IMAGINARIES OF FEAR: JOURNALISM AND URBAN VIOLENCE

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === Imaginários do medo: imprensa e violência urbana analisa séries de reportagens sobre crimes violentos, publicadas entre 2004 e 2007 em periódicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, relacionando-as com a produção de um imaginário urb...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: FELIPE DE OLIVEIRA BOTELHO CORREA
Other Authors: RENATO CORDEIRO GOMES
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2008
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=11731@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=11731@2
Description
Summary:COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === Imaginários do medo: imprensa e violência urbana analisa séries de reportagens sobre crimes violentos, publicadas entre 2004 e 2007 em periódicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, relacionando-as com a produção de um imaginário urbano. O objetivo é mostrar como as reportagens veiculadas nesses jornais diários contribuem para a instituição de um imaginário do medo contemporâneo através da narração da violência urbana. Abordam-se as formas de enunciação e evocação do medo nas séries de reportagens publicadas em O Globo - 24 horas; Geografia da violência; A guerra do Rio - e Folha de S. Paulo - Guerra urbana. São analisadas duas perspectivas adotadas para dar sentido a crimes violentos: aquela que narra a violência como parte do cotidiano da cidade e, por outro lado, aquela que narra a violência urbana como metáfora da guerra. Nestas perspectivas, os relatos jornalísticos que tratam do crime violento nas grandes cidades produzem uma simbologia e um vocabulário que constituem um imaginário urbano do medo, afetando profundamente as práticas de democratização do espaço público. Além disso, a grande ênfase dada às questões do aparelho repressor do Estado simplifica a complexidade própria da idéia de segurança pública, que vai além de questões policiais. Assim, de modo mais amplo, esse imaginário do medo - que é a própria circulação de discursos que têm o crime violento como tema - se entrelaça com outros fatores e aponta para questões fundamentais da ordem social, política, econômica e cultural no Brasil contemporâneo. === Imaginaries of fear: journalism and urban violence analyzes a series of stories on violent crimes published between 2004 and 2007 on newspapers of Rio de Janeiro and São Paulo, relating them to the production of an urban imaginary. It intends to show how the stories published on these periodicals contribute to the making of a contemporary imaginary of fear through urban violence narration. This dissertation examines the types of enunciation and evocation of fear in the series of stories published on O Globo - 24 horas; Geografia da violência; A guerra do Rio - and Folha de S. Paulo - Guerra urbana. Two perspectives used by journalists are analyzed: one that sees violence as part of the everyday life, and the other one in which urban violence is approached as a war metaphor. On these perspectives, the stories that focus on violent crimes in big cities produce a symbology and a vocabulary that constitute an urban imaginary of fear that affects the democratization practices of public space. Moreover, the emphasis on the issues related to the enforcement of the law by the police seems to simplify all the complexity that involves the idea of public security. That said, this fear`s imaginary - that is, the circulation of stories that have crime as main theme - is related to other issues, and leads to very important social, political, economic and cultural matters in contemporary Brazil.