BUILDING A THEORETICAL AND ANALYTICAL MODEL OF THE ARGUMENTATIVE DISCOURSE IN THE EARLY ELEMENTARY SCHOOL GRADES: A SOCIOCOGNITIVE AND SOCIODISCURSIVE APPROACH OF OPINION ESSAY
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === No campo da Psicologia e da Didática de Línguas, pesquisas sobre aquisição e aprendizagem do discurso argumentativo entre crianças em fase de letramento têm conduzido à avaliação dessa competência discursiva, orientada por parâmetros definid...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2005
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Online Access: | http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=8049@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=8049@2 |
Summary: | PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === No campo da Psicologia e da Didática de Línguas, pesquisas
sobre aquisição e aprendizagem do discurso argumentativo
entre crianças em fase de letramento têm conduzido à
avaliação dessa competência discursiva, orientada por
parâmetros definidores do modelo adulto de argumentar. Em
decorrência, os estudos na área tendem a avaliar o texto
argumentativo do escritor aprendiz na perspectiva da
deficiência e inadequação e, sob a justificativa da
complexidade cognitiva, o ensino da argumentação tem sido
postergado para as séries finais do ensino fundamental (14-
15 anos). A hipótese implícita a tal decisão é a de que o
ensino dos gêneros do discurso deva obedecer a uma
gradativa sucessão, de modo que os gêneros da narração e
descrição devam preceder ao ensino sistemático da
argumentação. O primeiro objetivo relevante da pesquisa é
o de determinar até que ponto alunos de 8-11 anos têm
representado para si o esquema textual argumentativo,
quando solicitados a produzir um texto de opinião em
contexto escolar. O segundo é identificar como o esquema
textual acionado é textualizado no modelo escrito de
língua, considerando-se (1) o nível de desenvolvimento
cognitivo da criança para lidar com a dimensão dialógica
do discurso escrito; (2) as influências do modelo
conversacional de mudança de turno na escrita do aprendiz;
e (3) a ausência de ensino formalizado dos gêneros da
argumentação no currículo escolar nas primeiras séries.
Para atender a este propósito, o presente trabalho baseou-
se na hipótese sociocognitiva de linguagem e na abordagem
socionteracionista discursiva. A pesquisa analisa um
corpus longitudinal, composto de 145 textos de opinião,
produzidos pelos mesmos alunos entre a 2a. série e o
início da 5a. série de uma escola pública, a partir da
proposição de cinco diferentes tarefas. A análise orienta-
se por dois enfoques: o primeiro foca a maneira como o
escritor aprendiz constrói seu texto de opinião, no
tocante à sua configuração textual, através de articulação
e coordenação de seqüências textuais; o segundo incide
sobre a natureza dos argumentos selecionados pelo
aprendiz, no tocante à atitude epistemológica e
evidencialidade. A pesquisa confirma que no que respeita à
construção do discurso argumentativo e à capacidade de
expressar opinião, a maioria das crianças é capaz de
categorizar eventos comunicativos de linguagem em uso,
mesmo que esse esquema não se adeque ao modelo prototípico
de argumentação do adulto ou à expectativa da escola. Ao
mesmo tempo, a pesquisa demonstrou que um simples
dispositivo de conteúdo polêmico não determina, de
antemão, o esquema textual a ser acionado pela criança
para emoldurar sua argumentação; traços de natureza
contextual e sociocognitiva são também utilizados para
determinar a dimensão pragmática, discursiva e
argumentativa do texto de opinião. Com base no exposto,
defendemos que o ensino progressivo e sistemático da
argumentação deve iniciar desde cedo nas práticas
escolares de linguagem. === In the field of Psychology and Didactics of Language many
researches on the acquisition and learning process of
argumentative discourse among elementary school students
have led us to approach this discursive competence based
on the parameters of adult mode of writing arguments. As a
result, studies on the subject matter tend to conceive the
children`s essays in terms of inadequacy and lack of
proficiency; and as consequence of its complex cognitive
demands the teaching of argument has been belated to the
end of elementary school curriculum (14-15years old). The
implicit hypothesis behind this procedure is that there is
a graduation-succession for the learning of discursive
genres in a way that narrative and descriptive genres
should precede systematic teaching of argumentation. The
prime goal of the present research is to determine to what
extent 8-11 year-old pupils have represented for
themselves the argumentative schema when they are asked to
write an opinion essay as a school task. The second one is
to identify how this textual schema is carried out by the
learning children and textualized into written mode of
language, considering (1) children`s cognitive development
level to deal with the dialogic dimensions of written
discourse; (2) the turn-take conversation influences on
their writing, and (3) children`s lack of formal learning
of argumentative genres in school curriculum. For this
purpose we took as our basis on the sociocognitive
hypothesis of language acquisition and on
socionteracionist approach of language. The research
analyses a longitudinal corpus composed of 145 essays
produced by the same elementary school students from 2nd
grade up to the beginning of 5th in a public school. The
students were asked to write five different opinion
essays. The analysis is split into two main focuses: the
first one highlights the way the learning children build
their written opinion in terms of textual configuration
through both articulation and coordination of textual
sequences; the second focus highlights the nature of
arguments chosen by the learning children in terms of
epistemological attitude and evidenciality. The research
confirms that in the genre of argument and expressions of
opinion, most of the children displays a particular
knowledge to categorize communicative events of language
in use, although the cognitive model triggered to convince
and persuade the addressee could not necessarily suit the
adult prototype schema and school expectations. At the
same time, it also shows that a simple argumentative
disposal does not determine beforehand the textual schema
triggered by the children to frame their argumentation;
contextual and sociocognitve features also determine the
pragmatic, discursive and argumentative dimension of the
text. Due to the features shown in the present research,
and as far as pedagogy and didactic of language is
concerned we defend that systematical and progressive
teaching of argumentation should begin as early as
possible in school context. |
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