RESPONSABILITY AS LEGITIMATION: TRANSNATIONAL CAPITAL AND GLOBAL GOVERNANCE IN THE UNITED NATIONS
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === As últimas décadas se caracterizaram por um novo ambiente nas organizações internacionais com um aumento explícito do engajamento de corporações transnacionais (CTNs) em debates sobre problemas globais, principalmente no que se refere...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2010
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Summary: | CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === As últimas décadas se caracterizaram por um novo ambiente nas
organizações internacionais com um aumento explícito do engajamento de
corporações transnacionais (CTNs) em debates sobre problemas globais,
principalmente no que se refere à responsabilidade delas com relação a tais
questões. A tese analisa como diferentes processos em termos de assegurar a
responsabilidade das CTNs em questões globais terminam se constituindo em
um processo de legitimação da ordem mundial capitalista. Tomar o mundo como
ele é e tentar reformá-lo com foco na responsabilidade dos agentes que detém o
poder pode se converter em um maior empoderamento desses atores ao gerar
uma percepção de que eles seriam os mais eficientes para garantir melhores
soluções para o mundo. A análise se centra em duas iniciativas emblemáticas em
curso na Organização das Nações Unidas (ONU): o Pacto Global e o trabalho do
Representante Especial da ONU para Empresas e Direitos Humanos. Observase,
então, que acordos políticos e normativos sobre responsabilidade corporativa,
incluindo expectativas de normas obrigatórias em direitos humanos, devem ser
percebidos como parte de uma arquitetura de governança global que, ao mesmo
tempo, vincula a agenda social e de desenvolvimento ao capitalismo global,
empodera atores não-estatais, globaliza organizações internacionais e limita o
espaço para pensar o mundo para além de uma constante legitimação da classe
capitalista transnacional. === Last decades have seen a new environment on international organizations
with the explicit increase of transnational corporations’ (TNCs) engagement in
debates about global matters, mainly on their responsibilities regarding these
issues. The dissertation analyzes how several processes in terms of achieving
TNCs responsibility in global matters end up being a process of legitimation of
the capitalist world order. Taking the world as it is and trying to reform it with a
focus on the responsibility of the powerful agents might mean empowering them
as if they were the most efficient actors to guarantee better solutions to the
world. The analysis is centered on two current emblematic initiatives on the
United Nations (UN): the Global Compact and the work of the UN Special
Representative on Business and Human Rights. Normative and political
agreements on corporate responsibility, including prospects for mandatory
norms on human rights, should be perceived as part of a global governance
architecture which connects the social and development agenda to global
capitalism, empowers non-state actors, globalizes international organizations and
reduces the space for rethinking the world beyond a permanent legitimation of
an emergent transnational capitalist class. |
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