THE INNOCENT EYE IS BLIND: CONSTRUCTING THE MODERN VISUAL CULTURE
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO === O momento atual traz em seu bojo uma enorme carga de excessos tecnológicos e estímulos sensoriais em uma construção simbiônica, algumas vezes percebida como ápice do projeto...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
2008
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COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO === O momento atual traz em seu bojo uma enorme carga de excessos
tecnológicos e estímulos sensoriais em uma construção
simbiônica, algumas vezes
percebida como ápice do projeto moderno, outras,
compreendida como uma etapa
posterior a este empreendimento - o pós-moderno. As novas
tecnologias e suas
mediações são seguidamente apontadas como agentes decisivos nas
transformações do modo de olhar. Consideramos que apesar das
tecnologias
atuarem como agente catalisador de determinadas
conseqüências, elas não chegam
a caracterizar condição suficiente de possibilidade para que
estas transformações
possam se realizar em qualquer sociedade ou período. A nossa
pesquisa sugere
que o olhar moderno foi construído sobre um tripé formado
pelas tecnologias
modeladoras das relações tempo-espaço, pelas convenções que
contribuíram para
a sua compreensão e naturalização e por uma pedagogia que
inculcou a abertura
para o novo, de modo a garantir a perpetuação do modo de
olhar resultante. Este
trabalho volta-se para o passado, buscando localizar
continuidades e contradições
da cultura visual contemporânea, considerando uma construção
em camadas, isto
é, os modos de olhar anteriores não são simplesmente
superados, mas absorvidos
nos modos subseqüentes. Neste contexto, examinamos dois
momentos ou modos
de olhar. O olhar ciclópico ou clássico, constituído ao
longo da Renascença,
fundamentado com a convenção da perspectiva e divulgado pela
invenção da
gravura e, o segundo modo, o olhar panorâmico, construído a
partir da segunda
metade do século XIX, arquitetado sobre as transformações
urbanas, a profusão de
objetos e imagens e a compressão tempo-espaço produzida
pelas novas
tecnologias de transporte e comunicação. Este novo olhar, ao
mesmo tempo em
que criou novas possibilidades perceptivas, também
necessitou de processos de
fixação e padronização, o que foi realizado através do
desenvolvimento de uma
pedagogia voltada para as instituições industriais e para o
conceito de progresso.
Neste processo, as Exposições Universais, realizadas a
partir de 1851, tiveram
atuação importante por tratar-se de um fenômeno basicamente
visual e voltado
para um público amplo. Sob este aspecto, as Exposições
Universais sintetizam a
experiência obtida posteriormente com outras tecnologias que
se voltaram para a
massa e, também, com o que foi conceituado como espetáculo. === The time in which we live is instilled with an abundance of
technological
excess and sensorial stimuli in a symbionic construction In
this period, which at
times is interpreted as the peak of the modern project and
of modernist culture,
and at other times as a cultural stage after the post-modern
culture, new
technologies and their mediations are identified one by one
as the decisive agents
in transforming our vision of the world. Despite the
technologies acting as a
catalyst of certain consequences, they fail to characterize
a condition accessible
enough so as these transformations can be executed in any
society or period. Our
study suggests that the modern vision was constructed on a
tripod composed of
the technologies which shape space-time relations, the
conventions which
contributed to their understanding and naturalization, and a
pedagogy which
inculcates the opening to the new, so as to ensure that the
resulting vision is
perpetuated. This study looks at the past, aiming to find
continuous and
contradictory aspects in relation to contemporary visual
culture in a context where
previous ways of seeing things are not simply overcome, but
absorbed into the
subsequent visions, in other words, in a layered
construction. In such a context,
we examined two moments or visions. Firstly, the cyclopic or
classical vision,
which was formed throughout the Renaissance, grounded on the
convention of
perspective and dispersed by printed engravings. Secondly,
the panoramic vision,
constructed as from the second half of the 19th century and
based on urban
transformations, the profusion of objects and images and the
space-time
compression generated by new technologies in transport and
communication. This
way of viewing the world, while creating new perspectives,
also required a
process of consolidation and standardization, which was
carried out through the
development of a pedagogy directed at industrial
institutions and to the concept of
progress. In this action, the Universal Expositions, which
began in 1851, played
an important role as a basically visual phenomenon. These
exhibitions were aimed
at a wide audience and also synthesized subsequently
acquired experience with
other technologies directed at the masses so as to gain the
status of a show. From
the point of view of a visual culture founded on a modern
past, our research
identifies the latest technologies which make distances even
shorter, further
accelerate our communications and allow new forms of human
contact, as part of
an extensive series of other transformations, which are
generating a new vision.
