Comparação de desfechos mentais e comportamentais adversos entre portadores do vírus da hepatite C e do vírus linfotrópico de células T humano tipo 1

Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-10-18T15:30:23Z No. of bitstreams: 1 Ricardo Henrique de Sousa Araújo.pdf: 6658395 bytes, checksum: 2b4c0aea30b82cef880ba993ae02fb1d (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-18T15:30:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rica...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Araújo, Ricardo Henrique de Sousa
Other Authors: Oliveira, Irismar Reis de
Language:Portuguese
Published: Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia. 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20871
Description
Summary:Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-10-18T15:30:23Z No. of bitstreams: 1 Ricardo Henrique de Sousa Araújo.pdf: 6658395 bytes, checksum: 2b4c0aea30b82cef880ba993ae02fb1d (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-18T15:30:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ricardo Henrique de Sousa Araújo.pdf: 6658395 bytes, checksum: 2b4c0aea30b82cef880ba993ae02fb1d (MD5) === Introdução: As infecções crônicas pelo vírus da hepatite C (HCV) e pelo vírus linfotrópico de células T humano tipo 1 (HTLV-1) são importantes problemas de saúde pública. A hepatite C apresenta uma maior morbidade e atualmente se insere em um contexto de uma doença que recebe atenção das políticas públicas, havendo arsenal terapêutico que pode determinar taxas de cura elevadas. A infecção pelo HTLV-1 evolui para doença sintomática em pequeno percentual de pacientes, porém, os que assim evoluem, vivenciam deterioração importante da sua condição de saúde. A ausência de tratamento efetivo e de políticas públicas são fatores que complicam ainda mais o suporte a estes pacientes. Os contextos em que se inserem essas 2 infecções podem repercutir negativamente na saúde mental dos pacientes e se relacionar com desfechos adversos. A religiosidade é um elemento que vem sendo verificado como capaz de proteger os indivíduos contra condições mentais negativas. Objetivos: Comparar condições adversas de saúde mental (comportamento de risco, impulsividade, depressão, risco de suicídio e má qualidade de vida) entre portadores o VHC e do HTLV-1 e verificar associações com índices de religiosidade. Metodologia: Os sujeitos eram pacientes acompanhados ambulatorialmente e foram submetidos à aplicação dos instrumentos: questionário sociodemográfico, entrevista psiquiátrica (MINI Plus), Questionário de Qualidade de Vida SF-36, Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11) e Índice de Religiosidade de Duke (DUREL). Resultados: Houve predomínio de sexo masculino no grupo HCV e do feminino no grupo HTLV-1; maior envolvimento em comportamento de risco no grupo HCV; maior impulsividade no grupo HCV; maior frequência de depressão no passado e risco de suicídio no grupo HTLV-1; pior qualidade de vida (domínios capacidade funcional, dor e saúde mental) no grupo HTLV-1. Risco de suicídio se associou independentemente com maior impulsividade total e infecção pelo HTLV-1 enquanto que envolvimento em comportamento de risco, com maior idade, sexo masculino e infecção pelo HCV. Religiosidade intrínseca foi menor no grupo HCV; religiosidade organizacional se associou com menor envolvimento em comportamento de risco e religiosidade nãoorganizacional se associou com menor risco de suicídio no grupo HTLV-1. Discussão: Foram compatíveis com a literatura: o predomínio dos sexos de acordo com o tipo de infecção, a associação entre HCV e altas taxas de impulsividade, a relação entre impulsividade e risco de suicídio e deterioração da qualidade de vida no grupo HTLV-1. Outros achados foram inéditos e não foram encontrados dados na literatura que pudessem ser confrontados. Conclusões: A amostra apresentou prejuízo nos elementos de saúde mental avaliados. Comparativamente, no grupo HCV, houve maior envolvimento em comportamentos de risco e, no grupo HTLV-1, mais depressão no passado e risco de suicídio. A impulsividade associou-se diretamente com risco de suicídio. Domínios da religiosidade associaram-se de maneira benéfica com elementos da saúde mental.