POLITICS OF TIME AND PRACTICES OF DISCRIMINATION IN MODERN INTERNATIONAL SOCIETY

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O presente trabalho propõe uma investigação da relação entre tempo e política na sociedade internacional. Para tanto, ap...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA CHAMON
Other Authors: PAULO LUIZ MOREAUX LAVIGNE ESTEVES
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2012
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=21414@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=21414@2
Description
Summary:PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O presente trabalho propõe uma investigação da relação entre tempo e política na sociedade internacional. Para tanto, aponta como determinadas representações do tempo – ou temporalidades – organizam e são organizadas por concepções distintas da política que, por sua vez, constituem formas específicas de discriminação entre comunidades políticas. Tal discriminação implica, por um lado, a demarcação da fronteira entre comunidades consideradas iguais e, por outro lado, a hierarquização de comunidades tidas como desiguais. Mais especificamente, identifica-se a discriminação da desigualdade com distintas lógicas coloniais ligadas aos imperialismos europeus. Nesse sentido, argumenta-se que o tempo é, ele mesmo, um fenômeno político: seu entendimento é sempre sujeito a disputas, fazendo com que sua naturalização resulte em dinâmicas de exclusão. A análise proposta é levada a termo a partir de uma abordagem histórica que busca, no encontro entre passado e presente, gerar aquele efeito de estranhamento [Verfremdungseffekt] que ponha em evidência a política do tempo subjacente à sociedade internacional em diferentes períodos e cujas dinâmicas tenham sido escondidas. A partir do pensamento de Reinhart Koselleck e de uma literatura voltada especificamente às temporalidades da modernidade, este trabalho aplica seu triplo movimento de tempo, política e discriminação a dois períodos cujo ponto de viragem é situado na segunda metade do século XVIII – o início da modernidade e o esclarecimento. Localiza, assim, dois trípticos de organização da política: retorno-artifício-salvação e progresso-autodeterminaçãofilosofia da história. Com isso, abre espaço para um novo entendimento histórico da modernidade que não a tome como dominada pelo imaginário do progresso, mas como uma articulação complexa de lógicas temporais e políticas distintas. === This work investigates the relations established between time and politics in the international society. In order to do so, it highlights how given representations of time – or temporalities – organize and are organized through discrete conceptions of politics which, themselves, constitute particular forms of discrimination between political communities. Such discrimination implies, on the one hand, a demarcation of the boundaries between communities taken as equals and, on the other hand, the hierarquization of communities held to be unequal. More specifically, the discrimination of inequality is identified with different colonial logics related to European imperialisms. Therefore, this work intend to shed light on how time is, itself, a political phenomenon: its understanding is always subject to disputes and, therefore, its naturalization as a fixed phenomenon brings dynamics of exclusion. The analysis proposed is taken to term through an historical approach which attempts, in the encounter between past and present, to generate that estrangement effect [Verfremdungseffekt] that explicates the politics of time underlying modern international society in different periods and whose dynamics have been hidden. Starting from Reinhart Koselleck’s thought and from a literature on the temporalities of modernity, this work applies its triple reading of time, politics and discrimination to two periods whose turning point is situated somewhere around the second half of the eighteenth century – early modernity and the enlightenment –, thus locating two triptychs of the organization of politics: return-artifice-salvation and progress-self-determination-philosophy of history. Such analysis opens space for a new historical and political understanding of modernity which doesn’t take it as permeated by the imaginary of progress, but as constituted through an articulation of multiple temporal and political logics.