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Taís de Morais Alves da Cunha.pdf: 4477784 bytes, checksum: e0fdc6323869bbbc52188e298dd50bae (MD5) === Introdução: Alterações morfológicas craniofaciais são atribuídas ao impedimento da
função nasorrespiratória devido à hipertrofia obstrutiva de tonsilas faríngea e
palatina. A adenotonsilectomia é indicada na infância para pacientes com obstrução
nasorrespiratória, no entanto, a literatura científica não dispõe de informação a
respeito do impacto da cirurgia para remoção de tonsilas no crescimento e
desenvolvimento craniofacial em longo prazo. Objetivo: verificar a associação entre
a realização da adenotonsilectomia na primeira infância e a má oclusão de Classe II
esquelética na vida adulta e comparar crescimento vertical da face e comprimento
do ramo mandibular entre indivíduos com Classe II esquelética e sem Classe II
esquelética. Material e Método: foi realizado um estudo de caso controle não
pareado. Os indivíduos que aceitaram participar da pesquisa responderam a um
questionário e, após a identificação do padrão esquelético por meio de análise
cefalométrica da telerradiografia de perfil, foram divididos em dois grupos: GRUPO
CASO – composto por 23 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II
esquelética; GRUPO CONTROLE – composto por 27 indivíduos que não
apresentavam má oclusão de Classe II esquelética. As imagens foram submetidas à
análise cefalométrica no programa RADIOCEF Studio 2 (Radio Memory©) para
comparação de medidas craniofaciais entre os grupos experimentais e verificação
da associação entre a Classe II esquelética e a ocorrência da adenotonsilectomia na
primeira infância. Resultados: Foi verificada uma forte associação epidemiológica
entre a adenotonsilectomia e a má oclusão esquelética de Classe II (ORB=0,33) no
sentido da proteção, independente do sexo (ORA=0,91). A altura facial anterior
inferior foi maior para os indivíduos do grupo CASO e não houve diferença entre os
grupos experimentais para as demais medidas cefalométricas que expressam o
crescimento facial vertical. Conclusões: Dentre os benefícios em longo prazo da
realização de adenotonsilectomia na primeira infância pode-se considerar, também,
a prevenção do estabelecimento da Classe II esquelética na vida adulta.
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