The overriding issue is in relation to the time at which we
will have the precise
measure of this transformation so as to use it to formulate
new structural
possibilities. |
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ndltd-IBICT-oai-MAXWELL.puc-rio.br-128382019-03-01T15:38:05Z THE INNOCENT EYE IS BLIND: CONSTRUCTING THE MODERN VISUAL CULTURE O OLHAR INOCENTE É CEGO: A CONSTRUÇÃO DA CULTURA VISUAL MODERNA DORIS CLARA KOSMINSKY ALBERTO CIPINIUK ALBERTO CIPINIUK LUIZ ANTONIO LUZIO COELHO WASHINGTON DIAS LESSA GLAUCIA KRUSE VILLAS BOAS LIGIA MARIA DE SOUZA DABUL COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO O momento atual traz em seu bojo uma enorme carga de excessos tecnológicos e estímulos sensoriais em uma construção simbiônica, algumas vezes percebida como ápice do projeto moderno, outras, compreendida como uma etapa posterior a este empreendimento - o pós-moderno. As novas tecnologias e suas mediações são seguidamente apontadas como agentes decisivos nas transformações do modo de olhar. Consideramos que apesar das tecnologias atuarem como agente catalisador de determinadas conseqüências, elas não chegam a caracterizar condição suficiente de possibilidade para que estas transformações possam se realizar em qualquer sociedade ou período. A nossa pesquisa sugere que o olhar moderno foi construído sobre um tripé formado pelas tecnologias modeladoras das relações tempo-espaço, pelas convenções que contribuíram para a sua compreensão e naturalização e por uma pedagogia que inculcou a abertura para o novo, de modo a garantir a perpetuação do modo de olhar resultante. Este trabalho volta-se para o passado, buscando localizar continuidades e contradições da cultura visual contemporânea, considerando uma construção em camadas, isto é, os modos de olhar anteriores não são simplesmente superados, mas absorvidos nos modos subseqüentes. Neste contexto, examinamos dois momentos ou modos de olhar. O olhar ciclópico ou clássico, constituído ao longo da Renascença, fundamentado com a convenção da perspectiva e divulgado pela invenção da gravura e, o segundo modo, o olhar panorâmico, construído a partir da segunda metade do século XIX, arquitetado sobre as transformações urbanas, a profusão de objetos e imagens e a compressão tempo-espaço produzida pelas novas tecnologias de transporte e comunicação. Este novo olhar, ao mesmo tempo em que criou novas possibilidades perceptivas, também necessitou de processos de fixação e padronização, o que foi realizado através do desenvolvimento de uma pedagogia voltada para as instituições industriais e para o conceito de progresso. Neste processo, as Exposições Universais, realizadas a partir de 1851, tiveram atuação importante por tratar-se de um fenômeno basicamente visual e voltado para um público amplo. Sob este aspecto, as Exposições Universais sintetizam a experiência obtida posteriormente com outras tecnologias que se voltaram para a massa e, também, com o que foi conceituado como espetáculo. The time in which we live is instilled with an abundance of technological excess and sensorial stimuli in a symbionic construction In this period, which at times is interpreted as the peak of the modern project and of modernist culture, and at other times as a cultural stage after the post-modern culture, new technologies and their mediations are identified one by one as the decisive agents in transforming our vision of the world. Despite the technologies acting as a catalyst of certain consequences, they fail to characterize a condition accessible enough so as these transformations can be executed in any society or period. Our study suggests that the modern vision was constructed on a tripod composed of the technologies which shape space-time relations, the conventions which contributed to their understanding and naturalization, and a pedagogy which inculcates the opening to the new, so as to ensure that the resulting vision is perpetuated. This study looks at the past, aiming to find continuous and contradictory aspects in relation to contemporary visual culture in a context where previous ways of seeing things are not simply overcome, but absorbed into the subsequent visions, in other words, in a layered construction. In such a context, we examined two moments or visions. Firstly, the cyclopic or classical vision, which was formed throughout the Renaissance, grounded on the convention of perspective and dispersed by printed engravings. Secondly, the panoramic vision, constructed as from the second half of the 19th century and based on urban transformations, the profusion of objects and images and the space-time compression generated by new technologies in transport and communication. This way of viewing the world, while creating new perspectives, also required a process of consolidation and standardization, which was carried out through the development of a pedagogy directed at industrial institutions and to the concept of progress. In this action, the Universal Expositions, which began in 1851, played an important role as a basically visual phenomenon. These exhibitions were aimed at a wide audience and also synthesized subsequently acquired experience with other technologies directed at the masses so as to gain the status of a show. From the point of view of a visual culture founded on a modern past, our research identifies the latest technologies which make distances even shorter, further accelerate our communications and allow new forms of human contact, as part of an extensive series of other transformations, which are generating a new vision. The overriding issue is in relation to the time at which we will have the precise measure of this transformation so as to use it to formulate new structural possibilities. 2008-08-15 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=12838@1 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=12838@2 por info:eu-repo/semantics/openAccess PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO PPG EM DESIGN PUC-Rio BR reponame:Repositório Institucional da PUC_RIO instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro instacron:PUC_RIO |