CARICATURE: MICROCOSM OF THE ARTISTIC ISSUES IN MODERNITY
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === A tese recupera a importância da técnica da caricatura no âmbito da discussão literária e plástica modernas em dois momentos específicos: na primeira metade do século XVIII, com o debate estabelecido por William Hogarth e Henry Fielding, num...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2006
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ndltd-IBICT-oai-MAXWELL.puc-rio.br-90682019-03-01T15:36:25Z CARICATURE: MICROCOSM OF THE ARTISTIC ISSUES IN MODERNITY A CARICATURA: MICROCOSMO DA QUESTÃO DA ARTE NA MODERNIDADE LAURA MOUTINHO NERY LUIZ DE FRANCA COSTA LIMA FILHO RICARDO AUGUSTO BENZAQUEN DE ARAUJO ANTONIO EDMILSON MARTINS RODRIGUES ANTONIO EDMILSON MARTINS RODRIGUES LUIZ DE FRANCA COSTA LIMA FILHO VERA LUCIA DE OLIVEIRA LINS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO A tese recupera a importância da técnica da caricatura no âmbito da discussão literária e plástica modernas em dois momentos específicos: na primeira metade do século XVIII, com o debate estabelecido por William Hogarth e Henry Fielding, num contexto em que se fixam as bases do romance; e em meados do século XIX, quando o tema é retomado por Charles Baudelaire, especialmente no ensaio Da essência do riso e das artes geralmente cômicas, de 1855. Embora tenha recebido da dupla Hogarth-Fielding uma definição pejorativa, a caricatura significou um caminho para a experiência moderna, seja pela assimilação de motivos altos e baixos na arte, pela tematização da vivência urbana ou pela valorização da psicologia dos personagens (dentro da tradição do empirismo de Locke), traduzida na exploração da fisionomia humana. Com Baudelaire, estabelece-se não só uma estética da caricatura, mas uma estética caricatural construída a partir das categorias cômico absoluto e o cômico significativo. Esse modo caricatural, acreditamos, já irrompia nas cenas morais de Hogarth. Adotamos a definição da caricatura como uma novidade no campo da arte pictórica, de acordo com Ernst Gombrich. À técnica italiana, segundo ele, estava franqueada a possibilidade de experimentação que levaria à descoberta não trivial de como criar a ilusão de vida sem qualquer ilusão de realidade. As reflexões de Hogarth e de Baudelaire dimensionam historicamente a importância do humor gráfico não só como um desafio à representação artística, mas também como elemento central de uma certa experiência da modernidade. In this work, the relevance of caricature, both in modern literary and plastic discourses, is considered in two moments: during the first half of the XVIII century, in the interaction between William Hogarth and Henry Fielding, concurrent to the beginnings of the English novel, and in mid XIX century, when Charles Baudelaire, especially in his essay De l essence du rire et généralement du comique dans les arts plastiques, reapproaches the subject. Caricature received from Hogarth and Fielding a negative definition, but still showed a path to the modern experience, by assimilating low and high themes in art, by taking subjects from urban life and by emphasizing the psychology of characters (in the spirit of Locke s empiricism), through an exploration of the human face. Baudelaire s ideas give rise to an esthetics of caricature, built up from his concepts of significative and absolute comic. This caricatural mode, we believe, was already present in Hogarth s modern moral scenes. We take Ernst Gombrich s definition of caricature as an innovation in pictorial art. According to him, the Italian technique was allowed a freedom of experimentation which led to the nontrivial discovery of how to create the illusion of life without the illusion of reality. The arguments in Hogarth and Baudelaire describe the historical relevance of graphic humor, both as a challenge to artistic representation and as a central element of a certain kind of experience of modernity. 2006-03-10 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=9068@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=9068@2 por info:eu-repo/semantics/openAccess PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO PPG EM HISTÓRIA SOCIAL DA CULTURA PUC-Rio BR reponame:Repositório Institucional da PUC_RIO instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro instacron:PUC_RIO |
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === A tese recupera a importância da técnica da caricatura no
âmbito da
discussão literária e plástica modernas em dois momentos
específicos: na primeira
metade do século XVIII, com o debate estabelecido por
William Hogarth e Henry
Fielding, num contexto em que se fixam as bases do
romance; e em meados do
século XIX, quando o tema é retomado por Charles
Baudelaire, especialmente no
ensaio Da essência do riso e das artes geralmente cômicas,
de 1855. Embora
tenha recebido da dupla Hogarth-Fielding uma definição
pejorativa, a caricatura
significou um caminho para a experiência moderna, seja
pela assimilação de
motivos altos e baixos na arte, pela tematização da
vivência urbana ou pela
valorização da psicologia dos personagens (dentro da
tradição do empirismo de
Locke), traduzida na exploração da fisionomia humana. Com
Baudelaire,
estabelece-se não só uma estética da caricatura, mas uma
estética caricatural
construída a partir das categorias cômico absoluto e o
cômico significativo. Esse
modo caricatural, acreditamos, já irrompia nas cenas
morais de Hogarth.
Adotamos a definição da caricatura como uma novidade no
campo da arte
pictórica, de acordo com Ernst Gombrich. À técnica
italiana, segundo ele, estava
franqueada a possibilidade de experimentação que levaria à
descoberta não trivial
de como criar a ilusão de vida sem qualquer ilusão de
realidade. As reflexões
de Hogarth e de Baudelaire dimensionam historicamente a
importância do humor
gráfico não só como um desafio à representação artística,
mas também como
elemento central de uma certa experiência da modernidade. === In this work, the relevance of caricature, both in modern
literary and plastic
discourses, is considered in two moments: during the first
half of the XVIII
century, in the interaction between William Hogarth and
Henry Fielding,
concurrent to the beginnings of the English novel, and in
mid XIX century, when
Charles Baudelaire, especially in his essay De l essence
du rire et généralement
du comique dans les arts plastiques, reapproaches the
subject. Caricature received
from Hogarth and Fielding a negative definition, but still
showed a path to the
modern experience, by assimilating low and high themes in
art, by taking
subjects from urban life and by emphasizing the psychology
of characters (in the
spirit of Locke s empiricism), through an exploration of
the human face.
Baudelaire s ideas give rise to an esthetics of
caricature, built up from his
concepts of significative and absolute comic. This
caricatural mode, we believe,
was already present in Hogarth s modern moral scenes. We
take Ernst
Gombrich s definition of caricature as an innovation in
pictorial art. According to
him, the Italian technique was allowed a freedom of
experimentation which led to
the nontrivial discovery of how to create the illusion of
life without the illusion
of reality. The arguments in Hogarth and Baudelaire
describe the historical
relevance of graphic humor, both as a challenge to
artistic representation and as a
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