HUMAN CAPITAL THEORY IN BRAZIL: PIONEERING, RESISTANCES, AND RECENT INFLUENCE ON THE FORMULATION OF SOCIAL POLICIES
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === A Teoria do Capital Humano defende que a educação formal é necessária para aumentar a capacidade de produção de uma população: uma população educada é uma população produtiva e dotada de maior nível de bem-estar social, o que, por sua vez, propo...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2014
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === A Teoria do Capital Humano defende que a educação formal é necessária
para aumentar a capacidade de produção de uma população: uma população
educada é uma população produtiva e dotada de maior nível de bem-estar social, o
que, por sua vez, proporciona a diminuição da pobreza e da desigualdade de
renda. Na década de 1970, Carlos Geraldo Langoni estudou, de forma pioneira e
com o auxílio da Teoria do Capital Humano, a variação da desigualdade de renda
no Brasil na década de 1960. Seu trabalho demonstrou que a variável educação
possuía a maior correlação para explicar os resultados observados de desigualdade
nos rendimentos do trabalho. Desníveis provenientes do sistema educacional
brasileiro, envolvendo crianças e adolescentes, resultavam em desníveis salariais
entre os trabalhadores no mercado de trabalho. Langoni contribuiu para a
formação de um grupo de pesquisadores brasileiros que, influenciados por aquela
perspectiva teórica, participaram a partir da década de 1990, do debate público
envolvendo a formulação de programas de transferências de renda condicionadas
à frequência escolar. Embora as teses baseadas na Teoria do Capital Humano
apresentadas por Langoni, em 1973, fossem consistentes e representassem
importante contribuição para a compreensão da desigualdade de renda, o ambiente
político e acadêmico dos anos de 1970 terminou por inibir a repercussão e o
reconhecimento de seu trabalho. Apenas a partir de 1990, tendo à frente seus
seguidores, aquelas ideias e a própria Teoria do Capital Humano passaram a
influenciar governos, políticas sociais, e, de alguma forma, as escolhas da própria
sociedade brasileira. === Human Capital Theory proposes that formal education is necessary to
increase a population s productivity: an educated population tends also to be a
productive one and to present a higher level of social well-being that provides
reduction of poverty and income inequality. Based on Human Capital Theory,
Carlos Geraldo Langoni pioneered, in the 1970s, a study on the variation of
income inequality in Brazil during the 1960s. His work demonstrated that
education was the variable that best correlated with future income inequality.
The inequality gaps involving children and adolescents in the Brazilian
educational system were reproduced in wage gaps among workers in the labor
market. Langoni contributed to the formation of a group of Brazilian researchers
who were influenced by this theory. As of the 1990s, these researchers were
involved in the public debate regarding the issuance of cash transfers conditional
on school attendance programs. Although these conclusions based on Human
Capital Theory presented by Langoni in 1973 were consistent and represented an
important contribution to the understanding of income inequality, the political and
academic environment of the 1970s ended by inhibiting the impact and
recognition of the work. Starting in the 1990s, headed by his followers, those
ideas and Human Capital Theory influenced governments, social policies, and
somehow the choices of Brazilian society. |
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