Summary: | Submitted by Programa Pos-Graduação Estudos Etnicos Africanos (posafro@ufba.br) on 2013-12-09T13:26:43Z
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tese_CMDFernandes.pdf: 1092607 bytes, checksum: 7d581e1d162f8cff5a89d7c9a3011c12 (MD5) === Este estudo pretende examinar as condições sociais da produção de conhecimento científico no Moçambique pós-independente, durante o período da "transição socialista” (1975-1990). O caso em estudo é o do Centro de Estudos Africanos (CEA). O argumento central do trabalho é de que o próprio processo de produção de conhecimento num contexto onde o partido no poder pretendia introduzir transformações radicais na sociedade, ganhou dinâmicas que problematizaram os pressupostos a partir dos quais o CEA deveria produzir conhecimento. Estas inter-relações entre produção de conhecimento e legitimação do Estado poderiam então explicar não só as especificidades do CEA como também as condições em que as Ciências Sociais ganharam contornos em Moçambique como modo privilegiado de produção de conhecimento sobre a sociedade. A partir daí o trabalho crítico do CEA iria mudar radicalmente a dinâmica de pesquisa do Centro permitindo a emergência de um novo campo da pesquisa no pós-independência, ao introduzir três inovações: (1) uma abordagem no "atual” (sem contudo deixar de levar em consideração as suas raízes históricas), em vez de focalizar na história como tal; (2) uma mudança de uma pesquisa individual para uma pesquisa coletiva; e (3) a introdução de um sentido de urgência na pesquisa para responder a preocupações imediatas. === This study intends to examine the social conditions of scientific knowledge production in
post- independence Mozambique particularly during the period of "socialist transition" (1975-
1990). The case study is the Center for African Studies (CEA).
The main thesis of the study is that the very process of knowledge production in a context
where the ruling party wanted to introduce radical changes in society, generated dynamics
that problematized the assumptions within which the CEA should have produced knowledge.
These inter-relationships between knowledge production and legitimation of the state, could
then not only explain the specificities of the CEA but also the conditions under which the
social sciences gained contours in Mozambique as privileged mode of knowledge production
on society.
Thus, the critical work of the CEA would radically change the dynamics of research at the
Centre allowing the emergence of a new field of research in the post-independence,
introducing three innovations: (1) an approach to the contemporary issues (without, however,
fail to take into account its historical roots), rather than focus on history as such, (2) a change
in an individual search for a collective research, and (3) the introduction of a sense of urgency
in research to answer the immediate concerns of the power politics.
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