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dissertacao thiago sampaio de moraes albuquerque.pdf: 420881 bytes, checksum: dc5e1d0fcbee3f65c2f7b579316cc3d6 (MD5) === Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-09-03T20:52:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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dissertacao thiago sampaio de moraes albuquerque.pdf: 420881 bytes, checksum: dc5e1d0fcbee3f65c2f7b579316cc3d6 (MD5) === Este trabalho se desenvolve a partir da observação de experiências de dança em
espaços públicos. O foco é o sentido político da experiência artística. Busca-se
compreender em que medida uma ação de dança realizada no espaço público pode
desestabilizar, ainda que temporariamente, certos padrões hegemônicos de
organização dos corpos e ambientes envolvidos no contexto urbano. A hipótese
articulada é a de que quando a experiência artística confere, sob propósito, valor
dramatúrgico ao contexto de sua ocorrência, tratando a cidade para além de um
mero espaço a ser ocupado, ampliam-se as chances de se produzir um potente
tensionamento da lógica da pacificação urbana e da própria dança enquanto
espetáculo cênico. Dessa forma, fica instaurada a problematização da experiência
do corpo na cidade contemporânea e a compreensão da dança como um modo
possível de desencadear novos arranjos da organização dessa experiência, em
favor de um trato mais complexo e atento à relação com a alteridade em nossa
sociedade. Uma atitude desviante do que o projeto urbano institui é uma chave
importante para se pensar a noção de microrresistência. E a prática da errância é
tomada como uma forma possível dessa atitude se configurar em ação. As
dinâmicas processuais que constituem uma experiência errática, ou seja, a
desorientação, lentidão e incorporação, são compreendidas como propriedades
passíveis de serem articuladas numa experiência de dança, especialmente quando
essa obra é composta por meio da prática da improvisação e dotada de significativa
receptividade ao contexto, em detrimento da autossatisfação performática do artista.
Tendo em vista a consistente atuação do performer Jorge Schutze no que concerne
a sua investida em espaços públicos, nos últimos anos de sua trajetória artística, sua
performance “Despacho” é apresentada e analisada, a partir de diferentes narrativas
da sua ocorrência, a fim de articular um trânsito entre as generalidades envolvidas
nas reflexões levantadas e a singularidade de um fenômeno específico.
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