DONNÉ ET NÉ POUR NOUS EN CHEMIN: LA SOLIDARITÉ DANS LA VISION CHRISTOLOGIQUE DE FRANÇOIS D`ASSISE

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === Le Nouveau Testament, particulièrement les évangiles synoptiques, en développant une christologie narrative, nous présente une image de Jésus Christ solidaire avec les pauvres et les exclus, soit comme quelqu un identifié à eux (il...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: ALDIR CROCOLI
Other Authors: ALFONSO GARCIA RUBIO
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2004
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=4693@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=4693@3
Description
Summary:CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === Le Nouveau Testament, particulièrement les évangiles synoptiques, en développant une christologie narrative, nous présente une image de Jésus Christ solidaire avec les pauvres et les exclus, soit comme quelqu un identifié à eux (il mange et il boit avec eux, il n a pas une demeure stable, il souffre la mort d un outsider), soit en les privilégiant comme les premiers destinataires du règne qu il est venu inaugurer pour eux. Pour des raisons variées cette référence fut maintenue dans la pénombre au long des siècles. Mais l Esprit de Dieu qui conduit l histoire, a fait émerger, à partir du 13ème siècle, et de manière toujours plus forte, l appel de la solidarité qui devrait configurer la manière humaine d être. Pendant les 50 dernières années, la thématique de la solidarité, déjà popularisée, est passée à intégrer les réflexions de la christologie systématique, de manière toujours plus croissante et diversifiée. (I Partie) François d Assise, au 13ème siècle, semble anticiper ce phénomène, en présentant, de forme embryonnaire, une image de Jésus Christ profondément solidaire avec les pauvres et les humbles. Il fait des signes clairs à cela en trois moments clef de la vie de Jésus Christ : a) dans l incarnation, il met en évidence la naissance à coté du chemin - son option pour les fragiles et les exclus de la société ; b) dans la passion, mystère nucléaire de sa spiritualité, il montre, surtout dans l Office de la Passion, qu il souffre une mort injuste pour contredire les intérêts des puissants, par son annonce et par sa pratique en faveur des marginalisés ; c) et dans le continu revêtissement de la chaire de notre fragilité célébré dans le Sacrement de son Corps et Sang. François, en plus, ajoute des traces de la face solidaire de Jésus Christ par quelques titres ou images qu il lui attribue : celle du serf, celle du pauvre et pèlerin, et celle du berger. (II Partie) La vie c est de vivre l évangile, ce n`est pas seulement une question de réflexion. Pour cela, on se met a faire une vérification de sa implémentation, aussi en trois moments : a) dans l intuition originale, qui mène à suivre le Christ a partir des marginalisés, plutôt que pour devenir missionnaire d une intuition religieuse ; b) après on analyse sa marque dans le principal texte normatif, la Règle non Bullée, où l option pour les exclus, à exemple de Jésus Christ qui n a pas eu honte de se faire pauvre et pèlerin pour nous est un de ses points basilaires ; c) et, en fin, dans le Testament, le dernier écrit normatif, dans lequel François reprend et réadapte la manière de vie qu il entendait avoir eu révélée. La conclusion résulte claire : la solidarité c est une des notes configuratives du charisme franciscain originaire et condition sine qua non pour le reprendre et le vivre, fidèle et créativement, dans le présent e dans le futur de l histoire (III Partie) === O Novo Testamento, e particularmente os sinóticos, desenvolvendo uma cristologia narrativa, nos apresenta uma imagem de Jesus Cristo solidário aos pobres e excluídos, quer enquanto alguém identificado com eles (come e bebe com eles, não tem moradia fixa, sofre morte de um outsider), quer privilegiando-os como primeiros destinatários do reino de Deus que ele veio anunciar e inaugurar. Por diversas razões, este dado tem sido mantido na penumbra ao longo dos séculos. Mas o Espírito de Deus que conduz a história, fez emergir, a partir do século XVIII, e de modo cada vez mais forte, o apelo da solidariedade que deveria configurar o modo humano de ser. Nos últimos 50 anos, a temática da solidariedade, já popularizada, passou também a integrar as reflexões da cristologia sistemática, de maneira sempre crescente e diversificada. (I Parte) Francisco de Assis, no século XIII, parece se antecipar a este fenômeno, apresentando, em forma embrionária, também uma imagem de Jesus Cristo profundamente solidário aos pobres e humildes. Faz acenos claros a isso nos três momentos chaves da vida de Jesus Cristo: a) na encarnação, ressaltando, ao nascer à beiro do caminho, sua opção pelos frágeis e excluídos da sociedade; b) na paixão, mistério nuclear de sua espiritualidade, mostrando, sobretudo no Ofício da Paixão, que sofre morte injusta por contradizer os interesses dos poderosos, por seu anúncio e sua prática em favor dos marginalizados; c) e no contínuo revestir-se da carne de nossa fragilidade, celebrado no Sacramento do seu Corpo e Sangue. Francisco, além disso, acrescenta traços do rosto solidário de Jesus Cristo mediante alguns títulos ou imagens que lhe atribui: o de servo, de pobre e peregrino e de pastor. (II Parte) A vida é viver o evangelho, não apenas refleti-lo. Por isso, se passa a fazer uma averiguação de sua implementação, também em três momentos: a) na intuição original, que aponta para o seguimento de Cristo desde os marginalizados, mais do que para ser missionário de uma instituição religiosa; b) depois, analisa-se sua implementação no principal texto normativo, a Regra não Bulada, onde a opção pelos excluídos, a exemplo de Jesus Cristo que não se envergonhou de se tornar pobre e peregrino por nós, é um dos seus pontos basilares; c) e, por fim, no Testamento, o último escrito normativo, no qual Francisco retoma e readapta o modo de vida que entendia ter-lhe sido revelado. A conclusão resulta clara: a solidariedade é uma das notas configuradoras do carisma franciscano originário e condição sine qua non para resgatá- lo e vivê-lo, fiel e criativamente, no presente e no futuro da história. (III Parte)