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ROCHA, Núbia Ferreira.pdf: 2379770 bytes, checksum: 79e3ae0d02aa9ab0df2209233f207277 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-18T15:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
ROCHA, Núbia Ferreira.pdf: 2379770 bytes, checksum: 79e3ae0d02aa9ab0df2209233f207277 (MD5) === O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma planta versátil que ultimamente tem sido utilizada como opção em diversas áreas e na medicina popular. Estudos demonstram seu potencial para o tratamento de constipação, doenças parasitárias, como antimicrobiano, antifúngico, antiinflamatório, analgésico, antipirético, antiviral, antioxidante e atividade contra algumas linhagens tumorais. Dentre os diversos fatores extrínsecos e intrínsecos apontados como responsáveis para o surgimento do câncer, um dos mais discutidos atualmente têm sido os radicais livres ou espécies reativas de oxigênio (ERO), moléculas instáveis, quimicamente reativos produzidos ao longo do metabolismo celular normal, no entanto, podem causar estresse oxidativo que tem sido descrito como um dos principais precursores de doenças como aterosclerose, catarata, doenças neurodegenerativas em especial o câncer. Antioxidantes são moléculas que têm como propriedade o bloqueio, a inibição ou o retardo da deterioração oxidativa, reduzindo ação de radicais livres. O arsenal terapêutico antineoplásico atualmente disponível não são específicos levando à morte de células cancerígenas, como de células normais desencadeando o aparecimento dos efeitos colaterais. Assim, novos compostos que apresentem seletividade são requeridos e recentemente foram introduzidos quimioterápicos de origem natural no tratamento do câncer, o que valida à busca de novos alvos farmacológicos a partir de produtos naturais, principalmente, direcionado às plantas usadas na medicina popular. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar o perfil fitoquímico, a atividade antioxidante e a ação antitumoral de extratos etanólicos de Jatropha curcas L., sob linhagem tumoral in vitro. Para tanto, foram preparados extratos frescos e secos de raiz, caule, folha e sementes por dois métodos de extração (maceração e uso de Soxhlet), foi então realizada a identificação dos grupos fitoquímicos e a triagem destes extratos através do efeito antiproliferativo sob a linhagem HepG2. Para avaliação da atividade antioxidante foram realizadas análises através dos métodos de sequestro do radical livre 2,2-difenil-1- picrilhidrazil (DPPH) e sequestro do radical livre 2,2′-Azino-bis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS). Os extratos de forma geral apresentaram a presença de flavonoides, taninos catéquicos e fenóis simples. Os rendimentos dos extratos obtidos por ambas as metodologias de extração mostraram diferenças significativas em termos de percentual. O rendimento dos extratos obtidos pelo método de soxhlet apresentou de forma geral menor percentual em relação ao rendimento dos extratos obtidos por maceração, variando entre 1,24 a 24, 96 %, e não tendo relação direta com a atividade antioxidante do extrato. Verificou-se que o extrato preparado com soxhlet de amostras secas de folha de J. curcas apresentou melhor atividade antioxidante atingindo o percentual superior a 80%, quando avaliado pelo método do DPPH enquanto que os extratos obtidos por maceração de sementes frescas (98,54%) e por soxhlet de sementes secas (97,69%) apresentaram melhor capacidade antioxidante usando o método do ABTS. O extrato de folhas secas obtido por soxhlet apresentou atividade antioxidante pelo método do DPPH de 83,1% / EC50 - 47,46 μg/mL,enquanto que o extrato obtido por maceração de folhas frescas foi de 68,1% / EC50 – 52,88 μg/mL, correspondendo aos menores valores de EC50 dos extratos brutos avaliados pelo método do DPPH. Os extratos etanólicos secos de raiz, caule e folhas obtidos por soxhlet, apresentaram melhor efeito antitumoral sobre as células tumorais da linhagem HepG2 e não foram citotóxicos quando avaliados em macrófagos peritoneias. Conclui-se que extratos etanólicos brutos de folhas de Jatropha curcas L. possui atividade antioxidantee extratos etanólicos de raiz e caule promovem efeito antiproliferativo em células tumorais da linhagem HepG2. Conclui-se que a atividade antintumoral sob linhagem HepG2 e antioxidante dos extratos etanólicos de Jatropha curcas L. avaliada através do método de sequestro do radical DPPH e do ensaio ABTS varia em função do método de preparo do extrato, das amostras utilizadas (peso úmido e peso seco) e das partes botânicas analisadas. Este trabalho confirma o potencial antioxidante e antitumoral de extratos etanólicos de Jatropha curcas L.
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