THE FIERCE WORD: LANGUAGE AND MEANING IN GUIMARÃES ROSAS LETTERS TO HIS AMERICAN TRANSLATOR

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === Este trabalho analisa perspectivas de linguagem e sentido que se esboçam em 59 cartas trocadas entre Guimarães Rosa e sua tradutora norte-americana, Harriet de Onís. Partindo de um ponto de vista pós-estruturalista, segundo o qual a l...

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Main Author: MIRNA SOARES ANDRADE
Other Authors: HELENA FRANCO MARTINS
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2010
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444@1
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spelling ndltd-IBICT-oai-MAXWELL.puc-rio.br-154442019-03-01T15:38:55Z THE FIERCE WORD: LANGUAGE AND MEANING IN GUIMARÃES ROSAS LETTERS TO HIS AMERICAN TRANSLATOR A PALAVRA BRAVIA: LINGUAGEM E SENTIDO NA CORRESPONDÊNCIA ENTRE GUIMARÃES ROSA E SUA TRADUTORA AMERICANA MIRNA SOARES ANDRADE HELENA FRANCO MARTINS HELENA FRANCO MARTINS MARIA PAULA FROTA MARCIA ATALLA PIETROLUONGO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO Este trabalho analisa perspectivas de linguagem e sentido que se esboçam em 59 cartas trocadas entre Guimarães Rosa e sua tradutora norte-americana, Harriet de Onís. Partindo de um ponto de vista pós-estruturalista, segundo o qual a linguagem é não instrumento de representação, mas antes uma multiplicidade de práticas históricas, voláteis, descontínuas e, portanto, refratárias a teorias gerais de ambição essencializante, busca-se reconhecer no espaço extra-teórico das cartas a fecundidade dos diferentes estilos de ver a linguagem que se oferecem nesse ponto particular do corpus roseano. Mostra-se a irreducibilidade dessas visões a qualquer filosofia geral, as marcadas diferenças de atitude perceptíveis entre Guimarães Rosa e Harriet de Onís no que se refere à linguagem (diferenças que enfatizam por contraste as posições roseanas), e, sobretudo, a forma particular como o Rosa das cartas promove performativamente o abalo de expectativas reducionistas e culturalmente arraigadas sobre a linguagem. Especial atenção é dada ao modo como em Rosa o paradoxo emerge como força criadora e não como embaraço, aporia: pela produtividade do paradoxo, abrem-se ângulos fecundos pelos quais se logra reconhecer, ou, nos termos de Rosa, sentir-pensar, diferentes aspectos da linguagem, notadamente a língua comum; a dinâmica vital que enlaça texto, autor, tradutor e leitor; a irracionalidade e o mistério irredutível da língua; e o estatuto do poético no idioma. This work analyzes language and meaning perspectives outlined in 59 letters exchanged by Guimarães Rosa and his North-American translator Harriet de Onís. From a post-structuralist point of view – according to which language is not an instrument of representation, but rather a multiplicity of volatile and discontinuous historical practices and, therefore, refractive to general theories aspiring essence – the fecundity of different ways of looking at language present in this particular piece of Rosa’s corpus is sought on extra-theoretical grounds. The irreducibility of these views to any general philosophy and the noticeable differences of attitude between Guimarães Rosa and Harriet de Onís regarding language (differences that emphasize by contrast Rosa’s positions) are shown and, especially, the specific way Rosa promotes performatively the disturbance of reductionist deep-rooted cultural expectations about language in these letters. Special thought is given to the way paradox emerges in Rosa as a creative force and not as an encumbrance, aporia: by the productivity of paradox, fertile angles open up and through them one may attempt to recognize or, in Rosa’s own words, think-feel, different aspects of language, notably the common language; the vital dynamic that binds the text, the author, the translator and the reader; the irreducible irrationality and mystery; and the poetic statute of language. 2010-03-08 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444@2 por info:eu-repo/semantics/openAccess PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO PPG EM LETRAS PUC-Rio BR reponame:Repositório Institucional da PUC_RIO instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro instacron:PUC_RIO
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description CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === Este trabalho analisa perspectivas de linguagem e sentido que se esboçam em 59 cartas trocadas entre Guimarães Rosa e sua tradutora norte-americana, Harriet de Onís. Partindo de um ponto de vista pós-estruturalista, segundo o qual a linguagem é não instrumento de representação, mas antes uma multiplicidade de práticas históricas, voláteis, descontínuas e, portanto, refratárias a teorias gerais de ambição essencializante, busca-se reconhecer no espaço extra-teórico das cartas a fecundidade dos diferentes estilos de ver a linguagem que se oferecem nesse ponto particular do corpus roseano. Mostra-se a irreducibilidade dessas visões a qualquer filosofia geral, as marcadas diferenças de atitude perceptíveis entre Guimarães Rosa e Harriet de Onís no que se refere à linguagem (diferenças que enfatizam por contraste as posições roseanas), e, sobretudo, a forma particular como o Rosa das cartas promove performativamente o abalo de expectativas reducionistas e culturalmente arraigadas sobre a linguagem. Especial atenção é dada ao modo como em Rosa o paradoxo emerge como força criadora e não como embaraço, aporia: pela produtividade do paradoxo, abrem-se ângulos fecundos pelos quais se logra reconhecer, ou, nos termos de Rosa, sentir-pensar, diferentes aspectos da linguagem, notadamente a língua comum; a dinâmica vital que enlaça texto, autor, tradutor e leitor; a irracionalidade e o mistério irredutível da língua; e o estatuto do poético no idioma. === This work analyzes language and meaning perspectives outlined in 59 letters exchanged by Guimarães Rosa and his North-American translator Harriet de Onís. From a post-structuralist point of view – according to which language is not an instrument of representation, but rather a multiplicity of volatile and discontinuous historical practices and, therefore, refractive to general theories aspiring essence – the fecundity of different ways of looking at language present in this particular piece of Rosa’s corpus is sought on extra-theoretical grounds. The irreducibility of these views to any general philosophy and the noticeable differences of attitude between Guimarães Rosa and Harriet de Onís regarding language (differences that emphasize by contrast Rosa’s positions) are shown and, especially, the specific way Rosa promotes performatively the disturbance of reductionist deep-rooted cultural expectations about language in these letters. Special thought is given to the way paradox emerges in Rosa as a creative force and not as an encumbrance, aporia: by the productivity of paradox, fertile angles open up and through them one may attempt to recognize or, in Rosa’s own words, think-feel, different aspects of language, notably the common language; the vital dynamic that binds the text, the author, the translator and the reader; the irreducible irrationality and mystery; and the poetic statute of language.
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