THE PROBLEM OF AKRASIA IN PLATO AND ARISTOTLE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === Se ainda hoje permanece a dúvida a respeito da possibilidade de se encontrar, na filosofia grega, um conceito que possa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: DANIEL SIMAO NASCIMENTO
Other Authors: MAURA IGLESIAS
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2013
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=22022@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=22022@2
Description
Summary:PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === Se ainda hoje permanece a dúvida a respeito da possibilidade de se encontrar, na filosofia grega, um conceito que possa corresponder ao conceito latino de vontade, ninguém parece questionar o fato de que foram os gregos os primeiros filósofos a tentar compreender o fenômeno que hoje chamamos de fraqueza da vontade – e que eles chamavam simplesmente akrasia. Embora o primeiro filósofo que tenha empregado tal termo ao discutir o problema tenha sido Aristóteles (EN VII.1), a primeira discussão filosófica acerca da akrasia pode ser encontrada no Protágoras de Platão. Lá, o fenômeno que é discutido recebe o nome de ser vencido pelos prazeres. Como sabemos, Sócrates nega que tal fenômeno seja possível e afirma o famoso paradoxo Socrático segundo o qual ninguém erra voluntariamente. Nosso trabalho tem por objetivo principal traçar uma comparação entre o problema da akrasia nas filosofias de Platão e de Aristóteles, para que possamos compreender melhor algo que até hoje é motivo de grandes controversas, a saber, em que media Aristóteles se afasta da explicação socrática da akrasía e em que sentido ele a aceita. Para tal, procuramos esclarecer não somente as diferenças notáveis entre os dois autores no que diz respeito à descrição da akrasia mas também à maneira como cada um dos autores concebem o ato voluntário. Além disso, dedicamos nossa introdução à discussão de duas peças de Eurípides, Hipólito e Medéia, com o objetivo de iluminar isso que poderíamos chamar, talvez, de raízes pré-filosóficas do problema. === Although to this day some doubt remains about whether we can find, in Greek philosophy, a concept that corresponds to the latin notion of the will, nobody seems to question the fact that the greek philosophers were the first to try to understand the phenomenon which today we call weakness of the will – and that they called akrasia. Although the first philosopher employed this term when discussing the problem was Aristotle (EN VII.1), the first philosophical discussion about akrasia is to be found in Plato’s Protagoras. In this dialogue, the phenomenon that is discussed is called being defeated by pleasures. As we know, Socrates denies that such a thing is even possible and affirms his famous paradox according to which nobody errs willingly. This works main goal is to compare the problem of akrasia in Plato and Aristotle, so that we can better understand something which is still a matter of great dissent: how much of the Socratic explanation of the phenomenon is accepted by Aristotle and how much of it is discarded? In order to answer this question, Ive tried to highlight the differences that separate the authors in what concerns both their description of akrasia and the way they conceive the voluntary act. Ive also dedicated the introduction of the work to a discussion about two plays of Euripides, Hyppolitus and Medea, with the objective of shedding some light in what we might perhaps call the pre-philosophical roots of the problem.