ANALITYC PHILOSOPHY AND ANTHROPOLOGY: A DISCUSSION ON LINGUISTICAL ALTERITY AND COMMENSURABILITY

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === A proposta inicial de análise da linguagem afirmada pela filosofia analítica partia do pressuposto da existência de uma linguagem logicamente perfeita, que espelharia a f...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: CASSIA CARDOSO DE MIRANDA
Other Authors: DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2008
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=13204@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=13204@2
Description
Summary:PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO === A proposta inicial de análise da linguagem afirmada pela filosofia analítica partia do pressuposto da existência de uma linguagem logicamente perfeita, que espelharia a forma lógica dos fatos. Essa linguagem ideal revelaria de maneira clara e correta a estrutura essencial do mundo, evitando as armadilhas da linguagem cotidiana. A filosofia desenvolvida na segunda fase da obra de Wittgenstein fragmenta essa noção de linguagem unitária em uma multiplicidade de jogos de linguagem, firmados sobre formas de vida particulares. A gramática, ou o conjunto de regras que regem uma linguagem, torna-se autônoma, posto que não leva em consideração uma pretensa essência ou forma da realidade, mas adquire seu sentido no uso das expressões que regula. Essa autonomia da gramática abre espaço para a existência de diferentes sistemas dotados de sentido e, portanto, nos permite falar de uma alteridade de formas de representação. A presente dissertação pretende apontar tal abertura provocada por Wittgenstein, em parte prefigurada na sua crítica à obra do antropólogo J. G. Frazer, bem como apresentar algumas discussões que ela suscitou dentro e fora da filosofia analítica. Por fim, o objetivo é esboçar um método de análise conceitual, derivado do encontro entre antropologia e filosofia, como uma alternativa de abordagem para a corrente analítica. === The original proposition of language analysis set forth by analytical philosophy stemmed from the assumption of the existence of a logically perfect language, which would mirror the logical form of the facts. This ideal language would clearly and correctly reveal the logical structure of the world, avoiding the 'traps' of daily language. The philosophy developed on the second phase of Wittgenstein's work breaks apart this notion of a unitary language in a multiplicity of language games, based upon particular forms of life. Grammar, or the set of rules that govern a language, becomes autonomous, since it does not account for an assumed essence or form of reality, but acquires its meaning in the use of the expressions it regulates. This autonomy of grammar makes room for the existence of different systems endowed with meaning and, therefore, allows us to speak of an otherness of forms of representation. This dissertation intends to point out this 'opening' introduced by Wittgenstein, which was partly foreshadowed on his critique of the works of the anthropologist J. G. Frazer. It also presents some discussions that it raised inside and outside of analytical philosophy. Finally, the objective is to sketch a method of conceptual analysis, derived from the encounter between anthropology and philosophy, as an alternative approach to the analytical train.