WHAT SCHOOL IS POSSIBLE?: GENERATING UNDERSTANDINGS ABOUT THE CHALLENGES DURING SCHOOL ROUTINE AND PORTUGUESE LANGUAGE CLASSES AT A PUBLIC SCHOOL IN A POOR COMMUNITY
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === O foco do estudo é a prática docente no ensino de língua portuguesa, com desafios no cotidiano escolar, em perspectivas de ordem micro e macro, em uma escola pública localizada em...
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Language: | Portuguese |
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2015
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Online Access: | http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=29557@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=29557@2 |
Summary: | PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === O foco do estudo é a prática docente no ensino de língua portuguesa, com desafios no cotidiano escolar, em perspectivas de ordem micro e macro, em uma escola pública localizada em uma favela na Zona Oeste do Rio de Janeiro, área de violência e de exclusão social. O objetivo consiste em gerar entendimentos sobre algumas questões que emergiram a partir das interações em sala de aula e que resultaram em embates e resistências ao fazer pedagógico, afetando o processo de ensino e aprendizagem naquele contexto. As discussões e reflexões foram orientadas por atividades de letramentos com potencial exploratório realizadas principalmente em duas turmas de oitavo ano no ano de 2014. Em uma perspectiva da Linguística Aplicada Transgressiva e alinhando-me a proposições que questionam o fazer científico tradicional, este estudo sugere a descolonialidade de nossas práticas como pesquisadores, orientando-se metodologicamente pelo olhar autoetnográfico e etnográfico. A proposta é embasada pela Prática Exploratória, como foco no processo pedagógico, buscando priorizar a qualidade de vida na sala de aula com a participação ativa de todos os envolvidos. Em encontro a esta proposta, defendo a ideia de um ensino de Língua Portuguesa voltado a uma noção de reação interpretativa durante as práticas de letramentos e de uma postura mais consciente do professor em relação à linguagem como práxis. Os dados compõem-se de uma série de sequências pedagógicas em atividades de sala de aula, assim como de informações institucionais, relatos, reportagens, entrevistas e anotações de meu diário e notas de campo, gerados desde minha inserção na rede municipal de ensino em 2013. As primeiras atividades realizadas apontaram para os modelos tradicionais de ensino como os legítimos a serem utilizados nas aulas de LP e sugeriram a ratificação de meu papel como professora a partir da autorização dos alunos. Com as atividades exploratórias, as percepções dos alunos sobre si e o outro no espaço escolar indicaram desnaturalizações sobre pré-conceitos e crenças sobre ensino, dinamizando as interrelações estabelecidas em sala de aula. Os entendimentos gerados colaboraram para apreensão do outro como alguém potencialmente igual, enfatizando a alteridade como um exercício necessário e permanente para as práticas sociais e pedagógicas. Houve uma mudança de atitude em relação à legitimação do ensino de LP, sublinhando a compreensão de que o uso da língua e as atividades de letramentos encontram-se em todas as ações cotidianas. A vivência naquele contexto escolar demandou uma pesquisa que questionasse a própria forma de se pesquisar, possibilitando, especialmente, o discernimento dos diferentes saberes trazidos pelos alunos e de suas histórias locais como epistemes, e dando visibilidade aos diferentes mundos e culturas em contato no espaço escolar como mundos possíveis e em construção. Neste sentido, a idealização de uma escola que pudesse responder a todas as necessidades das classes menos privilegiadas cede vez à percepção de que pensar uma escola possível de acordo com as especificidades locais torna-se uma proposta mais coerente e engajada com aqueles outros mundos possíveis e seus atores na criação de inteligibilidades contingentes, processuais e contínuas. === The focus of this study is the Portuguese language teaching practice under macro and micro perspectives with everyday school challenges at a public school located in a poor community in Zona Oeste, Rio de Janeiro. The purpose consists in generating understandings about some questions which emerged from classroom interactions and resulted in loggerheads and resistance against pedagogical labor, affecting the teaching-learning process in that context. The discussion and reflections were oriented by exploratory potential-like literacy activities mainly performed by two 8th grade classes during the year 2014. Adopting a Transgressive Applied Linguistics perspective and being aligned to propositions that question the traditional scientific methods, this study suggests the decoloniality of our practices as researchers, being guided by autoethnographic and ethnographic views. The proposal is based upon Exploratory Practice, as a pedagogical process focus, seeking to prioritize the quality of life in the classroom with active participation of all involved. Accommodating that proposal, I defend the idea of a Portuguese Language teaching focusing an interpretative reaction notion during literacy practices and a more conscious attitude from teachers towards language as praxis. Data is composed of a series of pedagogical sequences in classroom activities, as well as institutional information, accounts, reports, interviews and writings from my diary and field notes, which have been generated since my insertion in the municipal teaching system in 2013. The first accomplished activities pointed out to the traditional teaching models as the ones legitimated to be used in the PL classes and suggested the ratification of my role as a teacher from the students authorization. With the exploratory activities, the students perceptions about oneself and the other in the school context indicated denaturing of preconcepts and beliefs, enhancing the interrelations in the classroom. The achieved understandings collaborated with the apprehension of the other as someone potentially equal, emphasizing alterity as a necessary and permanent exercise to social and pedagogical practices. There was a change in the attitude towards the legitimating of PL, underlying the comprehension that the use of language and the literacy activities are present in everyday actions. The existence in that school context demanded a kind of research which questioned the very way of researching, especially by enabling the different knowledge carried by the students and their local histories to be understood as episteme, and creating visibility to the different worlds and cultures in contact at school space as possible worlds under construction. In this respect, the idealization of a school which could respond to all the needs of the less privileged classes is replaced by the perception that thinking about a possible school according to the local specificities turns out to be a more coherent and engaged proposal to those other possible worlds and actors towards the creation of contingent, procedural and continuing intelligibilities. |
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