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Ademário Júnior.pdf: 716982 bytes, checksum: 01da37540442bced1e4ac14ccea85b30 (MD5) === Este trabalho versa sobre a relação entre o fenômeno do racismo e o ideário do desenvolvimento no contexto brasileiro. Observa-se que na sociedade brasileira ideais como igualdade, democracia (democracia racial), solidariedade, respeito às diferenças são valores formalmente aceitos, mas, ao mesmo tempo, a realidade brasileira reafirma um contexto de desigualdades, hierarquias raciais, extrema competição e desrespeito as diferenças. A partir de uma perspectiva crítica e renovada da Administração e sobre a compreensão do fenômeno do racismo, parte-se do pressuposto de que a sustentabilidade pode e deve ser enriquecida com a inclusão da dimensão racial na análise e nos eixos de intervenção em prol do desenvolvimento. A partir de tal afirmação, a pesquisa foi conduzida pelos seguintes questionamentos: o que dificulta a correlação do racismo com as políticas e práticas em prol do desenvolvimento? É possível pensar numa dimensão racial como categoria analítica na abordagem sobre desenvolvimento? Do ponto de vista metodológico, a pesquisa se baseou em dois procedimentos: a pesquisa bibliográfica, através de livros, trabalhos acadêmicos e artigos científicos sobre a problemática abordada e a realização de entrevistas semi-estruturadas com quatro lideranças do Movimento Negro baiano. Como conclusão, tem-se que boa parte da invisibilidade da problemática racial nas reflexões, políticas públicas e ações em prol do desenvolvimento deve-se a uma articulação fina entre o mito do “desenvolvimento como crescimento econômico” e o mito da “democracia racial”. Ademais, constatou-se que a utilização da dimensão racial como categoria analítica e a ênfase em suas particularidades adiciona a problemática do racismo construída ao longo da história na abordagem do desenvolvimento; contribui para a garantia da efetividade das políticas públicas; possibilita a percepção da apropriação indébita dos ganhos econômicos, políticos e sociais por um grupo sociorracial hegemônico; e, dada a complexidade do fenômeno do racismo, possibilita a sua associação com outras dimensões pela sua forte característica em se imiscuir com outras esferas da vida humana.
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