POLITICS OF TIME AND PRACTICES OF DISCRIMINATION IN MODERN INTERNATIONAL SOCIETY
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O presente trabalho propõe uma investigação da relação entre tempo e política na sociedade internacional. Para tanto, ap...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2012
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Summary: | PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O presente trabalho propõe uma investigação da relação entre tempo e
política na sociedade internacional. Para tanto, aponta como determinadas
representações do tempo – ou temporalidades – organizam e são organizadas por
concepções distintas da política que, por sua vez, constituem formas específicas
de discriminação entre comunidades políticas. Tal discriminação implica, por um
lado, a demarcação da fronteira entre comunidades consideradas iguais e, por
outro lado, a hierarquização de comunidades tidas como desiguais. Mais
especificamente, identifica-se a discriminação da desigualdade com distintas
lógicas coloniais ligadas aos imperialismos europeus. Nesse sentido, argumenta-se
que o tempo é, ele mesmo, um fenômeno político: seu entendimento é sempre
sujeito a disputas, fazendo com que sua naturalização resulte em dinâmicas de
exclusão. A análise proposta é levada a termo a partir de uma abordagem histórica
que busca, no encontro entre passado e presente, gerar aquele efeito de
estranhamento [Verfremdungseffekt] que ponha em evidência a política do tempo
subjacente à sociedade internacional em diferentes períodos e cujas dinâmicas
tenham sido escondidas. A partir do pensamento de Reinhart Koselleck e de uma
literatura voltada especificamente às temporalidades da modernidade, este
trabalho aplica seu triplo movimento de tempo, política e discriminação a dois
períodos cujo ponto de viragem é situado na segunda metade do século XVIII – o
início da modernidade e o esclarecimento. Localiza, assim, dois trípticos de
organização da política: retorno-artifício-salvação e progresso-autodeterminaçãofilosofia
da história. Com isso, abre espaço para um novo entendimento histórico
da modernidade que não a tome como dominada pelo imaginário do progresso,
mas como uma articulação complexa de lógicas temporais e políticas distintas. === This work investigates the relations established between time and politics in
the international society. In order to do so, it highlights how given representations
of time – or temporalities – organize and are organized through discrete
conceptions of politics which, themselves, constitute particular forms of
discrimination between political communities. Such discrimination implies, on the
one hand, a demarcation of the boundaries between communities taken as equals
and, on the other hand, the hierarquization of communities held to be unequal.
More specifically, the discrimination of inequality is identified with different
colonial logics related to European imperialisms. Therefore, this work intend to
shed light on how time is, itself, a political phenomenon: its understanding is
always subject to disputes and, therefore, its naturalization as a fixed phenomenon
brings dynamics of exclusion. The analysis proposed is taken to term through an
historical approach which attempts, in the encounter between past and present, to
generate that estrangement effect [Verfremdungseffekt] that explicates the politics
of time underlying modern international society in different periods and whose
dynamics have been hidden. Starting from Reinhart Koselleck’s thought and from
a literature on the temporalities of modernity, this work applies its triple reading
of time, politics and discrimination to two periods whose turning point is situated
somewhere around the second half of the eighteenth century – early modernity
and the enlightenment –, thus locating two triptychs of the organization of
politics: return-artifice-salvation and progress-self-determination-philosophy of
history. Such analysis opens space for a new historical and political understanding
of modernity which doesn’t take it as permeated by the imaginary of progress, but
as constituted through an articulation of multiple temporal and political logics. |
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