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Ricardo Henrique de Sousa Araújo.pdf: 6658395 bytes, checksum: 2b4c0aea30b82cef880ba993ae02fb1d (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-18T15:30:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Ricardo Henrique de Sousa Araújo.pdf: 6658395 bytes, checksum: 2b4c0aea30b82cef880ba993ae02fb1d (MD5) === Introdução: As infecções crônicas pelo vírus da hepatite C (HCV) e pelo vírus linfotrópico
de células T humano tipo 1 (HTLV-1) são importantes problemas de saúde pública. A hepatite
C apresenta uma maior morbidade e atualmente se insere em um contexto de uma doença que
recebe atenção das políticas públicas, havendo arsenal terapêutico que pode determinar taxas
de cura elevadas. A infecção pelo HTLV-1 evolui para doença sintomática em pequeno
percentual de pacientes, porém, os que assim evoluem, vivenciam deterioração importante da
sua condição de saúde. A ausência de tratamento efetivo e de políticas públicas são fatores
que complicam ainda mais o suporte a estes pacientes. Os contextos em que se inserem essas
2 infecções podem repercutir negativamente na saúde mental dos pacientes e se relacionar
com desfechos adversos. A religiosidade é um elemento que vem sendo verificado como
capaz de proteger os indivíduos contra condições mentais negativas. Objetivos: Comparar
condições adversas de saúde mental (comportamento de risco, impulsividade, depressão, risco
de suicídio e má qualidade de vida) entre portadores o VHC e do HTLV-1 e verificar
associações com índices de religiosidade. Metodologia: Os sujeitos eram pacientes
acompanhados ambulatorialmente e foram submetidos à aplicação dos instrumentos:
questionário sociodemográfico, entrevista psiquiátrica (MINI Plus), Questionário de
Qualidade de Vida SF-36, Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11) e Índice de
Religiosidade de Duke (DUREL). Resultados: Houve predomínio de sexo masculino no
grupo HCV e do feminino no grupo HTLV-1; maior envolvimento em comportamento de
risco no grupo HCV; maior impulsividade no grupo HCV; maior frequência de depressão no
passado e risco de suicídio no grupo HTLV-1; pior qualidade de vida (domínios capacidade
funcional, dor e saúde mental) no grupo HTLV-1. Risco de suicídio se associou
independentemente com maior impulsividade total e infecção pelo HTLV-1 enquanto que
envolvimento em comportamento de risco, com maior idade, sexo masculino e infecção pelo
HCV. Religiosidade intrínseca foi menor no grupo HCV; religiosidade organizacional se
associou com menor envolvimento em comportamento de risco e religiosidade nãoorganizacional
se associou com menor risco de suicídio no grupo HTLV-1. Discussão: Foram
compatíveis com a literatura: o predomínio dos sexos de acordo com o tipo de infecção, a
associação entre HCV e altas taxas de impulsividade, a relação entre impulsividade e risco de
suicídio e deterioração da qualidade de vida no grupo HTLV-1. Outros achados foram
inéditos e não foram encontrados dados na literatura que pudessem ser confrontados.
Conclusões: A amostra apresentou prejuízo nos elementos de saúde mental avaliados.
Comparativamente, no grupo HCV, houve maior envolvimento em comportamentos de risco
e, no grupo HTLV-1, mais depressão no passado e risco de suicídio. A impulsividade
associou-se diretamente com risco de suicídio. Domínios da religiosidade associaram-se de
maneira benéfica com elementos da saúde mental.
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