ENGLISH TEACHING COURSE BOOKS IN A SOCIODISCURSIVE PERSPECTIVE: CULTURES, IDENTITIES AND POST MODERNITY
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === A presente tese de doutorado tem como objetivo investigar o discurso dos livros didáticos de ensino de inglês como língua estrangeira e sua relação com a construção de identidades sociais dos alunos. Buscando verificar como estes...
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Language: | Portuguese |
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2006
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Online Access: | http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=8835@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=8835@2 |
Summary: | CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === A presente tese de doutorado tem como objetivo
investigar
o discurso dos
livros didáticos de ensino de inglês como língua
estrangeira e sua relação com a
construção de identidades sociais dos alunos. Buscando
verificar como estes livros
representam sócio-discursivamente o mundo e os contextos
culturais relacionados
à língua alvo; observar em que medida oferecem
oportunidades de voz aos alunos;
e como situam-se em relação ao ensino e aprendizagem da
língua inglesa, esta
pesquisa adota uma teoria de linguagem de base sistêmico-
funcional, uma
perspectiva sócio-interacionista de ensino e
aprendizagem
e uma abordagem
crítica de discurso e de cultura. A partir de uma visão
não-essencialista das
identidades e considerando a sociedade inserida na pós-
modernidade, este
trabalho analisa doze livros de ensino de inglês, de
seis
séries didáticas, nos níveis
iniciante e intermediário. Os livros foram selecionados
de
acordo com parâmetros
de variação quanto aos seus objetivos comunicativos,
público alvo, local e data de
publicação, bem como mercados consumidores. Os tópicos e
os contextos
culturais foram investigados para identificar a visão de
mundo representada em
cada livro (metafunção ideacional); as atividades
propostas foram relacionadas
aos papéis sociais imaginados pelo autor para os
usuários
projetados do livro e às
oportunidades para o aluno mostrar sua voz (metafunção
interpessoal); e a
organização estrutural do material (metafunção textual)
foi estudada com a
finalidade de identificar as crenças do autor em relação
ao processo de ensino e
aprendizagem de inglês como língua estrangeira. A
análise
do corpus mostrou que
as escolhas dos tópicos e dos contextos culturais
propiciam uma visão de mundo
que pode induzir os alunos a adotar determinadas
identidades que são
apresentadas como certas, socialmente aceitas e
legitimadas nos livros. Os
resultados apontam para uma visão de mundo, em oito dos
doze livros,
americanizada e europeizada, sendo o status e a
visibilidade determinantes de sucesso, tal como na
sociedade pós-moderna. A organização dos livros
didáticos,
muitas vezes tematizando o componente gramatical, mostra
que os autores, em
sua maioria, vêm o processo de ensino e aprendizagem
como
um conjunto de
regras formais a serem apreendidas e reproduzidas e não
como uma forma de agir
no mundo. A análise das atividades propostas mostrou que
há pouco espaço para a
cultura dos aprendizes e poucas oportunidades para que
mostrem sua voz e
exerçam livremente suas identidades. Os resultados da
pesquisa apontam para a
importância da discussão das questões relevantes ligadas
ao uso do livro didático
e necessidade de conscientização dos alunos, professores
e
pesquisadores quanto à
força social e discursiva destes materiais, que podem
interferir na construção de
identidades, de mundos e de crenças. === The purpose of this research is to investigate the
discourse of English as
foreign language coursebooks and its relation to students´
construction of social
identities. In order to observe socio-discursively how
these books represent the
world and the cultural contexts related to the English
language; to investigate the
extent to which they offer voice opportunities to
students; and to identify the
beliefs they reflect concerning the teaching and learning
of English, this thesis
adopts a systemic-functional approach to language, a socio-
interactionist view of
teaching and learning and a critical perspective of
discourse and culture. Adopting
a non-essentialist view of social identities and
considering the insertion of society
in post modernity, this research analyzes twelve English
coursebooks, from six
different series, at beginner and intermediate levels.
Books were selected
according to variation parameters involving communicative
objectives, target
audience, both place and date of publication, and consumer
market. Topics and
cultural contexts were investigated to identify the world
view expressed in each
book (ideational metafunction); exercises and activities
were both related to the
social roles imagined for projected book users and to
students´ voice opportunities
(interpersonal metafunction); finally, the structural
organization of the materials
(textual metafunction) was studied to identify authors´
beliefs concerning the
teaching and learning of English as a foreign language.
The analysis showed that
the choice of topics and cultural contexts provides a
world view that may lead
students to adopt certain identities which are presented
as the right ones, socially
acceptable and legitimated in several books. Results also
indicate, in eight out of
the twelve books analyzed, the representation of an
American and European world
view, where status and visibility are crucial to success,
in accordance with post
modern society. The organization of the materials, which
generally thematize
grammar, shows that most authors understand the teaching
and learning process as a set of formal rules to be
apprehended and reproduced, rather than a way of
acting in the world. The analysis of the exercises and
activities showed that there
is little space for learners´ cultures and few
opportunities for them to show their
voice and perform their identities freely. Results of this
research point to the
importance of discussing these issues and making students,
teachers and
researchers who deal with coursebooks aware of the social
and discursive force
inherent to the materials, which can interfere with the
construction of identities,
worlds and beliefs. |
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