Summary: | 107 f. === Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-03-15T15:06:29Z
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Francisco Alves dos Santos Junior.pdf: 572567 bytes, checksum: 7ee80ee2f49090171fbaa4c0ef728adc (MD5) === Esse trabalho tem como objetivo analisar a representação dos moradores de favelas e
periferias no documentário brasileiro contemporâneo. Para tal, escolhemos como corpus
de análise os filmes realizados entre os anos de 1999 e 2009 e que foram exibidos nos
cinemas, levando-se em consideração que o documentário é um jogo que apresenta as
disputas por visibilidade e as tentativas de lutas pelo acesso à esfera pública e à
democracia. Os documentários Babilônia 2000 (2000), de Eduardo Coutinho, O Rap do
Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas (2000), de Paulo Caldas e Marcelo Luna, A
pessoa é para o que nasce (2003), de Roberto Berliner, Fala Tu (2004), de Guilherme
Coelho, Sou feia mas tô na moda (2005), de Denise Garcia, e Estamira (2005), de
Marcos Prado, são exemplares nesse sentido. Neles, os personagens filmados produzem
ranhuras, gagueiras e subjetivações, resistindo assim à vigliância, à exclusão social e
biopolítica e ao controle a que são submetidos cotidianamente. Os sujeitos em posições
de subalternidade e moradores das zonas de fraturas sociais fabulam e recriam suas
vidas e suas experiências culturais, uma vez que as práticas políticas e os processos de
subjetivação criam devires e desejos de cidadania e visibilidade. O que há de comum
nesses documentários escolhidos para análise é o fato de os sujeitos representados
usarem a precariedade de suas existências como força política, criando frestas na
hegemonia e novos campos de agenciamento de consumo e produção cultural,
biopolítica, e, por que não, econômica. === Universidade Federal da Bahia. Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos. Salvador-Ba, 2011.
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