Prevalência de doença celíaca em mulheres com infertilidade
Submitted by Barroso Patrícia (barroso.p2010@gmail.com) on 2013-02-28T20:59:29Z No. of bitstreams: 1 Completo_de_Ana_Paula.pdf: 1400911 bytes, checksum: d82918b1f08bc78f7eea955b5cbc279c (MD5) === Made available in DSpace on 2013-02-28T20:59:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Completo_de_Ana_Paula.p...
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Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
2013
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Doenças celíaca Infertilidade feminina Autoanticorpos Machado, Ana Paula de Souza Lobo Prevalência de doença celíaca em mulheres com infertilidade |
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Previous issue date: 2010-12-13 === Introdução: Sintomas relacionados ao aparelho reprodutor feminino em pacientes com
doença celíaca têm sido descritos na literatura, apesar de suas causas ainda não estarem
completamente elucidadas. Parece haver um aumento da prevalência da doença em mulheres
com queixa de infertilidade, sobretudo naquelas com infertilidade sem causa aparente.
Objetivos: Determinar a prevalência de doença celíaca em um grupo de mulheres com
história de infertilidade. Métodos: Estudo transversal, no qual foram incluídas 170 mulheres
com queixa de infertilidade, admitidas em uma clínica de reprodução humana assistida em
Salvador, Bahia, no período de setembro/2009 a julho/2010. A triagem para doença celíaca
foi realizada através da dosagem sérica dos anticorpos IgA antitransglutaminase e IgA
antiendomísio. Dosagem sérica de IgA total foi realizada para afastar a possibilidade de testes
falso-negativos. Nos casos positivos para a sorologia, as pacientes responderam a um
questionário de sintomas relacionados à doença celíaca. Realizou-se ainda, nestas pacientes, a
identificação do HLA DQ2 e do HLA DQ8, dosagem de ácido fólico, vitamina B12 e ferritina
no soro e foi indicada a realização de biópsia intestinal. Foram consideradas portadoras de
doença celíaca, as pacientes com sorologia positiva e biópsia intestinal com presença de
atrofia vilositária e portadoras de doença celíaca latente, aquelas com sorologia positiva,
porém sem atrofia vilositária. Resultados: A prevalência de doença celíaca comprovada por
biópsia no grupo de estudo foi 1,2% (2/170) [IC 95%: 0,1–4,2%], entretanto uma das
pacientes com sorologia positiva não foi submetida à biópsia intestinal. Seis pacientes
apresentaram anticorpo IgA antitransglutaminase positivo e destas, três foram positivas para o
anticorpo IgA antiendomísio. Considerando-se, também, a doença celíaca latente, foi
estimada prevalência de doença celíaca de 2,9% [IC 95%: 1,0–6,7%] e no subgrupo de
infertilidade sem causa aparente de 10,3% (3/29) [IC 95%: 2,2–27,4%]. Todas as pacientes
com sorologia positiva apresentaram ao menos um alelo HLA-DQ2. Nenhuma delas referiu
diarreia. Constipação, flatulência e dor abdominal foram os sintomas gastrointestinais mais
frequentemente relatados. Deficiência de vitamina B12 foi detectada em uma paciente com
diagnóstico de doença celíaca e doença autoimune da tireoide foi encontrada em duas
pacientes com sorologia positiva. Conclusões: A prevalência de doença celíaca em mulheres
com queixa de infertilidade é elevada, particularmente entre aquelas sem causa aparente após
avaliação, considerando-se justificável a realização de triagem sorológica para doença celíaca
neste grupo de pacientes. Má nutrição e má absorção de ferro, ácido fólico e vitamina B12
não parecem ser a causa da infertilidade em mulheres com doença celíaca. Sintomatologia
gastrointestinal atípica é frequente em mulheres celíacas com infertilidade. Entretanto, há
necessidade de estudos com maior tamanho amostral para confirmar a associação entre
doença celíaca e infertilidade feminina e definir o papel da triagem sorológica para doença
celíaca nas mulheres que serão submetidas a técnicas de reprodução humana assistida. === Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde |
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Silva, Luciana Rodrigues |
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