissões de CO2e as degradações causadas por seu processo de fabricação. Se após isto, o painel ainda possuir tempo de vida útil para funcionar, então o painel fotovoltaico poderá ser considerado como uma fonte limpa de energia. Outro fator são os impactos causados pela fabricação do módulo fotovoltaico. Utilizando-se de ferramentas de gestão ambiental, tais como as, análises de ciclo de vida, energética e do passivo ambiental, pode-se estudar estes impactos desde a origem do painel até o término de seu tempo de vida útil e com isto complementar a verificação da capacidade do módulo em amortizar das emissões de CO2, os impactos causados por sua fabricação, além de amortizar a energia elétrica gasta no processo. Este estudo apresenta o levantamento simplificado dos dados relativos ao processo de análise de ciclo de vida e suas funções, aplicadas a painéis fotovoltaicos, como também a sua interação com o passivo ambiental de seu processo de fabricação e o levantamento dos gastos energéticos e das emissões de CO2 do processo de fabricação do módulo fotovoltaico. A partir destes dados fez-se uma análise do equilíbrio energético e de mitigação de CO2 e da capacidade do módulo em mitigar o passivo ambiental gerado em sua fabricação. Deste modo pode-se verificar a validade da afirmação de que painéis fotovoltaicos são realmente não poluentes, considerando-se os aspectos relativos às matrizes energéticas dos países de produção e/ou operação dos módulos. Com isto é possível verificar a viabilidade ou não da produção e/ou operação dos módulos em um determinado local, frente ao seu gasto energético, suas emissões de CO2 e o seu potencial de amortização do passivo ambiental por ele gerado em sua fabricação, considerando todo o tempo de vida útil do painel fotovoltaico. As considerações feitas ao longo de todo o estudo mostraram que, até alcançar o consumidor final, a produção do módulo fotovoltaico produz uma série de passivos ambientais que devem ser considerados. Principalmente com relação à emissão de CO2. Salienta-se que cada um dos impactos gerados possui um custo ambiental que deve ser amortizado, ou pelo menos passar por algum processo de mitigação ou compensação. Com relação à amortização dos custos energéticos, todos os casos analisados conseguem amortizar estes custos, calculado em 8,48 anos, antes do final da vida útil do módulo PV, definida em 25 anos. No entanto a amortização das emissões de CO2 dependerão do local de produção/operação, podendo exigir um tempo para a amortização muito maior do que o tempo de vida útil do módulo PV.
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