Summary: | Submitted by Alan Souza Pereira Silva (asouzap@yahoo.com.br) on 2016-09-12T14:28:23Z
No. of bitstreams: 1
AlanDissertação_versao final(revisada).pdf: 1074335 bytes, checksum: e929af5b502234e2048f95875afd1ab5 (MD5) === Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-16T14:05:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1
AlanDissertação_versao final(revisada).pdf: 1074335 bytes, checksum: e929af5b502234e2048f95875afd1ab5 (MD5) === Made available in DSpace on 2017-08-16T14:05:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
AlanDissertação_versao final(revisada).pdf: 1074335 bytes, checksum: e929af5b502234e2048f95875afd1ab5 (MD5) === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq === A queixa escolar constitui uma das principais demandas para atendimento psicológico de crianças e adolescentes nos serviços de saúde, nas clínicas-escolas e nos consultórios privados. Geralmente, essa queixa surge quando o estudante não atinge o desempenho esperado ou não atende às expectativas dos pais ou dos professores. Assim, parte-se do pressuposto de que a queixa escolar é uma narrativa polifônica, pois é construída por discursos ideológicos expressos nas vozes dos pais, dos professores e dos colegas, as quais transmitem valores, estados afetivos, sentidos e expectativas sobre o que o estudante é, poderia e deveria ser. Diante dessa queixa, existe uma pessoa que age no mundo, formula crenças, organiza-se psicologicamente, assume posições, negocia e toma decisões. É na e pela interação dialógica com essas vozes que o estudante desenvolve seu self, construindo um sentido de si, do outro e do mundo social e, mais especificamente, seu self educacional, que se refere a uma parte do self desenvolvida nas relações dialógicas vividas na idade escolar. Com base nisso, a presente pesquisa teve como objetivo compreender a construção de sentidos acerca da queixa escolar por adolescentes em atendimento psicológico, enfatizando dinâmica do self educacional. Tendo como base a Psicologia Cultural do desenvolvimento, que concebe a cultura como um conjunto de processos pertencente à relação da pessoa com o ambiente, realizou-se um estudo de caso múltiplo e idiográfico. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas narrativas com duas adolescentes, de 13 e 17 anos, que estavam em acompanhamento psicológico em virtude de queixa escolar. Uma das participantes foi encaminhada ao psicólogo por causa de dificuldade para ler e escrever, com diagnóstico de dislexia confirmado, e a outra apresentava dificuldade de concentração e atenção, com suspeita de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, que foi descartada. Organizou-se a história das participantes em períodos escolares e, à luz dos conceitos de signo, internalização ativa, mediação semiótica, posição do Eu e ruptura-transição, analisaram-se trechos de suas narrativas buscando compreender a dinâmica do self educacional na situação de queixa escolar. Os resultados indicam que a queixa escolar pode surgir como uma experiência destrutiva na vida dessas estudantes, desestabilizando seus selves educacionais e requisitando reposicionamentos e a construção de novos sentidos. Diante disso, cada participante recorre a distintos processos semióticos auto reguladores para resgatar a dinâmica estabilidade do self educacional. Nesses processos semióticos, as participantes recuperam posições inicialmente definidas na infância ou tendem a defender a posição atual para manter ou reestabelecer o senso de continuidade do self educacional. === Complaints regarding student performance are one of the main demands for psychological care of children and adolescents in health services, academic health centers and private practices. Generally, the complaints refer to poor student performance or failure to meet the expectations of parents or teachers. The complaints are thus a polyphonic narrative, which comprises different ideological discourses expressed by the voices of parents, teachers, and classmates, which transmit values, affective states, senses and expectations about what the student is, could and should be. When faced with this complaint, the person acts in the world, formulates beliefs, organizes herself psychologically, takes a stand, negotiates and makes decisions. It is in and through dialogical interacting with those voices that the students develop their selves, building a sense of the self, the other, the social world, and, more specifically, the educational self, which refers to a part of the self that develops within the dialogical relations experienced at school age. In light of this, this study investigated the construction of meanings about complaints regarding adolescents in psychological care due to poor performance at school, emphasizing the dynamics of the educational self. Based on the Cultural Psychology of development, which conceives culture as a set of processes belonging to the individual’s relationship with the environment, an idiographic study of multiple cases was conducted. Two adolescents aged 13 to 17 were interviewed who were in counseling because of complaints regarding their performance at school. One of the participants was referred to a psychologist because of difficulties with reading and writing, and had a diagnosis of dyslexia confirmed. The other participant had difficulties with concentration and attention, but the suspected diagnosis of Deficit Attention Hyperactivity Disorder was discarded. In order to analyze the data, the stories of the participants were organized in school periods, and, in light of concepts such as sign, active internalization, semiotic mediation, the I-position and disruption-transition, excerpts of their narratives were examined in order to understand the dynamics of the educational self within the complaints regarding student performance. The results indicate that such complaints can arise as a disruptive experience in the school life of these students, destabilizing their educational selves and requiring that they take new stands and make up new meanings. Thus, each participant uses different self-regulatory semiotic processes to rescue the dynamic stability of the educational self. In these semiotic processes, the participants resume positions from their childhood or defend the current position in order to maintain or re-establish a sense of continuity of their educational selves.
|