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Arão Nogueira de Araújo.pdf: 7553802 bytes, checksum: 0c5e8c2804378d774ba5e08d3125d938 (MD5) === Made available in DSpace on 2017-06-01T14:04:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Arão Nogueira de Araújo.pdf: 7553802 bytes, checksum: 0c5e8c2804378d774ba5e08d3125d938 (MD5) === Contexto: A cognição social é vista como um mediador entre a neurocognição básica e o
funcionamento social. Pode ser definida como um conjunto de operações mentais que dá
suporte às interações sociais as quais incluem a percepção, a interpretação e a produção de
respostas às intenções, disposições e comportamento dos outros. Déficits da percepção
emocional e do processamento contextual têm sido amplamente registrados em diversas
patologias e associados com o baixo desempenho social e com a redução da qualidade de
vida. Todavia, é um desafio desenvolver avaliações que sejam sensíveis às disfunções
cognitivas sutis, o que é particularmente importante para esse domínio. Objetivo: Construir
um instrumento de medida da cognição social para adultos – o Teste de Percepção Emocional
em Contextos Sociais (TPECS) e demonstrar seus parâmetros psicométricos. Metodologia:
Um grupo de juízes, composto por dez profissionais experientes, especialistas em suas
respectivas áreas de atuação (psicologia clínica, neuropsicologia, psiquiatria e neurologia),
realizou a análise do TPECS para validade de conteúdo. Estes profissionais responderam ao
TPECS e preencheram um formulário de análise dos componentes do referido instrumento.
Depois, o TPECS foi administrado a quinze indivíduos de um grupo piloto que o responderam
em duas ocasiões distintas (teste-reteste), com intervalo médio de uma semana, para a
avaliação da confiabilidade temporal do instrumento. Uma análise dos itens do TPECS e uma
avaliação da consistência interna de suas tarefas foram realizadas com os dados provenientes
de todos os grupos avaliados. Resultados: Na validade de conteúdo, os componentes do
TPECS obtiveram uma aprovação de 100% pelos juízes com o método de porcentagem de
concordância. Na análise empírica dos itens, mediante o índice de facilidade de Davis e a
técnica dos 27% superiores e inferiores como um índice de discriminação, a maioria das
figuras do TPECS foi classificada como fácil e relativamente discriminativa em quase todas
as tarefas. Em geral, as figuras do Livro de Estímulos I foram mais fáceis de identificar e
menos discriminativas do desempenho dos sujeitos estudados do que as do Livro de
Estímulos II. Discussão: A disposição dos resultados referentes às emoções básicas (Livro de
Estímulos I) e complexas (Livro de Estímulos II) no TPECS parece corroborar com a ideia da
teoria híbrida da percepção emocional. De acordo com essa teoria, a identificação de
expressões emocionais psicologicamente óbvias tende a ser realizada categoricamente e de
emoções menos obvias, de maneira mais dimensional. Conclusão: O TPECS parece ter se
mostrado um instrumento promissor para a avaliação da cognição social, principalmente,
frente aos aspectos de percepção emocional, do processamento contextual e da metacognição.
No entanto, outros métodos de validação são recomendados para delimitação dos construtos
proponentes, além da aplicação da avaliação da confiabilidade com outras amostras. Ajustes,
como a retirada de alguns itens, podem ser necessários para tornar o teste mais homogêneo.
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